O projecto de resolução, que recomendava ao Governo a renegociação imediata da dívida pública e medidas para aumentar a produção nacional, recebeu, para além dos votos a favor do PCP, os do PEV e do Bloco de Esquerda.
No debate, o deputado do CDS-PP João Almeida lembrou que os comunistas recusaram encontrar-se com os representantes da troika, quando foi acordado o programa de empréstimo a Portugal, declarando que “quem quer renegociar é quem não quis negociar quando o país estava numa situação limite”. João Almeida acusou mesmo o PCP de querer fazer de Portugal uma “Cuba em 24 horas, se Cuba ainda fosse o que era”.
Ironizando, referiu que o PCP e as agências de ‘rating’ estão na “mesma luta”, uma vez que, segundo o deputado democrata-cristão, partilham a ideia de que Portugal não vai conseguir cumprir os seus compromissos.
Pelo PSD, o deputado Paulo Batista Santos deixou críticas à proposta, dizendo que ela tem “implícito um incumprimento nacional” que colocaria Portugal “em paralelo” com a crise de “impacto arrasador” da Argentina.
As críticas foram repetidas pelos socialistas. O deputado Fernando Medina acusou os comunistas de “irresponsabilidade e populismo”, considerando que a proposta deixaria Portugal sem credibilidade para recorrer ao crédito externo.
O Bloco de Esquerda respondeu aos três partidos, a quem Cecília Honório acusou de estarem “orgulhosamente sós” mesmo quando “um batalhão de economistas de diferentes quadrantes falam na necessidade de renegociação da dívida
No final do debate, o líder da bancada do PCP, Bernardino Soares, dirigiu o discurso ao PSD, falando de “santa hipocrisia” pelo facto de os sociais-democratas terem defendido a necessidade de apoiar a produção nacional. Para o PSD, disse, “o apoio à produção nacional deve ser injectar mais dinheiro no BPN”, ironizou, insistindo que a renegociação da dívida “é uma alternativa que deve ser discutida”.
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O projecto de resolução, que recomendava ao Governo a renegociação imediata da dívida pública e medidas para aumentar a produção nacional, recebeu, para além dos votos a favor do PCP, os do PEV e do Bloco de Esquerda.
No debate, o deputado do CDS-PP João Almeida lembrou que os comunistas recusaram encontrar-se com os representantes da troika, quando foi acordado o programa de empréstimo a Portugal, declarando que “quem quer renegociar é quem não quis negociar quando o país estava numa situação limite”. João Almeida acusou mesmo o PCP de querer fazer de Portugal uma “Cuba em 24 horas, se Cuba ainda fosse o que era”.
Ironizando, referiu que o PCP e as agências de ‘rating’ estão na “mesma luta”, uma vez que, segundo o deputado democrata-cristão, partilham a ideia de que Portugal não vai conseguir cumprir os seus compromissos.
Pelo PSD, o deputado Paulo Batista Santos deixou críticas à proposta, dizendo que ela tem “implícito um incumprimento nacional” que colocaria Portugal “em paralelo” com a crise de “impacto arrasador” da Argentina.
As críticas foram repetidas pelos socialistas. O deputado Fernando Medina acusou os comunistas de “irresponsabilidade e populismo”, considerando que a proposta deixaria Portugal sem credibilidade para recorrer ao crédito externo.
O Bloco de Esquerda respondeu aos três partidos, a quem Cecília Honório acusou de estarem “orgulhosamente sós” mesmo quando “um batalhão de economistas de diferentes quadrantes falam na necessidade de renegociação da dívida
No final do debate, o líder da bancada do PCP, Bernardino Soares, dirigiu o discurso ao PSD, falando de “santa hipocrisia” pelo facto de os sociais-democratas terem defendido a necessidade de apoiar a produção nacional. Para o PSD, disse, “o apoio à produção nacional deve ser injectar mais dinheiro no BPN”, ironizou, insistindo que a renegociação da dívida “é uma alternativa que deve ser discutida”.