Passos desmente Juncker: Travão ao alívio da dívida grega "não tem a ver" com eleições

23-07-2015
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, confirmou esta quarta-feira que Portugal esteve entre os países que pediram um adiamento da discussão do alívio da dívida à Grécia, mas salvaguardou que esse pedido aconteceu para "criar confiança" entre os parceiros europeus.

"De facto, é verdade que Espanha, Irlanda e Portugal suscitaram que a discussão sobre as condições a oferecer à Grécia para melhorar o seu perfil de divida pudessem ocorrer após uma primeira avaliação bem sucedida para criar condições de confiança entre todos, não tem nada a ver com calendários eleitorais na medida em que o que estava inicialmente previsto era que pudesse ter lugar até ao final de outubro, manifestamente depois das eleições em Portugal", sublinhou o primeiro-ministro.

Passos Coelho respondia assim aos jornalistas, no final da reunião do Conselho de Concertação Territorial em Lisboa, quando questionado sobre a entrevista ao presidente da Comissão Europeia, publicada hoje pelo diário belga Le Soir, onde Jean-Claude Juncker revelou que Portugal, bem como Espanha e Irlanda, se opuseram a que um alívio da dívida pública grega fosse discutido antes das eleições legislativas.

"Digamos que há uma meia verdade e um meio mal-entendimento do presidente da comissão europeia ou da forma como foi relatado pela imprensa", afirmou Passos Coelho.

Numa entrevista focada nas longas negociações com a Grécia, que segundo o presidente do executivo comunitário só terminaram com um acordo devido ao "medo", Juncker, questionado sobre a questão da (in)sustentabilidade da dívida grega, revelou que, pessoalmente, pretendia que uma discussão sobre a questão tivesse ficado desde já agendada para outubro, ideia que mereceu a oposição de Irlanda, Espanha e Portugal.

"Eu disse há vários meses a (Alexis) Tsipras (o primeiro-ministro grego) que a questão da dívida iria ser levantada, que iriamos resolvê-la, a partir do momento em que ele tivesse aplicado as primeiras medidas de fundo", refere o presidente da Comissão Europeia.

Nas conclusões do Conselho, há uma frase que diz 'após a primeira avaliação'. Eu, no primeiro texto que os gregos recusaram, disse outubro, para que Tsipras tivesse uma conquista. Mas essa data acabou por ser rejeitada, porque alguns países, Irlanda, Portugal, Espanha, não o desejavam antes das eleições", conclui.

Portugal e Espanha têm eleições legislativas este ano, sendo que, no caso português, a data do sufrágio terá de se realizar entre 14 de setembro e 14 de outubro, a qual será hoje anunciada pelo Presidente da República.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, confirmou esta quarta-feira que Portugal esteve entre os países que pediram um adiamento da discussão do alívio da dívida à Grécia, mas salvaguardou que esse pedido aconteceu para "criar confiança" entre os parceiros europeus.

"De facto, é verdade que Espanha, Irlanda e Portugal suscitaram que a discussão sobre as condições a oferecer à Grécia para melhorar o seu perfil de divida pudessem ocorrer após uma primeira avaliação bem sucedida para criar condições de confiança entre todos, não tem nada a ver com calendários eleitorais na medida em que o que estava inicialmente previsto era que pudesse ter lugar até ao final de outubro, manifestamente depois das eleições em Portugal", sublinhou o primeiro-ministro.

Passos Coelho respondia assim aos jornalistas, no final da reunião do Conselho de Concertação Territorial em Lisboa, quando questionado sobre a entrevista ao presidente da Comissão Europeia, publicada hoje pelo diário belga Le Soir, onde Jean-Claude Juncker revelou que Portugal, bem como Espanha e Irlanda, se opuseram a que um alívio da dívida pública grega fosse discutido antes das eleições legislativas.

"Digamos que há uma meia verdade e um meio mal-entendimento do presidente da comissão europeia ou da forma como foi relatado pela imprensa", afirmou Passos Coelho.

Numa entrevista focada nas longas negociações com a Grécia, que segundo o presidente do executivo comunitário só terminaram com um acordo devido ao "medo", Juncker, questionado sobre a questão da (in)sustentabilidade da dívida grega, revelou que, pessoalmente, pretendia que uma discussão sobre a questão tivesse ficado desde já agendada para outubro, ideia que mereceu a oposição de Irlanda, Espanha e Portugal.

"Eu disse há vários meses a (Alexis) Tsipras (o primeiro-ministro grego) que a questão da dívida iria ser levantada, que iriamos resolvê-la, a partir do momento em que ele tivesse aplicado as primeiras medidas de fundo", refere o presidente da Comissão Europeia.

Nas conclusões do Conselho, há uma frase que diz 'após a primeira avaliação'. Eu, no primeiro texto que os gregos recusaram, disse outubro, para que Tsipras tivesse uma conquista. Mas essa data acabou por ser rejeitada, porque alguns países, Irlanda, Portugal, Espanha, não o desejavam antes das eleições", conclui.

Portugal e Espanha têm eleições legislativas este ano, sendo que, no caso português, a data do sufrágio terá de se realizar entre 14 de setembro e 14 de outubro, a qual será hoje anunciada pelo Presidente da República.

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