Arco de Almedina

19-12-2013
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Respondendo a Francisco Laranjeira sobre a abominável prática das touradas. Os NINS nunca fizeram evoluir a Humanidade. Anónimo comentou o comentário Nunca as touradas levaram tanta pancada como nestes últimos dias porque "se Cão como nós", Touro como nós. Porque não? às 19:22, 28/12/2018 : Dª.Isabel Ferreira: Sobre as touradas já me pronunciei aqui neste espaço. Como disse antes, quando se me deparar a oportunidade de dar o meu voto não terei duvidas de que votarei contra as touradas. Ponto. Paralelamente a este espectaculo grotesco; existem outros de que pouco ou nada se fala e talvez me impressionem mais do q as touradas: são os animais selvagens retidos nos Zoos. Isto é que eu considero absolutamete vergonhoso, ver leões, tigres, elefantes, macacos e outros animais selvagens, moribundos, cheios de moscas, apodrecerem, fedorentos, coisa absolutamente vergonhosa. E os animais no circo também não fazem sentido algum. De resto, quando a Assembleia da Republica não proibe tais espectaculos o que poderei eu fazer humilde cidadão. Melhores cumprimentos. Francisco Laranjeira. Senhor Francisco Laranjeira, do modo como fala, dá-me a sensação de que, embora não goste de touradas, não as condena. Aceita-as, como algo normal, na sociedade do Século XXI depois de Cristo. E nesta questão não podemos ser NIM. Imagine a existência, HOJE, de uma “homada”, ou seja, de uma prática em que um leão esfomeado estraçalha um homem encurralado numa arena, onde uma turba ensandecida aplaude, em delírio, cada dentada, cada golpe na carne, cada pingo de sangue que mancha a arena, como no tempo do Circo Romano. O que teria a dizer? Também aceitaria, para não interferir na LIBERDADE de quem delira com esta luta DESIGUAL?

Sabia que a capacidade de se colocar no lugar do outro, seja esse outro um animal humano ou um animal não-humano, é uma das funções mais importantes da inteligência humana, porque demonstra o grau de maturidade do ser humano (Augusto Cury, médico psiquiatra brasileiro dixit)? Sabia que “não faças aos outros (sejam esses outros humanos ou não-humanos) o que não gostas que te façam a ti” é o preceito máximo, que percorre a existência do Ser Humano, desde tempos imemoráveis, e faz parte da ESSÊNCIA HUMANA? Sabia que a EMPATIA é o sentimento mais nobre do ser humano? Aquele que nos permite colocar-nos no lugar dos outros e sentir a dor dos outros? Não basta VOTAR contra. Tem de se SER CONTRA esta “coisa” abominável, que não faz parte dos valores humanos: torturar um ser vivo para se divertirem com o atroz sofrimento dele. Quanto ao resto, saiba que no mundo existem milhares de pessoas, eu incluída, a lutar com todas as garras de fora, contra: jardins zoológicos, circos com animais, a que acrescento as corridas de Cavalos e de Galgos, as rinhas de galos, a CAÇA e a PESCA desportivas, o uso das charretes, a matança de animais nos matadouros, sem o mínimo respeito pela dor deles, enfim, todas as situações que envolvam INDEFESOS ANIMAIS NÃO-HUMANOS à mercê de carrascos DESUMANOS estão no mesmo patamar das touradas, e são abomináveis, e são condenáveis, e devemos lutar pela abolição de tudo isto, que não é compatível com a essência humana.

E se os deputados da Nação, que se recusam a evoluir, não proíbem tais práticas (não lhes chame espectáculos, porque um espectáculo implica algo ADMIRÁVEL, e não BÁRBARO) o que poderá fazer um humilde cidadão? O humilde cidadão poderá simplesmente NÃO VOTAR neles, e escolher deputados que tenham a capacidade de se colocarem no lugar dos outros, que não façam aos outros o que não gostam que lhes façam a eles, e que tenham EMPATIA pela restante fauna que com eles partilham o mesmo PLANETA. Isabel A. Ferreira

