O Acidental: Ressentimentos, masoquismos e ingenuidades

30-06-2011
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Dois comentários - este do Luís do Elasticidade e este do Nuno das Avestruzes Modernas - chamam-me à atenção para o que poderá ser mais uma crítica indirecta do dr. Pacheco Pereira a alguns escribas d'O Acidental, entre outros, uma vez mais sem linque como também já se tornou um hábito da eminência parda da blogosfera central. Em poucas palavras, o dr. Pacheco Pereira não admite nem tolera que "os apoiantes ferrenhos" do anterior governo façam agora uma caça às trapalhadas do actual gabinete, o que para ele nada mais é do que um exercício de ressentimento e de masoquismo, uma vez que apenas relembra as terríveis trapalhadas anteriores, que esses mesmos "apoiantes ferrenhos" terão silenciado.Como primeiro comentário, só posso dizer que realmente o dr. Pacheco Pereira sabe bem do que fala quando fala de ressentimento, tanto em relação ao dr. Santana Lopes como no que diz respeito ao dr. Paulo Portas - o que o levou por vezes a perder a razão e a afirmar puras falsidades em plena campanha eleitoral (ver aqui, por exemplo). Falsidades que, diga-se, nunca rectificou nem reconheceu.Sobre masoquismo, escreve também o dr. Pacheco com total conhecimento de causa, ou não tivesse sido aliado objectivo e muitas vezes liderante da oposição ao Governo em que era maioritário o partido a que pertence. Como não foi capaz de evitar internamente a ascensão do dr. Santana à presidência do PSD, utilizou sem qualquer prurido a vasta plataforma de opinião pública que por direito próprio conquistou para atacar de todas as formas o governo da anterior maioria. Um masoquismo partidário que aliás o próprio dr. Pacheco Pereira reconheceu ao queixar-se recentemente - e algo ingenuamente - que a comunicação social não amplifica as suas críticas a este governo do PS como o fazia no passado recente. Quanto ao conceito de legitimidade para governar - inclusivamente para praticar trapalhadas -, o dr. José Pacheco Pereira terá o dele, que não coincide com o da letra da Constituição, mas, reconheça-se, é largamente partilhado por outras sumas autoridades do regime, como é o caso do Presidente da República, militante do PS, assim como por todos os dirigentes socialistas - e também do PCP e do BE. Cada um escolhe as suas companhias políticas. Finalmente, compreenderá o dr. Pacheco que nem todos os "apoiantes acérrimos" dos anteriores governos PSD/CDS - "anteriores", escrevi propositadamente, e não somente "anterior" - puderam comentar longa e afincadamente as trapalhadas passadas, ainda que também fossem obviamente constatando algumas delas, até porque tinham obrigações de solidariedade política e não são comentadores profissionais, como é o caso absolutamente legítimo do dr. Pacheco Pereira. [PPM]

Dois comentários - este do Luís do Elasticidade e este do Nuno das Avestruzes Modernas - chamam-me à atenção para o que poderá ser mais uma crítica indirecta do dr. Pacheco Pereira a alguns escribas d'O Acidental, entre outros, uma vez mais sem linque como também já se tornou um hábito da eminência parda da blogosfera central. Em poucas palavras, o dr. Pacheco Pereira não admite nem tolera que "os apoiantes ferrenhos" do anterior governo façam agora uma caça às trapalhadas do actual gabinete, o que para ele nada mais é do que um exercício de ressentimento e de masoquismo, uma vez que apenas relembra as terríveis trapalhadas anteriores, que esses mesmos "apoiantes ferrenhos" terão silenciado.Como primeiro comentário, só posso dizer que realmente o dr. Pacheco Pereira sabe bem do que fala quando fala de ressentimento, tanto em relação ao dr. Santana Lopes como no que diz respeito ao dr. Paulo Portas - o que o levou por vezes a perder a razão e a afirmar puras falsidades em plena campanha eleitoral (ver aqui, por exemplo). Falsidades que, diga-se, nunca rectificou nem reconheceu.Sobre masoquismo, escreve também o dr. Pacheco com total conhecimento de causa, ou não tivesse sido aliado objectivo e muitas vezes liderante da oposição ao Governo em que era maioritário o partido a que pertence. Como não foi capaz de evitar internamente a ascensão do dr. Santana à presidência do PSD, utilizou sem qualquer prurido a vasta plataforma de opinião pública que por direito próprio conquistou para atacar de todas as formas o governo da anterior maioria. Um masoquismo partidário que aliás o próprio dr. Pacheco Pereira reconheceu ao queixar-se recentemente - e algo ingenuamente - que a comunicação social não amplifica as suas críticas a este governo do PS como o fazia no passado recente. Quanto ao conceito de legitimidade para governar - inclusivamente para praticar trapalhadas -, o dr. José Pacheco Pereira terá o dele, que não coincide com o da letra da Constituição, mas, reconheça-se, é largamente partilhado por outras sumas autoridades do regime, como é o caso do Presidente da República, militante do PS, assim como por todos os dirigentes socialistas - e também do PCP e do BE. Cada um escolhe as suas companhias políticas. Finalmente, compreenderá o dr. Pacheco que nem todos os "apoiantes acérrimos" dos anteriores governos PSD/CDS - "anteriores", escrevi propositadamente, e não somente "anterior" - puderam comentar longa e afincadamente as trapalhadas passadas, ainda que também fossem obviamente constatando algumas delas, até porque tinham obrigações de solidariedade política e não são comentadores profissionais, como é o caso absolutamente legítimo do dr. Pacheco Pereira. [PPM]

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