PONTE EUROPA: Naufrágio na Madeira

03-07-2011
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Marques Mendes ganhou credibilidade com o afastamento de Valentim Loureiro e Isaltino Morais das listas autárquicas. Perdeu dois municípios mas ganhou as eleições e prestigiou-se perante o País. Resta saber se o prestígio foi extensivo ao seu partido.A vida do líder do maior partido da Oposição é difícil. Não pode, ou não deve, condenar as políticas que será obrigado a fazer se for poder e tem de tornar-se credível marcando as diferenças, se estas forem para melhor.A incapacidade de Durão Barroso e o desastre de Santana Lopes não deixaram o PSD em boa situação. Coube a Marques Mendes a difícil tarefa de mostrar que era diferente dos seus desventurados antecessores e capaz de ser melhor que Sócrates.Foi neste difícil equilíbrio que Marques Mendes cometeu, a meu ver, o seu pior deslize. A solidariedade com Alberto João Jardim, na contestação à Lei das Finanças Regionais, em momento de contenção orçamental, satisfez a franja populista do partido, mas desagrada aos mais sensatos. E, sobretudo, perde o prestígio que amealhou.Alberto João Jardim é hoje um político desprezado pela grande maioria dos portugueses e visto com crescente suspeita pelos madeirenses. O apoio que lhe deu só o prejudica. E Marques Mendes abdicou da consideração que soube granjear a troco de nada.Ao apoiar o soba da Madeira comprometeu a consideração que merecia.

Marques Mendes ganhou credibilidade com o afastamento de Valentim Loureiro e Isaltino Morais das listas autárquicas. Perdeu dois municípios mas ganhou as eleições e prestigiou-se perante o País. Resta saber se o prestígio foi extensivo ao seu partido.A vida do líder do maior partido da Oposição é difícil. Não pode, ou não deve, condenar as políticas que será obrigado a fazer se for poder e tem de tornar-se credível marcando as diferenças, se estas forem para melhor.A incapacidade de Durão Barroso e o desastre de Santana Lopes não deixaram o PSD em boa situação. Coube a Marques Mendes a difícil tarefa de mostrar que era diferente dos seus desventurados antecessores e capaz de ser melhor que Sócrates.Foi neste difícil equilíbrio que Marques Mendes cometeu, a meu ver, o seu pior deslize. A solidariedade com Alberto João Jardim, na contestação à Lei das Finanças Regionais, em momento de contenção orçamental, satisfez a franja populista do partido, mas desagrada aos mais sensatos. E, sobretudo, perde o prestígio que amealhou.Alberto João Jardim é hoje um político desprezado pela grande maioria dos portugueses e visto com crescente suspeita pelos madeirenses. O apoio que lhe deu só o prejudica. E Marques Mendes abdicou da consideração que soube granjear a troco de nada.Ao apoiar o soba da Madeira comprometeu a consideração que merecia.

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