Eu nem fico contente, nem triste, com a morte de um toureiro na arena. Não comemoro, mas também não choro. É-me indiferente. Quem ataca touros habilita-se a ser agredido, porque é dos animais, quer sejam humanos ou não humanos, defenderem-se instintivamente, quando são atacados. Um toureiro ataca o Touro porque é sádico, psicopata. O Touro investe sobre o toureiro porque tem o direito de se defender do ataque do seu carrasco. Por isso, lamentar que morte? A do Touro, obviamente, que não foi para arena por sua livre e espontânea vontade, e porque o Touro não é carrasco, nem cobarde, nem cruel. Num artigo intitulado «Mortes e feridos nas Praças de Touros» o professor açoriano Teófilo Braga aborda este tema, a propósito da morte do toureiro basco Iván Fandiño, de trinta e seis anos, no passado dia 17 de Junho, no sudoeste de França. Refere o autor que Fandiño «matava touros, para divertimento de seres pouco humanos, desde os 14 anos de idade. O toureiro foi atingido pelo corno de um touro quando já estava no chão durante uma tourada em Aire-sur-l'Adour». «De acordo com a agência de notícias EFE, no século XX, morreram 138 profissionais da tauromaquia devido a sofrimentos sofridos nas arenas. A morte de toureiros não impressiona muito os adeptos da tauromaquia, pois para estes não há bela sem senão, isto é, não há beleza na tauromaquia se aqueles não colocarem em risco as suas vidas. Os opositores das touradas não reagem de forma uniforme. Com efeito, se há alguns que se regozijam com as mortes, há outros que lamentam o facto e usam-no como um dos argumentos para combater as touradas. Em relação ao número de mortes, Fernando Alvarez, doutor em biologia pela Universidade de Tulane (E.U.A.), autor do livro “La Verdade Sobre los Toros” não nega que não haja risco, mas considera-o muito baixo, pois os toureiros estão muito bem informados acerca dos handicaps físicos do touro, em termos de visão, que “não vê ou só vê um vulto entre meio metro e um metro de distância e que ataca sobretudo o que está mais perto e em movimento”. O mesmo autor refere que os toureiros não têm qualquer razão para se vangloriarem dos seus pretensos feitos já que, segundo as estatísticas, muito maior risco correm as pessoas que trabalham nas minas, nos transportes e na construção civil”. Não me incluo nos que ficam contentes quando alguém fica ferido ou morre numa tourada porque o que desejo é que não haja derramamento de sangue, nem abuso de animais, nem mortes nas praças ou nos matadouros, “às escondidas”, depois das touradas. Teófilo Braga (Correio dos Açores, 31305, 15 de agosto de 2017, p.8). De acordo com a agência de notícias EFE, no século XX, morreram 138 profissionais da tauromaquia devido a sofrimentos sofridos nas arenas. A morte de toureiros não impressiona muito os adeptos da tauromaquia, pois para estes não há bela sem senão, isto é, não há beleza na tauromaquia se aqueles não colocarem em risco as suas vidas. Os opositores das touradas não reagem de forma uniforme. Com efeito, se há alguns que se regozijam com as mortes, há outros que lamentam o facto e usam-no como um dos argumentos para combater as touradas. Em relação ao número de mortes, Fernando Alvarez, doutor em biologia pela Universidade de Tulane (E.U.A.), autor do livro “La Verdade Sobre los Toros” não nega que não haja risco, mas considera-o muito baixo, pois os toureiros estão muito bem informados acerca dos handicaps físicos do touro, em termos de visão, que “não vê ou só vê um vulto entre meio metro e um metro de distância e que ataca sobretudo o que está mais perto e em movimento”. O mesmo autor refere que os toureiros não têm qualquer razão para se vangloriarem dos seus pretensos feitos já que, segundo as estatísticas, muito maior risco correm as pessoas que trabalham nas minas, nos transportes e na construção civil”. Não me incluo nos que ficam contentes quando alguém fica ferido ou morre numa tourada porque o que desejo é que não haja derramamento de sangue, nem abuso de animais, nem mortes nas praças ou nos matadouros, “às escondidas”, depois das touradas» conclui Teófilo Braga. (in Correio dos Açores, 31305, 15 de Agosto de 2017, p.8) Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1760480257299893&set=a.166480236699911.42193.100000138080317&type=3&theater

