O Acidental: Saído da alma

02-07-2011
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O Pedro e a Cecília ganham os dois juntos cerca de 500 contos por mês. Por uma razão ou por outra, esse rendimento nunca foi suficiente para os encargos mensais. O que lhes valia eram umas quintas que a Cecília tinha herdado e que foram sendo vendidas ao longo dos anos. As quintas foram todas vendidas e o respectivo rendimento extraordinário acabou. Ora, apesar das muitas promessas feitas a eles próprios, nunca conseguiram reduzir os seus encargos para os limites dos actuais proveitos e as dívidas foram crescendo...
Agora o crédito acabou...
E de quem foi a culpa? Do Pedro? Da Cecília?
É tarde... agora é tarde.
Estas historietas serão necessárias para explicarmos aos nossos filhos as brutais dificuldades que vamos atravessar nos próximos anos.
Nessa altura não vai valer a pena lembrar os fundos europeus “torrados” sem qualquer planificação, a falta de ideias para o país do Prof. Cavaco; as centenas de milhares de empregos artificialmente criados na Função Pública (e pelas milhares de empresas públicas e municipais e mais gabinetes) pelos Soares, Cavacos e Guterres; a incompetência de “projectos de políticos” que a única coisa que sabem fazer é intrigar e colar cartazes; o estado a que a nossa justiça chegou que deu origem a que as dívidas são umas “coisas” que se podem pagar ou não; o nosso fantástico sistema público de saúde que basta ter o “público” no nome para já sabermos que não funciona; os nossos autarcas que parecem ter um plano secreto de destruição do ordenamento territorial; os ministros que saem de empresas privadas para o Governo e depois voltam para as mesmas empresas com quem negociaram como membros do Executivo; os detentores de cargos públicos que estranhamente enriquecem; os organismos públicos que têm como função primordial travar o funcionamento das empresas...
Alguém tinha de pagar esta factura...
E vamos ser nós e os nossos filhos.
[Pedro Marques Lopes]

O Pedro e a Cecília ganham os dois juntos cerca de 500 contos por mês. Por uma razão ou por outra, esse rendimento nunca foi suficiente para os encargos mensais. O que lhes valia eram umas quintas que a Cecília tinha herdado e que foram sendo vendidas ao longo dos anos. As quintas foram todas vendidas e o respectivo rendimento extraordinário acabou. Ora, apesar das muitas promessas feitas a eles próprios, nunca conseguiram reduzir os seus encargos para os limites dos actuais proveitos e as dívidas foram crescendo...
Agora o crédito acabou...
E de quem foi a culpa? Do Pedro? Da Cecília?
É tarde... agora é tarde.
Estas historietas serão necessárias para explicarmos aos nossos filhos as brutais dificuldades que vamos atravessar nos próximos anos.
Nessa altura não vai valer a pena lembrar os fundos europeus “torrados” sem qualquer planificação, a falta de ideias para o país do Prof. Cavaco; as centenas de milhares de empregos artificialmente criados na Função Pública (e pelas milhares de empresas públicas e municipais e mais gabinetes) pelos Soares, Cavacos e Guterres; a incompetência de “projectos de políticos” que a única coisa que sabem fazer é intrigar e colar cartazes; o estado a que a nossa justiça chegou que deu origem a que as dívidas são umas “coisas” que se podem pagar ou não; o nosso fantástico sistema público de saúde que basta ter o “público” no nome para já sabermos que não funciona; os nossos autarcas que parecem ter um plano secreto de destruição do ordenamento territorial; os ministros que saem de empresas privadas para o Governo e depois voltam para as mesmas empresas com quem negociaram como membros do Executivo; os detentores de cargos públicos que estranhamente enriquecem; os organismos públicos que têm como função primordial travar o funcionamento das empresas...
Alguém tinha de pagar esta factura...
E vamos ser nós e os nossos filhos.
[Pedro Marques Lopes]

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