Lisboa: Queremos sete torres de 19 andares na zona da Matinha? A palavra cabe aos cidadãos

08-07-2011
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O plano de pormenor em que se insere esta urbanização, que inclui outros prédios mais baixos, foi encomendado pela autarquia ao gabinete de arquitectura Risco, que pertenceu até há pouco mais de dois anos ao actual vereador do Urbanismo de Lisboa, Manuel Salgado.

Em 2005, a autarquia estabeleceu para aquela zona, situada perto da Expo, um índice de construção hoje considerado por muitos excessivo. “É exageradíssimo”, criticou o vereador Sá Fernandes. “É criticável”, concordou outro vereador, Nunes da Silva. A opção do gabinete de arquitectura, que é hoje dirigido pelo filho de Manuel Salgado, passou por fazer crescer em altura sete dos prédios da urbanização, de forma a permitir alguma área livre ao nível do solo. Se esta solução não for aprovada, explicou o presidente do município, António Costa, a alternativa passa por uma ocupação mais extensiva do solo, embora com edifícios mais baixos. “Se não quisermos as torres, sacrificamos espaço público”, salientou. “Eu prefiro o modelo das torres, mas não dou a minha vida por este desenho urbano”, disse.

O plano de pormenor que vai ser posto a discussão pública tem ainda outros problemas, no entender dos autarcas da oposição. Desde logo a carência de áreas destinadas a equipamentos, como escolas ou centros de saúde. “A esse nível há um défice da ordem dos 66,4 por cento”, garantiu o comunista Ruben de Carvalho.

Já o vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro pôs em causa a legalidade desta solução urbanística. “Estamos a criar aqui um gueto para ricos semelhante à Parque Expo”, observou. Um sítio onde faltam estabelecimentos de ensino, lojas e, sobretudo, vida de bairro. Na oposição, só Santana Lopes (PSD) gabou o plano: “Gosto de construção em altura”.

Os terrenos onde há-de crescer a urbanização, para junto da qual está previsto um grande parque urbano, pertencem ao grupo Espírito Santo, à EDP e à Gás de Portugal, entre outros. São eles que deverão pagar a descontaminação dos solos, sujos pelas antigas petroquímicas que ali funcionaram, segundo um documento entregue aos vereadores “à última hora”, antes de a reunião municipal , referiu o vereador do CDS-PP.

António Costa assegurou que, como estão afastadas entre si, as sete torres não correm o risco de criar uma barreira visual entre o resto da cidade e o rio.

O plano de pormenor em que se insere esta urbanização, que inclui outros prédios mais baixos, foi encomendado pela autarquia ao gabinete de arquitectura Risco, que pertenceu até há pouco mais de dois anos ao actual vereador do Urbanismo de Lisboa, Manuel Salgado.

Em 2005, a autarquia estabeleceu para aquela zona, situada perto da Expo, um índice de construção hoje considerado por muitos excessivo. “É exageradíssimo”, criticou o vereador Sá Fernandes. “É criticável”, concordou outro vereador, Nunes da Silva. A opção do gabinete de arquitectura, que é hoje dirigido pelo filho de Manuel Salgado, passou por fazer crescer em altura sete dos prédios da urbanização, de forma a permitir alguma área livre ao nível do solo. Se esta solução não for aprovada, explicou o presidente do município, António Costa, a alternativa passa por uma ocupação mais extensiva do solo, embora com edifícios mais baixos. “Se não quisermos as torres, sacrificamos espaço público”, salientou. “Eu prefiro o modelo das torres, mas não dou a minha vida por este desenho urbano”, disse.

O plano de pormenor que vai ser posto a discussão pública tem ainda outros problemas, no entender dos autarcas da oposição. Desde logo a carência de áreas destinadas a equipamentos, como escolas ou centros de saúde. “A esse nível há um défice da ordem dos 66,4 por cento”, garantiu o comunista Ruben de Carvalho.

Já o vereador do CDS-PP António Carlos Monteiro pôs em causa a legalidade desta solução urbanística. “Estamos a criar aqui um gueto para ricos semelhante à Parque Expo”, observou. Um sítio onde faltam estabelecimentos de ensino, lojas e, sobretudo, vida de bairro. Na oposição, só Santana Lopes (PSD) gabou o plano: “Gosto de construção em altura”.

Os terrenos onde há-de crescer a urbanização, para junto da qual está previsto um grande parque urbano, pertencem ao grupo Espírito Santo, à EDP e à Gás de Portugal, entre outros. São eles que deverão pagar a descontaminação dos solos, sujos pelas antigas petroquímicas que ali funcionaram, segundo um documento entregue aos vereadores “à última hora”, antes de a reunião municipal , referiu o vereador do CDS-PP.

António Costa assegurou que, como estão afastadas entre si, as sete torres não correm o risco de criar uma barreira visual entre o resto da cidade e o rio.

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