Na sequência de um artigo publicado no meu Bogue, neste link http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/governo-portugues-pare-imediatamente-a-635082 sobre a petição de Stephanie Christie, dirigida ao governo português, solicitando que este pare medianamente a exportação de cães e gatos para os referidos países, e na qual Portugal é posto de rastos, devido às notícias saídas a público, a este respeito, recebi o Ofício nº 704/2016, oriundo do Director-geral da DGAV (Direcção-geral de Alimentação e Veterinária), Álvaro Pegado Mendonça, que passo a transcrever: Nova petição: Portuguese Government, stop immediately the export of dogs and cats to SouthKorea and Philippines / Governo português parar imediatamente exportação de cães e gatos para a Coreia do Sul e Filipinas http://www.sosvox.org/pt/petition/portuguese-government-stop-immediately-our-pets-to-south-korea-and-philippines.html?utm_source=highlight&utm_medium=title&utm_campaign=campaign-p070516 «Exmos.(as) Senhores(as), A DGAV, estranha o teor da petição pública em apreço e rejeita liminarmente o conteúdo da mesma, por não corresponder à verdade. Na origem desta situação estarão as declarações do ex-Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, quando falava aos média relativamente ao intenso trabalho realizado no âmbito da internacionalização. Neste âmbito, aludiu ao trabalho difícil de negociação das questões sanitárias e fitossanitárias com países terceiros, com vista à exportação quer com fins comerciais quer com fins não comerciais. Ainda neste contexto global da internacionalização apontou os mercados, produtos e ainda os animais vivos exportados, onde se inserem os animais de companhia, o que terá levado a interpretação errónea por parte do leitor, induzido pelo título do artigo que remetia as declarações para os produtos agro-alimentares. Como é do conhecimento geral, a DGAV, entidade responsável pelos requisitos à exportação é igualmente o garante da saúde e bem-estar animal, estando comprometida com estes objectivos a nível interno e externo, pelo que é um dos Estados Membros que ratificou a Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia. Factualmente ainda acrescentamos que os animais, nomeadamente os de companhia, só viajam para países terceiros acompanhados de certificados sanitários registados e emitidos pela entidade competente, a DGAV, o que nos permite afirmar que só foram emitidos durante os anos de 2014 e 2015, 31 certificados sem fim comercial e com o objectivo de os animais acompanharem os seus donos até ao local de destino. Com os melhores cumprimentos, Álvaro Pegado Mendonça Director-geral CVO Portugal» *** (AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, o texto acima foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático). *** Eis a minha resposta a este Ofício que, devo confessar, me desiludiu. Exmo Senhor, Agradeço a gentileza da resposta. Porém, devo acrescentar o seguinte: 1 – A petição aqui referida (e esta outra que publico hoje) é da autoria de activistas estrangeiros, que se basearam em notícias que correm o mundo, sobre a venda de cães e gatos por Portugal, às Filipinas e Coreia do Sul, países que utilizam animais (ditos de estimação, no Ocidente) para os COMEREM. 2 – O que aqui está em causa (e chamo a atenção precisamente para as notícias que circulam no estrangeiro, e não partiram de nós, portugueses, que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, e não só cães e gatos, como a Lei de Protecção Animal n.º 69/2014, de 29 de Agosto, apenas prevê) é a exportação dos nossos animais (que até podem ir com todos os certificados sanitários em dia) para países que os COMEM, e que para os comer sacrificam-nos de uma forma bárbara. Pensamos que esta não é uma política correcta, até porque também sabemos que as entidades portuguesas que deveriam ser mais cuidadosas nestas matérias, nem sempre abrem os olhos ao que se passa, por exemplo, nos bastidores das touradas, quando os touros moribundos são retirados da arena; nem nas “festas” de matança de porcos em público, para divertir um povo inculto; nem nos canis municipais onde os cães passam fome, morrem de doenças, sem qualquer apoio veterinário, e muitos deles são mortos à paulada; e nem sequer nos matadouros, onde os animais são abatidos de uma forma monstruosa. Portanto, tudo o que se relaciona com os animais não humanos em Portugal, incluindo os ditos "animais de companhia ou de estimação", que na sua maioria nem são uma coisa nem outra, porque continuam a ser maltratados, apesar das denúncias, e quem os maltrata não é punido, apesar da Lei, não estão devidamente protegidos, até porque existem bastantes lacunas nessa Lei, onde a maioria dos animais não humanos nem sequer são considerados animais, estando dela excluídos: o caso dos Touros, dos Cavalos, dos Cães utilizados em corridas ou em lutas (que continuam a existir por aí, e ninguém faz nada); o tiro os pombos, os animais utilizados nos circos e zoológicos, enfim… apenas os cães e gatos (e mesmos estes, nem todos) são considerados animais. É raro, muito raro (e a mim até nunca aconteceu) que as denúncias que fazemos de maus-tratos a animais ditos de estimação e de companhia (cães e gatos) tenham uma resposta positiva por parte das autoridades que nunca vêem o que nós vemos. Porque nós, os que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, não precisamos de leis para sabermos que TODOS os animais são seres sencientes, logo, merecedores de uma protecção igual à que se dá aos animais humanos. E se os humanos fossem realmente seres humanos, nem sequer precisariam de leis para os “orientarem” no sentido de que, como animais que também são, não devem fazer aos outros (animais) o que não gostariam que lhes fizessem a eles. Este é um princípio básico adoptado por todos os grandes pensadores, há milhares de séculos… Mas infelizmente, o mundo em que vivermos tornou-se imperfeito depois do aparecimento do homem. Apenas alguns tiveram a ousadia genética de evoluírem, e instintivamente compreenderem que o homem não é a medida de todas as coisas, mas apenas mais um animal entre muitos, com a responsabilidade acrescida de zelar pelo Planeta e por todos os outros seres, simplesmente porque é ele que está com o queijo e a faca na mão, ou seja, é ele que tem um completo domínio sobre o mundo (infelizmente). É uma vergonha para a espécie humana a existência de “homens” que se comportam mais irracionalmente do que aqueles que eles rotulam de irracionais. Portanto, Exmo. Senhor Álvaro Pegado Mendonça, a resposta que eu gostaria de ter recebido era outra. Gostaria que me dissesse que Portugal não mais exportaria cães e gatos portugueses, para os países que os sacrificam antes de os comerem. Infelizmente, Portugal está muito longe de ser um país evoluído no que respeita ao respeito a ter pelas outras espécies que com ele partilham o mesmo Planeta, o mesmo meio ambiente, o mesmo Sol, a mesma Lua, o mesmo Universo… Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira

Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado. Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros. (Este é um texto publicado neste Blogue, em 8 de Julho de 2014, e que aqui reproduzo hoje, porque, hoje, recebi um comentário do Jorge a dar-me conta de que se tornou vegetariano. Bem-haja, Jorge!) «Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena". Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas, que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo. Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos. Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm? Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim. Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano... Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais... Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade, Jorge» Fonte: https://www.facebook.com/notes/helena-aguas/-as-touradas-n%C3%A3o-s%C3%A3o-lantejoulas-trajes-de-luzes-cornetas-e-cavalos-carta-de-jor/157863641015618 Arco de Almedina http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/as-touradas-nao-sao-lantejoulas-441134

Hoje, no telejornal da SIC, a propósito da notícia sobre o polícia norte-americano que puxou os cabelos a uma jovem negra, a jornalista disse: aviso que as imagens são agressivas. E as outras imagens, das outras violências, que correm nos ecrãs da televisão não serão agressivas também? Violência contra negros Violência contra crianças Violência contra cristãos Violência contra cavalos Violência nos matadouros Violência nas touradas Violência em rituais religiosos Violência contra animais Violência contra focas bebés Violência contra baleias Violência na escola Violência doméstica Violência da guerra Violência do holocausto nazi QUE SE PASSA COM ESTE MUNDO?

Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado. Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros. «Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena". Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas, que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo. Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos. Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm? Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim. Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano... Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais... Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade, Jorge» Fonte: https://www.facebook.com/notes/helena-aguas/-as-touradas-n%C3%A3o-s%C3%A3o-lantejoulas-trajes-de-luzes-cornetas-e-cavalos-carta-de-jor/157863641015618

Um excelente texto de Isabel Santos A descrição que se segue é a verdade verdadeira da tourada, à qual, os que não sabem, chamam “arte” e “festa”…

«São 17h30 Neste momento, em Baião, vai começar a "festa". Debaixo de um calor de mais de 30º, sem vento, e depois de terem permanecido mais de 12 h metidos numa divisória de metal de um camião onde mal se podem mexer, os 6 touros vão ser "lidados" na praça amovível instalada para o efeito no alto de uma colina. Vão ser perfurados com ferros (bandarilhas) que medem 70 cm de comprimento, enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura e com farpas ou ferros compridos e ferros curtos que medem , respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas. Os ferros que lhe penetram e rasgam o músculo provocarão uma dor lancinante (o touro sente até uma mosca pousar-lhe no dorso - daí abanar com a cauda para a enxotar - porque não haveria de sentir dor se é feito de carne e osso como nós?) Depois de lhe serem cravados os ferros, exaustos e debilitados, enfraquecidos, vão ainda ser atormentados por 8 homens que o vão provocar, tentar imobilizar, saltar-lhe para cima e puxar-lhe violentamente a cauda (vértebras serão partidas) e humilhá-lo. Depois será obrigado a recolher ao camião, como alguém me dizia hoje de manhã, "puxado e arrastado tão violentamente por cordas que se fica com a sensação que lhe vão arrancar os cornos". No camião, ser-lhe-ão arrancados os ferros, a sangue frio, cortando a carne à volta do arpão com uma faca, deixando-lhe o dorso esburacado em carne viva... Depois da " festa rija", quando os espectadores tiverem dificuldade em manter-se em pé, o touro vai ser levado para o matadouro de Santarém, no mesmo camião onde não se pode mexer, deixando atrás de si um rasto de sangue e diarreia. Hoje é sexta-feira. Amanhã é sábado, os matadouros não trabalham. Domingo também não. Com sorte, e se não tiverem morrido até lá, os touros serão finalmente mortos na segunda-feira, depois de atordoados com choques eléctricos e pendurados de cabeça para baixo. Terão Paz afinal. Muito grata a todos os que colaboraram nesta iniciativa, tentando alertar os autarcas de Baião para o massacre que se vai passar agora mesmo, na cidade. Como seria de esperar, não conseguimos impedir estes 6 touros de sofrerem horrores mas esperamos que o executivo camarário tome consciência desta barbárie e comece a fazer a cidade dar os primeiros passos no caminho da verdadeira evolução, a civilizacional.» Fontes: https://www.facebook.com/events/665892193440471/ https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo *** Antes deste macabro episódio, a Isabel Santos, juntamente com outros activistas tentaram dissuadir o Presidente da Câmara Municipal de Baião a levar adiante tão grosseira actividade, e enviou ao autarca este outro excelente texto: «Tanto quanto sei, a “ tradição” em Baião nada tem a ver com a tourada nos moldes actuais. Ainda que tivesse, o argumento da tradição não justifica tudo, já que as tradições não são estáticas e imutáveis, moldam-se e adaptam-se à evolução das mentalidades e das sociedades. A tradição não tem valor intrínseco, não é por algo ser tradição que se torna inquestionavelmente bom ou mau. A tradição é, em última análise, tão-somente um costume que se foi repetindo ao longo dos tempos. E houve “tradições” bem cruéis que foram naturalmente abandonadas. Cito, a título de exemplo, as execuções em praça pública que eram na Idade Média uma das maiores atracções populares, juntando milhares de pessoas. Este argumento é por isso um não argumento, uma falácia. Por outro lado não existem em Baião ganadarias, toureiros, forcados nem tão pouco praça de touros, como quer fazer crer o cartaz de divulgação da tourada. E, ainda que existissem, isso também não seria justificação dado que, também com a evolução, muitas ocupações se extinguem, dando lugar a outras – é o curso natural das coisas. Assim testemunhariam os negreiros, os feitores de escravos, e até os inocentes proprietários de mercearias locais que se viram obrigadas a fechar para dar lugar a grandes hipermercados. Como o Sr. Presidente sabe, as touradas são espectáculos degradantes que além de serem inaceitáveis em termos de abuso e maltrato animal, em nada dignificam as pessoas, já que promovem modelos de comportamento agressivos e desrespeitosos. Por tudo isto, lamento que o Sr. Presidente José Luís Carneiro, notável do PS e vereador da cultura da CMB, não tenha tido um minuto na sua agenda para, há semanas atrás, ouvir e dialogar com representantes de movimentos da protecção animal, que respeitosamente lhe pediram audiência no sentido de sensibilizar atempadamente a população e os autarcas, de forma racional, para esta questão. Lamento ainda que não tenha tido a delicadeza de dar uma única resposta às dezenas de emails que lhe foram enviados, pedindo, de forma racional, respeitosa e educada, para excluir do PROGRAMA OFICIAL DAS FESTAS DE S. BARTOLOMEU, a realização de uma tourada. Já que nada disto foi possível, gostaria que, pelo menos aqui e agora, me esclarecesse quais serão então as formas de, em conjunto com a autarquia de Baião, promover iniciativas de sensibilização para que decorra DESDE JÁ uma evolução em defesa dos direitos dos animais no concelho, dado que estaremos sempre ao dispor para acompanhar a CMB na sua visível preocupação com este assunto. Ficarei a aguardar ansiosamente uma resposta. Grata, cumprimentos, Isabel Santos (activista pelos direitos dos animais- distrito do Porto)» (Recebido via e-mail). *** Escusado será dizer, que este, como outros autarcas, ficam cegos, surdos e mudos aos apelos racionais, de seres humanos, que se preocupam com o bem-estar de seres não-humanos, e, consequentemente, com a evolução da Humanidade. A tortura de seis magníficos Touros realizou-se, e Baião continua no rol das localidades portuguesas que se recusam a evoluir. Isabel A. Ferreira

