O Acidental: Sem sustos nem guerras civis

01-07-2011
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Caro Eduardo, Quem disse que, à direita, não se pode criticar Santana Lopes? O Acidental é a melhor prova de que isso não é verdade. O mesmo, é certo, não poderemos dizer de outros blogues, à esquerda do possível, onde não se ouve sequer uma voz contrária às manobras circenses de Louçã e companhia. Está tudo alinhadinho, sem contemplações a vozes diferentes – aponta-me uma só discordante que eu retiro o que agora digo.
Não deixa porém de ser verdade que as críticas precipitadas e extemporâneas ao nome do actual presidente da Câmara de Lisboa como possível primeiro-ministro, sobretudo quando provêm da direita, contribuem objectivamente para uma possível vitória das estratégias da esquerda (é esse o preço que poderás ter de pagar). O homem nem sequer foi ainda proposto e o espectáculo burlesco já começou. Eu não faço parte do grupo que classificas com um certo tom pejorativo como “os indefectíveis de Santana”, mas o facto de provocar tamanha urticária entre a esquerda festiva e o centrão politicamente correcto só me faz acreditar ainda mais que pode ser o homem certo na hora certa para travar os combates de que a direita e o país tanto precisam. Coragem, pelo menos, não lhe falta.
Ao contrário do que também escreves, ninguém está descrente nas possibilidades da coligação vencer Ferro e Louçã nas urnas, mas neste momento o que se defende é que existe uma maioria parlamentar eleita nas últimas legislativas com um mandato para uma legislatura de quatro anos. Espero que não venhas agora com o argumento algo primário de que o povo votou no Durão Barroso e não em Santana.
Quanto à tal da guerra civil, uma força de expressão, também não a considero negativa desde que não contribua uma vez mais para a vitória das esquerdas. O País, que é o que sinceramente me interessa, não pode desperdiçar mais tempo com um eventual governo de Ferro e Louçã. A discussão entre as várias direitas pode ser muito interessante e até “divertida”, na tua expressão, mas não estamos propriamente a falar de hipóteses académicas, nem a discutir o futuro da selecção nacional, mas o que vai acontecer a Portugal nos próximos anos.
Já que entras em diversos “achismos”, eu acho que Santana Lopes pode ser um óptimo primeiro-ministro e é mais do que capaz de reunir óptima gente para governar o País. Não entro uma vez mais no discurso alarmista e disparatado das diversas esquerdas excitadas, a que aderem alguns inocentes úteis à direita e ao centro. Mas isto sou eu que acho, é uma mera opinião pessoal, tal como todas as tuas.
Finalmente, quando a Pacheco Pereira, também gosto de o ouvir e ler como comentador, ainda que perca a necessária distância e se torne protagonista empenhado quando fala e escreve sobre o PSD e, desde logo, sobre Santana Lopes, um ódio de estimação de sempre. Não o considero, porém, como o dono da verdade nem muito menos como o guardião das direitas. [PPM]

Caro Eduardo, Quem disse que, à direita, não se pode criticar Santana Lopes? O Acidental é a melhor prova de que isso não é verdade. O mesmo, é certo, não poderemos dizer de outros blogues, à esquerda do possível, onde não se ouve sequer uma voz contrária às manobras circenses de Louçã e companhia. Está tudo alinhadinho, sem contemplações a vozes diferentes – aponta-me uma só discordante que eu retiro o que agora digo.
Não deixa porém de ser verdade que as críticas precipitadas e extemporâneas ao nome do actual presidente da Câmara de Lisboa como possível primeiro-ministro, sobretudo quando provêm da direita, contribuem objectivamente para uma possível vitória das estratégias da esquerda (é esse o preço que poderás ter de pagar). O homem nem sequer foi ainda proposto e o espectáculo burlesco já começou. Eu não faço parte do grupo que classificas com um certo tom pejorativo como “os indefectíveis de Santana”, mas o facto de provocar tamanha urticária entre a esquerda festiva e o centrão politicamente correcto só me faz acreditar ainda mais que pode ser o homem certo na hora certa para travar os combates de que a direita e o país tanto precisam. Coragem, pelo menos, não lhe falta.
Ao contrário do que também escreves, ninguém está descrente nas possibilidades da coligação vencer Ferro e Louçã nas urnas, mas neste momento o que se defende é que existe uma maioria parlamentar eleita nas últimas legislativas com um mandato para uma legislatura de quatro anos. Espero que não venhas agora com o argumento algo primário de que o povo votou no Durão Barroso e não em Santana.
Quanto à tal da guerra civil, uma força de expressão, também não a considero negativa desde que não contribua uma vez mais para a vitória das esquerdas. O País, que é o que sinceramente me interessa, não pode desperdiçar mais tempo com um eventual governo de Ferro e Louçã. A discussão entre as várias direitas pode ser muito interessante e até “divertida”, na tua expressão, mas não estamos propriamente a falar de hipóteses académicas, nem a discutir o futuro da selecção nacional, mas o que vai acontecer a Portugal nos próximos anos.
Já que entras em diversos “achismos”, eu acho que Santana Lopes pode ser um óptimo primeiro-ministro e é mais do que capaz de reunir óptima gente para governar o País. Não entro uma vez mais no discurso alarmista e disparatado das diversas esquerdas excitadas, a que aderem alguns inocentes úteis à direita e ao centro. Mas isto sou eu que acho, é uma mera opinião pessoal, tal como todas as tuas.
Finalmente, quando a Pacheco Pereira, também gosto de o ouvir e ler como comentador, ainda que perca a necessária distância e se torne protagonista empenhado quando fala e escreve sobre o PSD e, desde logo, sobre Santana Lopes, um ódio de estimação de sempre. Não o considero, porém, como o dono da verdade nem muito menos como o guardião das direitas. [PPM]

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