Bloco quer €150 milhões no Orçamento para habitação pública

22-01-2020
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Cento e cinquenta milhões de euros. As contas até eram do PS, mas é por isso mesmo que o Bloco de Esquerda exige que o Governo cumpra o que constava do seu programa e inclua no Orçamento do Estado o investimento necessário para construir habitação pública.

A proposta, que vai entrar no debate de especialidade sobre o documento, foi anunciada por Catarina Martins esta quinta-feira, num comício dedicado ao balanço da vereação bloquista na Câmara Municipal de Lisboa. Quando subiu ao palco, a coordenadora do partido resolveu lembrar a importância da articulação das propostas do Bloco na câmara e no Parlamento, passando assim a lembrar “uma das maiores crises” na cidade e no país: a da Habitação.

“Não é possível ter uma resposta consequente [à crise da habitação] sem um parque público habitacional”, frisou a coordenadora do BE, lembrando que o partido chegou a propor um investimento para construir 100 mil casas nesta legislatura - que o PS depois quantificou em 150 milhões de euros por ano, durante quatro anos. “Sabem quantas [casas] está o PS a pensar ter no Orçamento? Zero. Nem uma. Esqueceram-se. Têm sido esquecidos..:”.

Já o Bloco, assegurou Catarina Martins, “não se esquece” nem “se cansa” e por isso vai apresentar na especialidade uma proposta de investimento precisamente nesse valor, “para que o PS possa cumprir as suas promessas”, ironizou.

PS coloca medidas difíceis “no fundo da lista”

Se a sessão era sobre a experiência de vereação na Câmara de Lisboa, Catarina Martins acabou por aproveitar a ocasião para assegurar: “Não perdemos nem um grama da nossa exigência nem da nossa convicção”, mesmo que o PS, “à medida que o tempo avança”, comece a colocar “as medidas mais difíceis no fundo da lista”. Mas o BE, garante, não se esquece delas.

Foi uma nota que pautou a intervenção da líder, mas também a restante sessão: na Câmara, o Bloco assumiu responsabilidades que não costuma ter - o partido praticamente não tem implantação autárquica - e permitiu a Fernando Medina formar uma maioria para governar a cidade, o que não significa, assegura, que tenha ficado “cansado” de lutar pelas suas prioridades.

Antes de Catarina Martins, Ricardo Moreira, Isabel Pires (ambos deputados municipais) e Manuel Grilo (vereador) tinham-se encarregado de enumerar as batalhas difíceis que o partido tem travado e que tem pela frente, fazendo questão de traçar uma linha bem clara entre as prioridades de Fernando Medina e as do Bloco. Exemplos? A oposição à Websummit, “cimeira do trabalho precário”, ou a oposição à “política urbanística de Manuel Salgado”; as medidas para acabar com os vistos Gold e o regime para residentes não habituais (estas a nível nacional); a suspensão de licenças para alojamento local em zonas sobrecarregadas ou a criação de salas de chuto.

“A experiência que o Bloco teve em Lisboa tem provado que é capaz de governar e de governar sem perder a sua essência”, concluiu Ricardo Moreira. É a ideia que o Bloco quer deixar clara, dois anos depois do início da experiência ao lado de Medina.

Cento e cinquenta milhões de euros. As contas até eram do PS, mas é por isso mesmo que o Bloco de Esquerda exige que o Governo cumpra o que constava do seu programa e inclua no Orçamento do Estado o investimento necessário para construir habitação pública.

A proposta, que vai entrar no debate de especialidade sobre o documento, foi anunciada por Catarina Martins esta quinta-feira, num comício dedicado ao balanço da vereação bloquista na Câmara Municipal de Lisboa. Quando subiu ao palco, a coordenadora do partido resolveu lembrar a importância da articulação das propostas do Bloco na câmara e no Parlamento, passando assim a lembrar “uma das maiores crises” na cidade e no país: a da Habitação.

“Não é possível ter uma resposta consequente [à crise da habitação] sem um parque público habitacional”, frisou a coordenadora do BE, lembrando que o partido chegou a propor um investimento para construir 100 mil casas nesta legislatura - que o PS depois quantificou em 150 milhões de euros por ano, durante quatro anos. “Sabem quantas [casas] está o PS a pensar ter no Orçamento? Zero. Nem uma. Esqueceram-se. Têm sido esquecidos..:”.

Já o Bloco, assegurou Catarina Martins, “não se esquece” nem “se cansa” e por isso vai apresentar na especialidade uma proposta de investimento precisamente nesse valor, “para que o PS possa cumprir as suas promessas”, ironizou.

PS coloca medidas difíceis “no fundo da lista”

Se a sessão era sobre a experiência de vereação na Câmara de Lisboa, Catarina Martins acabou por aproveitar a ocasião para assegurar: “Não perdemos nem um grama da nossa exigência nem da nossa convicção”, mesmo que o PS, “à medida que o tempo avança”, comece a colocar “as medidas mais difíceis no fundo da lista”. Mas o BE, garante, não se esquece delas.

Foi uma nota que pautou a intervenção da líder, mas também a restante sessão: na Câmara, o Bloco assumiu responsabilidades que não costuma ter - o partido praticamente não tem implantação autárquica - e permitiu a Fernando Medina formar uma maioria para governar a cidade, o que não significa, assegura, que tenha ficado “cansado” de lutar pelas suas prioridades.

Antes de Catarina Martins, Ricardo Moreira, Isabel Pires (ambos deputados municipais) e Manuel Grilo (vereador) tinham-se encarregado de enumerar as batalhas difíceis que o partido tem travado e que tem pela frente, fazendo questão de traçar uma linha bem clara entre as prioridades de Fernando Medina e as do Bloco. Exemplos? A oposição à Websummit, “cimeira do trabalho precário”, ou a oposição à “política urbanística de Manuel Salgado”; as medidas para acabar com os vistos Gold e o regime para residentes não habituais (estas a nível nacional); a suspensão de licenças para alojamento local em zonas sobrecarregadas ou a criação de salas de chuto.

“A experiência que o Bloco teve em Lisboa tem provado que é capaz de governar e de governar sem perder a sua essência”, concluiu Ricardo Moreira. É a ideia que o Bloco quer deixar clara, dois anos depois do início da experiência ao lado de Medina.

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