Respondendo a Francisco Laranjeira sobre a abominável prática das touradas. Os NINS nunca fizeram evoluir a Humanidade. Anónimo comentou o comentário Nunca as touradas levaram tanta pancada como nestes últimos dias porque "se Cão como nós", Touro como nós. Porque não? às 19:22, 28/12/2018 : Dª.Isabel Ferreira: Sobre as touradas já me pronunciei aqui neste espaço. Como disse antes, quando se me deparar a oportunidade de dar o meu voto não terei duvidas de que votarei contra as touradas. Ponto. Paralelamente a este espectaculo grotesco; existem outros de que pouco ou nada se fala e talvez me impressionem mais do q as touradas: são os animais selvagens retidos nos Zoos. Isto é que eu considero absolutamete vergonhoso, ver leões, tigres, elefantes, macacos e outros animais selvagens, moribundos, cheios de moscas, apodrecerem, fedorentos, coisa absolutamente vergonhosa. E os animais no circo também não fazem sentido algum. De resto, quando a Assembleia da Republica não proibe tais espectaculos o que poderei eu fazer humilde cidadão. Melhores cumprimentos. Francisco Laranjeira. Senhor Francisco Laranjeira, do modo como fala, dá-me a sensação de que, embora não goste de touradas, não as condena. Aceita-as, como algo normal, na sociedade do Século XXI depois de Cristo. E nesta questão não podemos ser NIM. Imagine a existência, HOJE, de uma “homada”, ou seja, de uma prática em que um leão esfomeado estraçalha um homem encurralado numa arena, onde uma turba ensandecida aplaude, em delírio, cada dentada, cada golpe na carne, cada pingo de sangue que mancha a arena, como no tempo do Circo Romano. O que teria a dizer? Também aceitaria, para não interferir na LIBERDADE de quem delira com esta luta DESIGUAL?

Sabia que a capacidade de se colocar no lugar do outro, seja esse outro um animal humano ou um animal não-humano, é uma das funções mais importantes da inteligência humana, porque demonstra o grau de maturidade do ser humano (Augusto Cury, médico psiquiatra brasileiro dixit)? Sabia que “não faças aos outros (sejam esses outros humanos ou não-humanos) o que não gostas que te façam a ti” é o preceito máximo, que percorre a existência do Ser Humano, desde tempos imemoráveis, e faz parte da ESSÊNCIA HUMANA? Sabia que a EMPATIA é o sentimento mais nobre do ser humano? Aquele que nos permite colocar-nos no lugar dos outros e sentir a dor dos outros? Não basta VOTAR contra. Tem de se SER CONTRA esta “coisa” abominável, que não faz parte dos valores humanos: torturar um ser vivo para se divertirem com o atroz sofrimento dele. Quanto ao resto, saiba que no mundo existem milhares de pessoas, eu incluída, a lutar com todas as garras de fora, contra: jardins zoológicos, circos com animais, a que acrescento as corridas de Cavalos e de Galgos, as rinhas de galos, a CAÇA e a PESCA desportivas, o uso das charretes, a matança de animais nos matadouros, sem o mínimo respeito pela dor deles, enfim, todas as situações que envolvam INDEFESOS ANIMAIS NÃO-HUMANOS à mercê de carrascos DESUMANOS estão no mesmo patamar das touradas, e são abomináveis, e são condenáveis, e devemos lutar pela abolição de tudo isto, que não é compatível com a essência humana.

E se os deputados da Nação, que se recusam a evoluir, não proíbem tais práticas (não lhes chame espectáculos, porque um espectáculo implica algo ADMIRÁVEL, e não BÁRBARO) o que poderá fazer um humilde cidadão? O humilde cidadão poderá simplesmente NÃO VOTAR neles, e escolher deputados que tenham a capacidade de se colocarem no lugar dos outros, que não façam aos outros o que não gostam que lhes façam a eles, e que tenham EMPATIA pela restante fauna que com eles partilham o mesmo PLANETA. Isabel A. Ferreira

