portugal dos pequeninos: EU VOLTO

27-01-2012
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Chega hoje pela televisão por cabo, através da SIC-Notícias, o dr. Portas. Para o efeito pretendido, por ora basta. Os últimos maiores actos eleitorais - as legislativas e as presidenciais -, goste-se ou não, deram mais sentido à palavra crediblidade do que as peripécias imediatamente anteriores de que o dr. Portas prudentemente se afastou sem se afastar completamente. O seu "estado da arte" deverá reflectir essa singular ambiguidade: a do político que já foi e que quer voltar a ser, e a do polemista que a pose de Estado forçou a ficar provisoriamente para trás. Portas quer obviamente ser um dia primeiro-ministro e gozar de alguma respeitabilidade geral. Suspeita-se maior que o seu pequeno partido, mas ainda pressente que é insuficente para a "direita" que conta. Em suma, o Portas político e o Portas polemista precisam de se crediblizar já que é esse o traço que move o eleitorado desconfiado. Para já, quer um lugar vagamente ao sol entre Sócrates e Cavaco, dois políticos austeros e nada dados a libertinagens. Marques Mendes e Ribeiro e Castro não contam. Pode ser que tenha graça.


Chega hoje pela televisão por cabo, através da SIC-Notícias, o dr. Portas. Para o efeito pretendido, por ora basta. Os últimos maiores actos eleitorais - as legislativas e as presidenciais -, goste-se ou não, deram mais sentido à palavra crediblidade do que as peripécias imediatamente anteriores de que o dr. Portas prudentemente se afastou sem se afastar completamente. O seu "estado da arte" deverá reflectir essa singular ambiguidade: a do político que já foi e que quer voltar a ser, e a do polemista que a pose de Estado forçou a ficar provisoriamente para trás. Portas quer obviamente ser um dia primeiro-ministro e gozar de alguma respeitabilidade geral. Suspeita-se maior que o seu pequeno partido, mas ainda pressente que é insuficente para a "direita" que conta. Em suma, o Portas político e o Portas polemista precisam de se crediblizar já que é esse o traço que move o eleitorado desconfiado. Para já, quer um lugar vagamente ao sol entre Sócrates e Cavaco, dois políticos austeros e nada dados a libertinagens. Marques Mendes e Ribeiro e Castro não contam. Pode ser que tenha graça.

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