O Acidental: A Direita pode votar Cavaco mas não é masoquista

05-07-2011
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Quando defendi que a Direita vota Cavaco, obviamente que não disse que esse voto seria cego e masoquista. O CDS - como qualquer partido que se preze - nunca poderia apoiar quem pretenda reduzir a sua representação eleitoral. Ao contrário do que escreve o autor de um blogue que manifesta sempre alguma falta de chá em relação a tudo o que lhe possa remotamente lembrar Paulo Portas, as declarações do deputado João Rebelo ao "Diário de Notícias" de hoje transmitem a preocupação natural de quem não quer ver o CDS refém de uma candidatura presidencial. A mim também me preocupa o "movimento entre PS e PSD, visando um bloco central que tenta excluir os pequenos partidos". Procurar impor um bipartidarismo artificial através de truques de secretaria não só é errado como pouco democrático. Se Cavaco Silva quiser seguir essa estratégia, arrisca-se seriamente a perder as eleições. As palavras de João Rebelo podem por isso ser interpretadas como uma forma de pressão em defesa do partido de que faz parte, o que me parece perfeitamente natural em política. Mais: ao contrário do autor do blogue que também tem aversão ao que chama de "café Nicola", generalizando o que não é generalizável (até porque defende habitualmente as teses do bloco central de que justamente fala João Rebelo, vacilando amiúde entre a ala direita do PS e a ala esquerda do PSD), parece-me normal que num partido democrático existam diferentes perspectivas sobre uma questão estratégica para o futuro de Portugal como são as eleições presidenciais. O CDS não é o PCP - ia também incluir o BE, mas até no Bloco existiram desta vez divergências sobre a "candidatura presidencial" de Louçã. [PPM] PS. Já fiz a minha declaração de interesses várias vezes, mas só para que não restem dúvidas esclareço a quem possa ignorá-lo que sou militante do CDS e o que escrevo só a mim diz respeito. O Acidental é um blogue pluralista com as mais diversas opiniões, em que cada um escreve por si - incluindo Deus.

Quando defendi que a Direita vota Cavaco, obviamente que não disse que esse voto seria cego e masoquista. O CDS - como qualquer partido que se preze - nunca poderia apoiar quem pretenda reduzir a sua representação eleitoral. Ao contrário do que escreve o autor de um blogue que manifesta sempre alguma falta de chá em relação a tudo o que lhe possa remotamente lembrar Paulo Portas, as declarações do deputado João Rebelo ao "Diário de Notícias" de hoje transmitem a preocupação natural de quem não quer ver o CDS refém de uma candidatura presidencial. A mim também me preocupa o "movimento entre PS e PSD, visando um bloco central que tenta excluir os pequenos partidos". Procurar impor um bipartidarismo artificial através de truques de secretaria não só é errado como pouco democrático. Se Cavaco Silva quiser seguir essa estratégia, arrisca-se seriamente a perder as eleições. As palavras de João Rebelo podem por isso ser interpretadas como uma forma de pressão em defesa do partido de que faz parte, o que me parece perfeitamente natural em política. Mais: ao contrário do autor do blogue que também tem aversão ao que chama de "café Nicola", generalizando o que não é generalizável (até porque defende habitualmente as teses do bloco central de que justamente fala João Rebelo, vacilando amiúde entre a ala direita do PS e a ala esquerda do PSD), parece-me normal que num partido democrático existam diferentes perspectivas sobre uma questão estratégica para o futuro de Portugal como são as eleições presidenciais. O CDS não é o PCP - ia também incluir o BE, mas até no Bloco existiram desta vez divergências sobre a "candidatura presidencial" de Louçã. [PPM] PS. Já fiz a minha declaração de interesses várias vezes, mas só para que não restem dúvidas esclareço a quem possa ignorá-lo que sou militante do CDS e o que escrevo só a mim diz respeito. O Acidental é um blogue pluralista com as mais diversas opiniões, em que cada um escreve por si - incluindo Deus.

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