O Acidental: Oposição e oposição

03-07-2011
marcar artigo

OPOSIÇÃO - s. f., acto ou efeito de opor ou opor-se; antagonismo; contraste; impedimento; obstáculo; resistência; partido ou partidos políticos contrários ao Governo; figura de retórica pela qual se reúnem ideias que parecem antagónicas. (in Dicionário da Língua Portuguesa online)Em países civilizados (não os vou enumerar por respeito ao nosso) estar na Oposição é também sinónimo de Poder. A maiúscula não está lá por acaso. Nessas democracias, têm-se a noção que a política é feita de dois ou mais lados, de um ou mais debates, de posições contrárias que se respeitam mas onde não há tréguas para quem tem a responsabilidade de governar. Isto melhora a prática governativa, ao mesmo tempo que transmite aos cidadãos a confiança necessária face às alternativas de governo em futuras eleições. Já aqui referi diversas vezes a necessidade de "gabinetes sombra" ou até de "ministros sombra". Que isto dê muito trabalho até percebo. A coisa leva o seu tempo e os aparelhos estão mais virados para as coisas que nós sabemos.No entanto, convém não esquecer que tudo na vida é efémero e que há lugares que nem dão para aquecer. E se a estratégia passa por falar à 1h da manhã no canal 2 ou andar entretido com directas em congressos, pode o Eng. Sócrates dormir descansado porque, mesmo de muletas, continuará a governar (e em algumas matérias, até agora, bem) para lá de 2009.[Bernardo Pires de Lima]

OPOSIÇÃO - s. f., acto ou efeito de opor ou opor-se; antagonismo; contraste; impedimento; obstáculo; resistência; partido ou partidos políticos contrários ao Governo; figura de retórica pela qual se reúnem ideias que parecem antagónicas. (in Dicionário da Língua Portuguesa online)Em países civilizados (não os vou enumerar por respeito ao nosso) estar na Oposição é também sinónimo de Poder. A maiúscula não está lá por acaso. Nessas democracias, têm-se a noção que a política é feita de dois ou mais lados, de um ou mais debates, de posições contrárias que se respeitam mas onde não há tréguas para quem tem a responsabilidade de governar. Isto melhora a prática governativa, ao mesmo tempo que transmite aos cidadãos a confiança necessária face às alternativas de governo em futuras eleições. Já aqui referi diversas vezes a necessidade de "gabinetes sombra" ou até de "ministros sombra". Que isto dê muito trabalho até percebo. A coisa leva o seu tempo e os aparelhos estão mais virados para as coisas que nós sabemos.No entanto, convém não esquecer que tudo na vida é efémero e que há lugares que nem dão para aquecer. E se a estratégia passa por falar à 1h da manhã no canal 2 ou andar entretido com directas em congressos, pode o Eng. Sócrates dormir descansado porque, mesmo de muletas, continuará a governar (e em algumas matérias, até agora, bem) para lá de 2009.[Bernardo Pires de Lima]

marcar artigo