Eu nem fico contente, nem triste, com a morte de um toureiro na arena. Não comemoro, mas também não choro. É-me indiferente. Quem ataca touros habilita-se a ser agredido, porque é dos animais, quer sejam humanos ou não humanos, defenderem-se instintivamente, quando são atacados. Um toureiro ataca o Touro porque é sádico, psicopata. O Touro investe sobre o toureiro porque tem o direito de se defender do ataque do seu carrasco. Por isso, lamentar que morte? A do Touro, obviamente, que não foi para arena por sua livre e espontânea vontade, e porque o Touro não é carrasco, nem cobarde, nem cruel. Num artigo intitulado «Mortes e feridos nas Praças de Touros» o professor açoriano Teófilo Braga aborda este tema, a propósito da morte do toureiro basco Iván Fandiño, de trinta e seis anos, no passado dia 17 de Junho, no sudoeste de França. Refere o autor que Fandiño «matava touros, para divertimento de seres pouco humanos, desde os 14 anos de idade. O toureiro foi atingido pelo corno de um touro quando já estava no chão durante uma tourada em Aire-sur-l'Adour». «De acordo com a agência de notícias EFE, no século XX, morreram 138 profissionais da tauromaquia devido a sofrimentos sofridos nas arenas. A morte de toureiros não impressiona muito os adeptos da tauromaquia, pois para estes não há bela sem senão, isto é, não há beleza na tauromaquia se aqueles não colocarem em risco as suas vidas. Os opositores das touradas não reagem de forma uniforme. Com efeito, se há alguns que se regozijam com as mortes, há outros que lamentam o facto e usam-no como um dos argumentos para combater as touradas. Em relação ao número de mortes, Fernando Alvarez, doutor em biologia pela Universidade de Tulane (E.U.A.), autor do livro “La Verdade Sobre los Toros” não nega que não haja risco, mas considera-o muito baixo, pois os toureiros estão muito bem informados acerca dos handicaps físicos do touro, em termos de visão, que “não vê ou só vê um vulto entre meio metro e um metro de distância e que ataca sobretudo o que está mais perto e em movimento”. O mesmo autor refere que os toureiros não têm qualquer razão para se vangloriarem dos seus pretensos feitos já que, segundo as estatísticas, muito maior risco correm as pessoas que trabalham nas minas, nos transportes e na construção civil”. Não me incluo nos que ficam contentes quando alguém fica ferido ou morre numa tourada porque o que desejo é que não haja derramamento de sangue, nem abuso de animais, nem mortes nas praças ou nos matadouros, “às escondidas”, depois das touradas. Teófilo Braga (Correio dos Açores, 31305, 15 de agosto de 2017, p.8). De acordo com a agência de notícias EFE, no século XX, morreram 138 profissionais da tauromaquia devido a sofrimentos sofridos nas arenas. A morte de toureiros não impressiona muito os adeptos da tauromaquia, pois para estes não há bela sem senão, isto é, não há beleza na tauromaquia se aqueles não colocarem em risco as suas vidas. Os opositores das touradas não reagem de forma uniforme. Com efeito, se há alguns que se regozijam com as mortes, há outros que lamentam o facto e usam-no como um dos argumentos para combater as touradas. Em relação ao número de mortes, Fernando Alvarez, doutor em biologia pela Universidade de Tulane (E.U.A.), autor do livro “La Verdade Sobre los Toros” não nega que não haja risco, mas considera-o muito baixo, pois os toureiros estão muito bem informados acerca dos handicaps físicos do touro, em termos de visão, que “não vê ou só vê um vulto entre meio metro e um metro de distância e que ataca sobretudo o que está mais perto e em movimento”. O mesmo autor refere que os toureiros não têm qualquer razão para se vangloriarem dos seus pretensos feitos já que, segundo as estatísticas, muito maior risco correm as pessoas que trabalham nas minas, nos transportes e na construção civil”. Não me incluo nos que ficam contentes quando alguém fica ferido ou morre numa tourada porque o que desejo é que não haja derramamento de sangue, nem abuso de animais, nem mortes nas praças ou nos matadouros, “às escondidas”, depois das touradas» conclui Teófilo Braga. (in Correio dos Açores, 31305, 15 de Agosto de 2017, p.8) Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1760480257299893&set=a.166480236699911.42193.100000138080317&type=3&theater

