O Acidental: Telepatias e originalidades

02-07-2011
marcar artigo

O sempre original Daniel Oliveira, que já deve andar a arrumar a papelada e os telemóveis dos célebres sms, certamente convencido que vai - yes! - para um putativo governo unitário de esquerda, parece ter descoberto a pólvora constitucional.
Segundo escreve no Barnabé, existem duas classes de eleitores: os de primeira, que votam no PS e no PSD, com direito a escolher primeiro-ministro; e os de segunda classe, que votam no PCP, no CDS ou no Bloco de Esquerda e não querem escolher o primeiro-ministro, apenas "condicionar" o Governo ou "eleger" quem lhe faça oposição.
Eu até aceito que o Daniel Oliveira possui especiais capacidades telepáticas e só ele sabe quais são as intenções de voto dos eleitores das duas diferentes classes, mas os seus evidentes dotes não me impedem de lembrar que não é isso que está escrito há 30 anos no sistema eleitoral e constitucional.
Na verdade, o Daniel Oliveira defende um sistema bipartidário - afinal, diz ele, o PSD e o PS é que são responsáveis por isso, os malandros apresentam os seus lideres como candidatos a primeiro-ministro - sendo que os restantes partidos servem para pouco mais do que animar as campanhas eleitorais e sentar-se nas cadeiras que sobram no Parlamento ou no Governo.
É, reconheço, uma ideia muito fashion, muito moderna, muito bloco, mas não me parece que venha a fazer doutrina. Ou, quem sabe, talvez faça, se o Louçã e o Fazenda conseguirem chegar ao poder. Tudo é realmente possível no partido que gosta de bater forte. [PPM]

O sempre original Daniel Oliveira, que já deve andar a arrumar a papelada e os telemóveis dos célebres sms, certamente convencido que vai - yes! - para um putativo governo unitário de esquerda, parece ter descoberto a pólvora constitucional.
Segundo escreve no Barnabé, existem duas classes de eleitores: os de primeira, que votam no PS e no PSD, com direito a escolher primeiro-ministro; e os de segunda classe, que votam no PCP, no CDS ou no Bloco de Esquerda e não querem escolher o primeiro-ministro, apenas "condicionar" o Governo ou "eleger" quem lhe faça oposição.
Eu até aceito que o Daniel Oliveira possui especiais capacidades telepáticas e só ele sabe quais são as intenções de voto dos eleitores das duas diferentes classes, mas os seus evidentes dotes não me impedem de lembrar que não é isso que está escrito há 30 anos no sistema eleitoral e constitucional.
Na verdade, o Daniel Oliveira defende um sistema bipartidário - afinal, diz ele, o PSD e o PS é que são responsáveis por isso, os malandros apresentam os seus lideres como candidatos a primeiro-ministro - sendo que os restantes partidos servem para pouco mais do que animar as campanhas eleitorais e sentar-se nas cadeiras que sobram no Parlamento ou no Governo.
É, reconheço, uma ideia muito fashion, muito moderna, muito bloco, mas não me parece que venha a fazer doutrina. Ou, quem sabe, talvez faça, se o Louçã e o Fazenda conseguirem chegar ao poder. Tudo é realmente possível no partido que gosta de bater forte. [PPM]

marcar artigo