O Acidental: O sol vermelho

03-07-2011
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O jornal "A Capital" foi renovado, tem agora um novo grafismo, sem aquele sol vermelho no início do título. É pena.
Gosto do novo grafismo (apesar da cor e do "p" que fazem lembrar o logo do BCP, a tocar na margem), mais moderno, que faz sentido num jornal que, parece, aposta em colunistas mais novos, muitos deles com blogues. É, aliás, o diário mais blogosférico das nossas bancas. Gosto de ler os pedidos de desculpas quando erram nas notícias que dão. Gosto de ler Appio Sottomayor, que tem de ser uma referência para os ditos mais novos, que o é para mim, por causa de Lisboa. Gosto das grandes entrevistas, de alguma grande reportagem.
Mas... O sol vermelho.
Todos sabemos o posicionamento político do seu editor, lemos os seus editoriais, vemos as escolhas de manchetes. Lemos, por exemplo, as legendas no índice do jornal, quando afirmam que Bush voltou a defender o indefensável.
Nada disto me incomoda, nem o director nem o diário, serem de esquerda... Mas falta aquele golpe de asa, aquele assumir, aquele sair do armário e escrever objectivamente que são um jornal de esquerda.
Já todos o sabemos, porque não o assumem? Porque não são os primeiros a fazê-lo? Porque não fazer como noutros países e apoiar abertamente as pessoas além das posições? Por medo dos accionistas? Porquê esconder aquele sol vermelho?
[Diogo Belford Henriques]

O jornal "A Capital" foi renovado, tem agora um novo grafismo, sem aquele sol vermelho no início do título. É pena.
Gosto do novo grafismo (apesar da cor e do "p" que fazem lembrar o logo do BCP, a tocar na margem), mais moderno, que faz sentido num jornal que, parece, aposta em colunistas mais novos, muitos deles com blogues. É, aliás, o diário mais blogosférico das nossas bancas. Gosto de ler os pedidos de desculpas quando erram nas notícias que dão. Gosto de ler Appio Sottomayor, que tem de ser uma referência para os ditos mais novos, que o é para mim, por causa de Lisboa. Gosto das grandes entrevistas, de alguma grande reportagem.
Mas... O sol vermelho.
Todos sabemos o posicionamento político do seu editor, lemos os seus editoriais, vemos as escolhas de manchetes. Lemos, por exemplo, as legendas no índice do jornal, quando afirmam que Bush voltou a defender o indefensável.
Nada disto me incomoda, nem o director nem o diário, serem de esquerda... Mas falta aquele golpe de asa, aquele assumir, aquele sair do armário e escrever objectivamente que são um jornal de esquerda.
Já todos o sabemos, porque não o assumem? Porque não são os primeiros a fazê-lo? Porque não fazer como noutros países e apoiar abertamente as pessoas além das posições? Por medo dos accionistas? Porquê esconder aquele sol vermelho?
[Diogo Belford Henriques]

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