portugal dos pequeninos: DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS ENQUANTO FALÁCIA, 2

27-01-2012
marcar artigo


«Os debates sobre as presidenciais têm passado na televisão perante a completa indiferença do país e (quanto muito) meia dúzia de páginas na imprensa. O que não admira. Não há de facto cinco candidatos. Há só o candidato Cavaco e mesmo esse é um pretexto, um mal menor ou um seguro de vida. O resto não conta. Fernando Nobre devia voltar rapidamente para a AMI. Defensor Moura e Francisco Lopes (do Partido Comunista) são duas personagens acrescentadas gratuitamente a uma história que não é a deles. E Manuel Alegre, obcecado pelo milhão de votos de 2006 (21,7 por cento dos votos), não percebeu que o apoio do Bloco e do PS de Sócrates concentrava sobre ele todo o descontentamento de um país, com muitas razões de estar descontente.»Vasco Pulido Valente, Público.Nota: O resto da "tese" de VPV - plebiscito a Sócrates a 23 de Janeiro, Cavaco pressionado pelos "milhões" que vão a correr votar nele para ele correr com Sócrates e Passos que deve "pensar bem" antes de dizer que não tem pressa em chegar ao poder - não a acompanho. Nem Sócrates será plebiscitado nas presidenciais, nem todos os "milhões" que votarão em Cavaco o vão fazer a pensar em plebiscitar o primeiro ou Passos. Quem vota Cavaco vota, como votou em Sócrates em Setembro de 2009, porque Cavaco "está". Depois haverá quem vote em Cavaco por Cavaco e quem vote por causa dos restantes tristes em concurso. Finalmente, a abstenção crescerá como o frio e isso é um plebiscito ao regime todo do qual todos os candidatos, mesmo os irrelevantes, brotam. Sócrates só não completará a legislatura se houver um cataclismo porque cumpre-lhe gerir o que já está instalado - não é ele que passa a vida a dizer que foi para isso que ficou à frente em 2009? E Passos faz muito bem em não ter pressa.


«Os debates sobre as presidenciais têm passado na televisão perante a completa indiferença do país e (quanto muito) meia dúzia de páginas na imprensa. O que não admira. Não há de facto cinco candidatos. Há só o candidato Cavaco e mesmo esse é um pretexto, um mal menor ou um seguro de vida. O resto não conta. Fernando Nobre devia voltar rapidamente para a AMI. Defensor Moura e Francisco Lopes (do Partido Comunista) são duas personagens acrescentadas gratuitamente a uma história que não é a deles. E Manuel Alegre, obcecado pelo milhão de votos de 2006 (21,7 por cento dos votos), não percebeu que o apoio do Bloco e do PS de Sócrates concentrava sobre ele todo o descontentamento de um país, com muitas razões de estar descontente.»Vasco Pulido Valente, Público.Nota: O resto da "tese" de VPV - plebiscito a Sócrates a 23 de Janeiro, Cavaco pressionado pelos "milhões" que vão a correr votar nele para ele correr com Sócrates e Passos que deve "pensar bem" antes de dizer que não tem pressa em chegar ao poder - não a acompanho. Nem Sócrates será plebiscitado nas presidenciais, nem todos os "milhões" que votarão em Cavaco o vão fazer a pensar em plebiscitar o primeiro ou Passos. Quem vota Cavaco vota, como votou em Sócrates em Setembro de 2009, porque Cavaco "está". Depois haverá quem vote em Cavaco por Cavaco e quem vote por causa dos restantes tristes em concurso. Finalmente, a abstenção crescerá como o frio e isso é um plebiscito ao regime todo do qual todos os candidatos, mesmo os irrelevantes, brotam. Sócrates só não completará a legislatura se houver um cataclismo porque cumpre-lhe gerir o que já está instalado - não é ele que passa a vida a dizer que foi para isso que ficou à frente em 2009? E Passos faz muito bem em não ter pressa.

marcar artigo