"Sem o Brasil nada se poderá fazer" da nossa língua

07-07-2011
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Não podemos continuar a ter medo do Brasil quando falamos de português: "Falta a tudo isto um grande empurrão a que tem que se chamar Brasil. Sem o Brasil e o seu empenhamento internacional na promoção da língua, nada se poderá fazer", defendeu ontem o embaixador português em Paris, Francisco Seixas da Costa, no colóquio Língua portuguesa e culturas lusófonas num universo globalizado, a decorrer ainda hoje na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

"É preciso ter vontade para não sublinhar o que nos divide (as questões do acordo ortográfico) e é preciso sublinhar os aspectos comuns e trabalhá-los em conjunto", acrescentou o embaixador. O presidente da Academia das Ciências, Adriano Moreira, falou também de uma língua que "não é nossa mas também é nossa" e o subsecretário-geral das Nações Unidas, Carlos Lopes, lembrou que o português é a sexta língua mais falada na Internet (também graças aos internautas brasileiros) e que pode subir para terceiro lugar com incentivos à criação de conteúdos. Para o académico Hélder Macedo, se o Brasil continuar a desenvolver a sua política de expansão da língua terá de notar que a sua literatura começa com as cantigas de amigo. "A tradição literária brasileira é a língua portuguesa, portanto não tenhamos medo [do Brasil] e de Angola". O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho também defendeu que os membros da Comunidade dos Paí- ses de Língua Portuguesa (CPLP) devem reencontrar-se "com as suas raí- zes históricas mundiais comuns" e "crescer em cosmopolitismo", dando à CPLP "uma efectiva ambição política global".

Não podemos continuar a ter medo do Brasil quando falamos de português: "Falta a tudo isto um grande empurrão a que tem que se chamar Brasil. Sem o Brasil e o seu empenhamento internacional na promoção da língua, nada se poderá fazer", defendeu ontem o embaixador português em Paris, Francisco Seixas da Costa, no colóquio Língua portuguesa e culturas lusófonas num universo globalizado, a decorrer ainda hoje na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

"É preciso ter vontade para não sublinhar o que nos divide (as questões do acordo ortográfico) e é preciso sublinhar os aspectos comuns e trabalhá-los em conjunto", acrescentou o embaixador. O presidente da Academia das Ciências, Adriano Moreira, falou também de uma língua que "não é nossa mas também é nossa" e o subsecretário-geral das Nações Unidas, Carlos Lopes, lembrou que o português é a sexta língua mais falada na Internet (também graças aos internautas brasileiros) e que pode subir para terceiro lugar com incentivos à criação de conteúdos. Para o académico Hélder Macedo, se o Brasil continuar a desenvolver a sua política de expansão da língua terá de notar que a sua literatura começa com as cantigas de amigo. "A tradição literária brasileira é a língua portuguesa, portanto não tenhamos medo [do Brasil] e de Angola". O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho também defendeu que os membros da Comunidade dos Paí- ses de Língua Portuguesa (CPLP) devem reencontrar-se "com as suas raí- zes históricas mundiais comuns" e "crescer em cosmopolitismo", dando à CPLP "uma efectiva ambição política global".

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