Na sequência de um artigo publicado no meu Bogue, neste link http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/governo-portugues-pare-imediatamente-a-635082 sobre a petição de Stephanie Christie, dirigida ao governo português, solicitando que este pare medianamente a exportação de cães e gatos para os referidos países, e na qual Portugal é posto de rastos, devido às notícias saídas a público, a este respeito, recebi o Ofício nº 704/2016, oriundo do Director-geral da DGAV (Direcção-geral de Alimentação e Veterinária), Álvaro Pegado Mendonça, que passo a transcrever: Nova petição: Portuguese Government, stop immediately the export of dogs and cats to SouthKorea and Philippines / Governo português parar imediatamente exportação de cães e gatos para a Coreia do Sul e Filipinas http://www.sosvox.org/pt/petition/portuguese-government-stop-immediately-our-pets-to-south-korea-and-philippines.html?utm_source=highlight&utm_medium=title&utm_campaign=campaign-p070516 «Exmos.(as) Senhores(as), A DGAV, estranha o teor da petição pública em apreço e rejeita liminarmente o conteúdo da mesma, por não corresponder à verdade. Na origem desta situação estarão as declarações do ex-Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, quando falava aos média relativamente ao intenso trabalho realizado no âmbito da internacionalização. Neste âmbito, aludiu ao trabalho difícil de negociação das questões sanitárias e fitossanitárias com países terceiros, com vista à exportação quer com fins comerciais quer com fins não comerciais. Ainda neste contexto global da internacionalização apontou os mercados, produtos e ainda os animais vivos exportados, onde se inserem os animais de companhia, o que terá levado a interpretação errónea por parte do leitor, induzido pelo título do artigo que remetia as declarações para os produtos agro-alimentares. Como é do conhecimento geral, a DGAV, entidade responsável pelos requisitos à exportação é igualmente o garante da saúde e bem-estar animal, estando comprometida com estes objectivos a nível interno e externo, pelo que é um dos Estados Membros que ratificou a Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia. Factualmente ainda acrescentamos que os animais, nomeadamente os de companhia, só viajam para países terceiros acompanhados de certificados sanitários registados e emitidos pela entidade competente, a DGAV, o que nos permite afirmar que só foram emitidos durante os anos de 2014 e 2015, 31 certificados sem fim comercial e com o objectivo de os animais acompanharem os seus donos até ao local de destino. Com os melhores cumprimentos, Álvaro Pegado Mendonça Director-geral CVO Portugal» *** (AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, o texto acima foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático). *** Eis a minha resposta a este Ofício que, devo confessar, me desiludiu. Exmo Senhor, Agradeço a gentileza da resposta. Porém, devo acrescentar o seguinte: 1 – A petição aqui referida (e esta outra que publico hoje) é da autoria de activistas estrangeiros, que se basearam em notícias que correm o mundo, sobre a venda de cães e gatos por Portugal, às Filipinas e Coreia do Sul, países que utilizam animais (ditos de estimação, no Ocidente) para os COMEREM. 2 – O que aqui está em causa (e chamo a atenção precisamente para as notícias que circulam no estrangeiro, e não partiram de nós, portugueses, que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, e não só cães e gatos, como a Lei de Protecção Animal n.º 69/2014, de 29 de Agosto, apenas prevê) é a exportação dos nossos animais (que até podem ir com todos os certificados sanitários em dia) para países que os COMEM, e que para os comer sacrificam-nos de uma forma bárbara. Pensamos que esta não é uma política correcta, até porque também sabemos que as entidades portuguesas que deveriam ser mais cuidadosas nestas matérias, nem sempre abrem os olhos ao que se passa, por exemplo, nos bastidores das touradas, quando os touros moribundos são retirados da arena; nem nas “festas” de matança de porcos em público, para divertir um povo inculto; nem nos canis municipais onde os cães passam fome, morrem de doenças, sem qualquer apoio veterinário, e muitos deles são mortos à paulada; e nem sequer nos matadouros, onde os animais são abatidos de uma forma monstruosa. Portanto, tudo o que se relaciona com os animais não humanos em Portugal, incluindo os ditos "animais de companhia ou de estimação", que na sua maioria nem são uma coisa nem outra, porque continuam a ser maltratados, apesar das denúncias, e quem os maltrata não é punido, apesar da Lei, não estão devidamente protegidos, até porque existem bastantes lacunas nessa Lei, onde a maioria dos animais não humanos nem sequer são considerados animais, estando dela excluídos: o caso dos Touros, dos Cavalos, dos Cães utilizados em corridas ou em lutas (que continuam a existir por aí, e ninguém faz nada); o tiro os pombos, os animais utilizados nos circos e zoológicos, enfim… apenas os cães e gatos (e mesmos estes, nem todos) são considerados animais. É raro, muito raro (e a mim até nunca aconteceu) que as denúncias que fazemos de maus-tratos a animais ditos de estimação e de companhia (cães e gatos) tenham uma resposta positiva por parte das autoridades que nunca vêem o que nós vemos. Porque nós, os que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, não precisamos de leis para sabermos que TODOS os animais são seres sencientes, logo, merecedores de uma protecção igual à que se dá aos animais humanos. E se os humanos fossem realmente seres humanos, nem sequer precisariam de leis para os “orientarem” no sentido de que, como animais que também são, não devem fazer aos outros (animais) o que não gostariam que lhes fizessem a eles. Este é um princípio básico adoptado por todos os grandes pensadores, há milhares de séculos… Mas infelizmente, o mundo em que vivermos tornou-se imperfeito depois do aparecimento do homem. Apenas alguns tiveram a ousadia genética de evoluírem, e instintivamente compreenderem que o homem não é a medida de todas as coisas, mas apenas mais um animal entre muitos, com a responsabilidade acrescida de zelar pelo Planeta e por todos os outros seres, simplesmente porque é ele que está com o queijo e a faca na mão, ou seja, é ele que tem um completo domínio sobre o mundo (infelizmente). É uma vergonha para a espécie humana a existência de “homens” que se comportam mais irracionalmente do que aqueles que eles rotulam de irracionais. Portanto, Exmo. Senhor Álvaro Pegado Mendonça, a resposta que eu gostaria de ter recebido era outra. Gostaria que me dissesse que Portugal não mais exportaria cães e gatos portugueses, para os países que os sacrificam antes de os comerem. Infelizmente, Portugal está muito longe de ser um país evoluído no que respeita ao respeito a ter pelas outras espécies que com ele partilham o mesmo Planeta, o mesmo meio ambiente, o mesmo Sol, a mesma Lua, o mesmo Universo… Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira

Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado. Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros. (Este é um texto publicado neste Blogue, em 8 de Julho de 2014, e que aqui reproduzo hoje, porque, hoje, recebi um comentário do Jorge a dar-me conta de que se tornou vegetariano. Bem-haja, Jorge!) «Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena". Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas, que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo. Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos. Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm? Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim. Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano... Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais... Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade, Jorge» Fonte: https://www.facebook.com/notes/helena-aguas/-as-touradas-n%C3%A3o-s%C3%A3o-lantejoulas-trajes-de-luzes-cornetas-e-cavalos-carta-de-jor/157863641015618 Arco de Almedina http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/as-touradas-nao-sao-lantejoulas-441134

Hoje, no telejornal da SIC, a propósito da notícia sobre o polícia norte-americano que puxou os cabelos a uma jovem negra, a jornalista disse: aviso que as imagens são agressivas. E as outras imagens, das outras violências, que correm nos ecrãs da televisão não serão agressivas também? Violência contra negros Violência contra crianças Violência contra cristãos Violência contra cavalos Violência nos matadouros Violência nas touradas Violência em rituais religiosos Violência contra animais Violência contra focas bebés Violência contra baleias Violência na escola Violência doméstica Violência da guerra Violência do holocausto nazi QUE SE PASSA COM ESTE MUNDO?

Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado. Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros. «Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena". Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas, que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo. Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos. Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm? Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim. Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano... Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais... Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade, Jorge» Fonte: https://www.facebook.com/notes/helena-aguas/-as-touradas-n%C3%A3o-s%C3%A3o-lantejoulas-trajes-de-luzes-cornetas-e-cavalos-carta-de-jor/157863641015618

Um excelente texto de Isabel Santos A descrição que se segue é a verdade verdadeira da tourada, à qual, os que não sabem, chamam “arte” e “festa”…

«São 17h30 Neste momento, em Baião, vai começar a "festa". Debaixo de um calor de mais de 30º, sem vento, e depois de terem permanecido mais de 12 h metidos numa divisória de metal de um camião onde mal se podem mexer, os 6 touros vão ser "lidados" na praça amovível instalada para o efeito no alto de uma colina. Vão ser perfurados com ferros (bandarilhas) que medem 70 cm de comprimento, enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura e com farpas ou ferros compridos e ferros curtos que medem , respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas. Os ferros que lhe penetram e rasgam o músculo provocarão uma dor lancinante (o touro sente até uma mosca pousar-lhe no dorso - daí abanar com a cauda para a enxotar - porque não haveria de sentir dor se é feito de carne e osso como nós?) Depois de lhe serem cravados os ferros, exaustos e debilitados, enfraquecidos, vão ainda ser atormentados por 8 homens que o vão provocar, tentar imobilizar, saltar-lhe para cima e puxar-lhe violentamente a cauda (vértebras serão partidas) e humilhá-lo. Depois será obrigado a recolher ao camião, como alguém me dizia hoje de manhã, "puxado e arrastado tão violentamente por cordas que se fica com a sensação que lhe vão arrancar os cornos". No camião, ser-lhe-ão arrancados os ferros, a sangue frio, cortando a carne à volta do arpão com uma faca, deixando-lhe o dorso esburacado em carne viva... Depois da " festa rija", quando os espectadores tiverem dificuldade em manter-se em pé, o touro vai ser levado para o matadouro de Santarém, no mesmo camião onde não se pode mexer, deixando atrás de si um rasto de sangue e diarreia. Hoje é sexta-feira. Amanhã é sábado, os matadouros não trabalham. Domingo também não. Com sorte, e se não tiverem morrido até lá, os touros serão finalmente mortos na segunda-feira, depois de atordoados com choques eléctricos e pendurados de cabeça para baixo. Terão Paz afinal. Muito grata a todos os que colaboraram nesta iniciativa, tentando alertar os autarcas de Baião para o massacre que se vai passar agora mesmo, na cidade. Como seria de esperar, não conseguimos impedir estes 6 touros de sofrerem horrores mas esperamos que o executivo camarário tome consciência desta barbárie e comece a fazer a cidade dar os primeiros passos no caminho da verdadeira evolução, a civilizacional.» Fontes: https://www.facebook.com/events/665892193440471/ https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo *** Antes deste macabro episódio, a Isabel Santos, juntamente com outros activistas tentaram dissuadir o Presidente da Câmara Municipal de Baião a levar adiante tão grosseira actividade, e enviou ao autarca este outro excelente texto: «Tanto quanto sei, a “ tradição” em Baião nada tem a ver com a tourada nos moldes actuais. Ainda que tivesse, o argumento da tradição não justifica tudo, já que as tradições não são estáticas e imutáveis, moldam-se e adaptam-se à evolução das mentalidades e das sociedades. A tradição não tem valor intrínseco, não é por algo ser tradição que se torna inquestionavelmente bom ou mau. A tradição é, em última análise, tão-somente um costume que se foi repetindo ao longo dos tempos. E houve “tradições” bem cruéis que foram naturalmente abandonadas. Cito, a título de exemplo, as execuções em praça pública que eram na Idade Média uma das maiores atracções populares, juntando milhares de pessoas. Este argumento é por isso um não argumento, uma falácia. Por outro lado não existem em Baião ganadarias, toureiros, forcados nem tão pouco praça de touros, como quer fazer crer o cartaz de divulgação da tourada. E, ainda que existissem, isso também não seria justificação dado que, também com a evolução, muitas ocupações se extinguem, dando lugar a outras – é o curso natural das coisas. Assim testemunhariam os negreiros, os feitores de escravos, e até os inocentes proprietários de mercearias locais que se viram obrigadas a fechar para dar lugar a grandes hipermercados. Como o Sr. Presidente sabe, as touradas são espectáculos degradantes que além de serem inaceitáveis em termos de abuso e maltrato animal, em nada dignificam as pessoas, já que promovem modelos de comportamento agressivos e desrespeitosos. Por tudo isto, lamento que o Sr. Presidente José Luís Carneiro, notável do PS e vereador da cultura da CMB, não tenha tido um minuto na sua agenda para, há semanas atrás, ouvir e dialogar com representantes de movimentos da protecção animal, que respeitosamente lhe pediram audiência no sentido de sensibilizar atempadamente a população e os autarcas, de forma racional, para esta questão. Lamento ainda que não tenha tido a delicadeza de dar uma única resposta às dezenas de emails que lhe foram enviados, pedindo, de forma racional, respeitosa e educada, para excluir do PROGRAMA OFICIAL DAS FESTAS DE S. BARTOLOMEU, a realização de uma tourada. Já que nada disto foi possível, gostaria que, pelo menos aqui e agora, me esclarecesse quais serão então as formas de, em conjunto com a autarquia de Baião, promover iniciativas de sensibilização para que decorra DESDE JÁ uma evolução em defesa dos direitos dos animais no concelho, dado que estaremos sempre ao dispor para acompanhar a CMB na sua visível preocupação com este assunto. Ficarei a aguardar ansiosamente uma resposta. Grata, cumprimentos, Isabel Santos (activista pelos direitos dos animais- distrito do Porto)» (Recebido via e-mail). *** Escusado será dizer, que este, como outros autarcas, ficam cegos, surdos e mudos aos apelos racionais, de seres humanos, que se preocupam com o bem-estar de seres não-humanos, e, consequentemente, com a evolução da Humanidade. A tortura de seis magníficos Touros realizou-se, e Baião continua no rol das localidades portuguesas que se recusam a evoluir. Isabel A. Ferreira

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