O Acidental: Posts de despedida: Post tântrico

03-07-2011
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Caros senhores dos partidos à direita,Espero que andem a tomar notas. Muitas. Como o Mourinho. Como o Valéry. Como o maluquinho que vejo todos os dias na Estrela. Espero que tomem notas sobre a acção deste governo. Sobre o quê em concreto? Sobre a forma como se faz política “mediática”, em “interacção” com os media. Um feito administrativo pode ser pequeno (ex: nova sala de espera em Condeixa-a-Nova), mas torna-se grandioso em 30 segundos de sorrisos filmados e mostrados à hora do jantar!Mas a principal nota é outra, meus caros! É esta: José Sócrates está a implementar uma mudança ideológica profunda no PS. Quando Sócrates sair, o PS já não será socialista. Será um partido com um liberalismo de esquerda ou liberalismo social. A necessidade a isso obriga! Mas não é preciso viajar até ao fim do mandato Sócrates. Basta observar aquilo que se passa hoje. E aquilo que vejo é… aquilo que temia há muito: o PS está a começar a sua “liberalização” antes do PSD. Sim, neste momento, o sector do PS que domina e governa (sector que, recorde-se, “derrotou” o velho PS nas últimas presidenciais) está mais à direita do que este PSD, aliás, está mais à direita do que qualquer PSD depois de Sá Carneiro. Louco? Não, posso ser longamente tântrico, mas não sou louco! Comparem os discursos e entrevistas de Sócrates, a caminho de um envergonhado liberalismo de esquerda, e de Marques Mendes. O CDS? Que tal aproveitar o momento para lançar um liberalismo clássico (o de direita!). Estão à espera do quê? Também querem ficar à esquerda de Sócrates? “Caros todos”, CDS e PSD, o que têm a perder se adoptarem uma agenda liberal? Eu ajudo: NADA! Está na hora de acordar. É deprimente ver um governo de esquerda ultrapassar os partidos de direita… pela direita! Isto é demasiado caricato para ser verdade. Caricato? Porquê? Tentem explicar isto (e a restante política portuguesa) a um amigo estrangeiro! Tarefa impossível. Já tentei todos os meus truques tântricos. Em vão! [Henrique Raposo]PS: Abraço tântrico para o Rodrigo Moita de Deus.

Caros senhores dos partidos à direita,Espero que andem a tomar notas. Muitas. Como o Mourinho. Como o Valéry. Como o maluquinho que vejo todos os dias na Estrela. Espero que tomem notas sobre a acção deste governo. Sobre o quê em concreto? Sobre a forma como se faz política “mediática”, em “interacção” com os media. Um feito administrativo pode ser pequeno (ex: nova sala de espera em Condeixa-a-Nova), mas torna-se grandioso em 30 segundos de sorrisos filmados e mostrados à hora do jantar!Mas a principal nota é outra, meus caros! É esta: José Sócrates está a implementar uma mudança ideológica profunda no PS. Quando Sócrates sair, o PS já não será socialista. Será um partido com um liberalismo de esquerda ou liberalismo social. A necessidade a isso obriga! Mas não é preciso viajar até ao fim do mandato Sócrates. Basta observar aquilo que se passa hoje. E aquilo que vejo é… aquilo que temia há muito: o PS está a começar a sua “liberalização” antes do PSD. Sim, neste momento, o sector do PS que domina e governa (sector que, recorde-se, “derrotou” o velho PS nas últimas presidenciais) está mais à direita do que este PSD, aliás, está mais à direita do que qualquer PSD depois de Sá Carneiro. Louco? Não, posso ser longamente tântrico, mas não sou louco! Comparem os discursos e entrevistas de Sócrates, a caminho de um envergonhado liberalismo de esquerda, e de Marques Mendes. O CDS? Que tal aproveitar o momento para lançar um liberalismo clássico (o de direita!). Estão à espera do quê? Também querem ficar à esquerda de Sócrates? “Caros todos”, CDS e PSD, o que têm a perder se adoptarem uma agenda liberal? Eu ajudo: NADA! Está na hora de acordar. É deprimente ver um governo de esquerda ultrapassar os partidos de direita… pela direita! Isto é demasiado caricato para ser verdade. Caricato? Porquê? Tentem explicar isto (e a restante política portuguesa) a um amigo estrangeiro! Tarefa impossível. Já tentei todos os meus truques tântricos. Em vão! [Henrique Raposo]PS: Abraço tântrico para o Rodrigo Moita de Deus.

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