Assis diz que “sempre” defendeu abstenção na votação do OE

06-11-2011
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“Não apenas concordo, como sempre defendi que essa devia ser a posição do PS”, disse ontem à noite à Lusa, à margem de um plenário com militantes, no Peso da Régua.

Francisco Assis justificou esta tomada de posição com o “quadro de emergência nacional” que se vive em Portugal. “Exige-se a todos os partidos políticos que tenham um excepcional sentido da responsabilidade e do meu ponto de vista isso obrigava e obriga o PS a ter uma atitude clara, que é a abstenção, no momento da votação”, sublinhou.

No seu entender, o partido tem agora que apresentar “linhas alternativas” e “contributos” com vista a “uma modificação e melhoria da proposta de OE”, sem deixar de fazer também “uma crítica contundente a algumas opões contidas neste orçamento”.

No entanto, “o quadro actual que atravessamos no país e na Europa obriga a que tenhamos que ter uma opção altamente responsável e que nos credibiliza, como é esta da abstenção”, frisou.

Francisco Assis afirmou ainda que ficou satisfeito pela abertura demonstrada pelo Governo em reavaliar as propostas do OE. O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, admitira antes que “todas as propostas [para o OE] são possíveis de ser avaliadas”, incluindo a manutenção de um dos subsídios dos funcionários públicos, como pretende o secretário-geral do PS, António José Seguro.

Posição “mais coerente”

Por seu lado, o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes afirmou que a decisão de abstenção do PS na votação do OE para 2012 foi a posição “mais coerente, responsável e inteligente” que os socialistas poderiam ter tomado nesta matéria.

“A abstenção foi a posição mais coerente, mais responsável e mais inteligente que António José Seguro podia tomar”, considerou Marques Mendes, em S. João da Madeira.

O ex-presidente do PSD referiu que a decisão é coerente, já que “o PS negociou e assinou o acordo da troika e este é o primeiro orçamento para executar esse acordo”.

PCP fala em “rendição incondicional”

Opinião diferente tem o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que acusou o PS de ter anunciado uma “rendição incondicional” ao OE com uma abstenção, considerando que é “um voto de viabilização de um orçamento brutal”.

“O PS, que há muito manobra para se fazer como uma força de resistência e oposição à política do PSD e CDS de Passos e Portas, acaba de anunciar a sua rendição incondicional à proposta do Governo, antecipando um voto de abstenção, um voto que não é mais que um voto de viabilização de um orçamento brutal”, defendeu Jerónimo de Sousa.

O líder comunista intervinha no encerramento da VII Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.

Segundo Jerónimo de Sousa, “o PS, com esta posição, não está em cima do muro, não está a dizer ‘nim’, está a dizer sim à política de direita, está a dizer sim ao pacto de agressão que hoje atinge o povo português”.

Não é altura para “perder tempo com jogos políticos”

Já o coordenador do BE, Francisco Louçã, considerou que não é altura para “perder tempo com jogos políticos”, em particular no que toca à proposta de OE para 2012, reagindo às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, que respondia ao PS.

Louçã ilustrou a situação: “Se alguém for assaltado e o assaltante lhe disser ‘quero a sua carteira e o seu relógio’, e na pressa fugir só com a carteira, algum dos vossos amigos vos vai dizer ‘que alívio, que alívio, ele ofereceu-te o relógio?’ Alguém vai pensar nisso? Um assalto é um assalto, um salário é um salário.”

O economista, que disse não aceitar o “assalto”, acusou, por seu lado, o PS de já ter dado “todas as respostas possíveis” sobre como iria votar o documento em discussão, desde o “sim” ao “não”, “de forma que o resultado é ‘nim’”.

“Não apenas concordo, como sempre defendi que essa devia ser a posição do PS”, disse ontem à noite à Lusa, à margem de um plenário com militantes, no Peso da Régua.

Francisco Assis justificou esta tomada de posição com o “quadro de emergência nacional” que se vive em Portugal. “Exige-se a todos os partidos políticos que tenham um excepcional sentido da responsabilidade e do meu ponto de vista isso obrigava e obriga o PS a ter uma atitude clara, que é a abstenção, no momento da votação”, sublinhou.

No seu entender, o partido tem agora que apresentar “linhas alternativas” e “contributos” com vista a “uma modificação e melhoria da proposta de OE”, sem deixar de fazer também “uma crítica contundente a algumas opões contidas neste orçamento”.

No entanto, “o quadro actual que atravessamos no país e na Europa obriga a que tenhamos que ter uma opção altamente responsável e que nos credibiliza, como é esta da abstenção”, frisou.

Francisco Assis afirmou ainda que ficou satisfeito pela abertura demonstrada pelo Governo em reavaliar as propostas do OE. O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, admitira antes que “todas as propostas [para o OE] são possíveis de ser avaliadas”, incluindo a manutenção de um dos subsídios dos funcionários públicos, como pretende o secretário-geral do PS, António José Seguro.

Posição “mais coerente”

Por seu lado, o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes afirmou que a decisão de abstenção do PS na votação do OE para 2012 foi a posição “mais coerente, responsável e inteligente” que os socialistas poderiam ter tomado nesta matéria.

“A abstenção foi a posição mais coerente, mais responsável e mais inteligente que António José Seguro podia tomar”, considerou Marques Mendes, em S. João da Madeira.

O ex-presidente do PSD referiu que a decisão é coerente, já que “o PS negociou e assinou o acordo da troika e este é o primeiro orçamento para executar esse acordo”.

PCP fala em “rendição incondicional”

Opinião diferente tem o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que acusou o PS de ter anunciado uma “rendição incondicional” ao OE com uma abstenção, considerando que é “um voto de viabilização de um orçamento brutal”.

“O PS, que há muito manobra para se fazer como uma força de resistência e oposição à política do PSD e CDS de Passos e Portas, acaba de anunciar a sua rendição incondicional à proposta do Governo, antecipando um voto de abstenção, um voto que não é mais que um voto de viabilização de um orçamento brutal”, defendeu Jerónimo de Sousa.

O líder comunista intervinha no encerramento da VII Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.

Segundo Jerónimo de Sousa, “o PS, com esta posição, não está em cima do muro, não está a dizer ‘nim’, está a dizer sim à política de direita, está a dizer sim ao pacto de agressão que hoje atinge o povo português”.

Não é altura para “perder tempo com jogos políticos”

Já o coordenador do BE, Francisco Louçã, considerou que não é altura para “perder tempo com jogos políticos”, em particular no que toca à proposta de OE para 2012, reagindo às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, que respondia ao PS.

Louçã ilustrou a situação: “Se alguém for assaltado e o assaltante lhe disser ‘quero a sua carteira e o seu relógio’, e na pressa fugir só com a carteira, algum dos vossos amigos vos vai dizer ‘que alívio, que alívio, ele ofereceu-te o relógio?’ Alguém vai pensar nisso? Um assalto é um assalto, um salário é um salário.”

O economista, que disse não aceitar o “assalto”, acusou, por seu lado, o PS de já ter dado “todas as respostas possíveis” sobre como iria votar o documento em discussão, desde o “sim” ao “não”, “de forma que o resultado é ‘nim’”.

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