Rupert Murdoch pede desculpa à família de menina assassinada

22-07-2011
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Murdoch reuniu em privado com a mãe e irmã de Milly num hotel de Londres. Segundo o advogado da família, o barão dos media mostrou-se "abalado, humilde e sincero", escondendo a cabeça entre as mãos e pedindo perdão pelos abusos cometidos pelos jornalistas do seu tablóide.

Antes do encontro, Murdoch aceitou o pedido de demissão de Rebekah Brooks, a directora-executiva da News International, que era editora do News of the World durante o tempo em que o tablóide britânico escutou ilegalmente várias personalidades e vítimas de crimes.

E algumas horas mais tarde, confirmou ter acedido a idêntico pedido de um dos seus mais antigos e fiéis colaboradores, Les Hinton, com quem trabalhou durante 52 anos.

Hinton, que começou a sua carreira como repórter no jornal australiano Adelaide News, foi progredindo dentro do grupo e ocupava actualmente o cargo de director-executivo da Dow Jones, a companhia americana que conta entre os seus produtos com o diário The Wall Street Journal, um dos mais reputados títulos da imprensa mundial.

Antes, dirigiu a News International: entre 1995 e 2007, altura a que remontam os casos de escutas ilegais. "Assisti com tristeza, desde Nova Iorque, ao desenvolvimento da história do News of the World. Li centenas de notícias de mau comportamento durante o período em que eu era o responsável pela News International. Que eu ignorasse o que aparentemente aconteceu é irrelevante nas actuais circunstâncias", escreveu Hinton, na carta que acompanhou o pedido de demissão.

Pelo seu lado, Rebekah Brooks afirmou que sente “profunda responsabilidade pelo sofrimento que o escândalo está a causar às pessoas” e que só quando as notícias vieram a público soube do que se passava.

A News International já anunciou que Brooks será substituída por Tom Mockridge, que até agora era presidente da Sky Italia, cadeia televisiva italiana que pertence a Murdoch.

Rebekah Brooks estava no grupo há 22 anos e era vista como uma editora temida na imprensa britânica. Murdoch emitiu uma nota interna a elogiar o trabalho da directora-executiva e a dizer que a apoia nesta decisão para limpar o nome.

Tanto Rupert Murdoch como o seu filho James já se mostraram disponíveis para responder a um inquérito do Ministério Público britânico para a semana e preparam-se, este fim-de-semana, para publicar em vários títulos da imprensa britânica anúncios com um pedido de desculpa pela má conduta do News of the World.

O FBI também quer perceber, dez anos depois do 11 de Setembro, se o tablóide britânico escutou as comunicações de familiares de vítimas do atentado. Este é mais um ponto a acrescentar à crescente lista de casos envolvendo aquele jornal que Murdoch encerrou há uma semana.

Terão sido escutados os telemóveis dos actores Hugh Grant e Sienna Miller, de desportistas, do mayor de Londres Boris Johnson e até do antigo primeiro-ministro Gordon Brown. Além de Milly Dowler, também constam na lista de escutas os pais de outras duas meninas que foram mortas, Holly Wells e Jessica Chapman, bem como familiares de vítimas dos atentados de Julho de 2007 em Londres.

A News Corp. detém títulos como o Sun e o Times, e as cadeias de televisão Sky e FOX, nos EUA, num dos mais fortes impérios de media do mundo.

Notícia actualizada às 22h50

Murdoch reuniu em privado com a mãe e irmã de Milly num hotel de Londres. Segundo o advogado da família, o barão dos media mostrou-se "abalado, humilde e sincero", escondendo a cabeça entre as mãos e pedindo perdão pelos abusos cometidos pelos jornalistas do seu tablóide.

Antes do encontro, Murdoch aceitou o pedido de demissão de Rebekah Brooks, a directora-executiva da News International, que era editora do News of the World durante o tempo em que o tablóide britânico escutou ilegalmente várias personalidades e vítimas de crimes.

E algumas horas mais tarde, confirmou ter acedido a idêntico pedido de um dos seus mais antigos e fiéis colaboradores, Les Hinton, com quem trabalhou durante 52 anos.

Hinton, que começou a sua carreira como repórter no jornal australiano Adelaide News, foi progredindo dentro do grupo e ocupava actualmente o cargo de director-executivo da Dow Jones, a companhia americana que conta entre os seus produtos com o diário The Wall Street Journal, um dos mais reputados títulos da imprensa mundial.

Antes, dirigiu a News International: entre 1995 e 2007, altura a que remontam os casos de escutas ilegais. "Assisti com tristeza, desde Nova Iorque, ao desenvolvimento da história do News of the World. Li centenas de notícias de mau comportamento durante o período em que eu era o responsável pela News International. Que eu ignorasse o que aparentemente aconteceu é irrelevante nas actuais circunstâncias", escreveu Hinton, na carta que acompanhou o pedido de demissão.

Pelo seu lado, Rebekah Brooks afirmou que sente “profunda responsabilidade pelo sofrimento que o escândalo está a causar às pessoas” e que só quando as notícias vieram a público soube do que se passava.

A News International já anunciou que Brooks será substituída por Tom Mockridge, que até agora era presidente da Sky Italia, cadeia televisiva italiana que pertence a Murdoch.

Rebekah Brooks estava no grupo há 22 anos e era vista como uma editora temida na imprensa britânica. Murdoch emitiu uma nota interna a elogiar o trabalho da directora-executiva e a dizer que a apoia nesta decisão para limpar o nome.

Tanto Rupert Murdoch como o seu filho James já se mostraram disponíveis para responder a um inquérito do Ministério Público britânico para a semana e preparam-se, este fim-de-semana, para publicar em vários títulos da imprensa britânica anúncios com um pedido de desculpa pela má conduta do News of the World.

O FBI também quer perceber, dez anos depois do 11 de Setembro, se o tablóide britânico escutou as comunicações de familiares de vítimas do atentado. Este é mais um ponto a acrescentar à crescente lista de casos envolvendo aquele jornal que Murdoch encerrou há uma semana.

Terão sido escutados os telemóveis dos actores Hugh Grant e Sienna Miller, de desportistas, do mayor de Londres Boris Johnson e até do antigo primeiro-ministro Gordon Brown. Além de Milly Dowler, também constam na lista de escutas os pais de outras duas meninas que foram mortas, Holly Wells e Jessica Chapman, bem como familiares de vítimas dos atentados de Julho de 2007 em Londres.

A News Corp. detém títulos como o Sun e o Times, e as cadeias de televisão Sky e FOX, nos EUA, num dos mais fortes impérios de media do mundo.

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