Abrir Lisboa... Lisboa a Abrir!!!: CML: a salvação da “coisa” pública

30-06-2011
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A Polis, donde vem a palavra Política, é a Cidade. Na medida em que significa a convivência dos Homens, o entendimento entre eles e em cada um deles para todos os problemas que se ponham ao nosso viver no Mundo. Nos tempos greco-romanos, a Política tinha na nobreza a sua raiz mais profunda: uma arte exercida por cidadãos de elevada craveira moral e com bastantes preocupações de natureza cívica. Hoje, a política (letra minúscula) é cada vez mais o embuste, a hipocrisia, o fingimento, o oportunismo, a manipulação, o compadrio, a corrupção, a acrobacia, a incompetência, o conflito e a inaptência. A Câmara Municipal de Lisboa com o passado executivo, numa autêntica incompetência de encontrar um verdadeiro governo e plano para a cidade, vivendo numa anarquia interna em que ninguém se entende, tem os seus parceiros (os sérios) completamente desacreditados, apareceu nas capas de jornais pelas piores razões, sofreu de escárnio, maldizer e descrédito em cada esquina. O que não admira quando na sua órbita só se encontrava gente meio burlesca e sobretudo mal-intencionada, sempre indiciada em “qualquer coisa”. Agora, é tempo de se repensar claramente o combate ao crime como prioridade para esta cidade, pois esta inércia leva a crer que o crime de “fato e gravata” é natural. Com a agravante do fenómeno sociológico actual, para já em “apenas” três Municípios, “Ele rouba, mas faz qualquer coisa por nós” poder ser contagioso. “A Câmara, hoje, tem a falta absoluta de qualidades que a ilustrariam, e a abundância de defeitos que a desonram.” E a “causa” pública, assim, não se salva. Eu nasci em Lisboa numa fria noite de Inverno em Janeiro de 1984. Na zona mais habitual: S. Sebastião da Pedreira, na bendita “fábrica” Maternidade Alfredo da Costa. Gosto de Lisboa, actualmente estudo em Lisboa, passeio em Lisboa, mas há também coisas que me indignam em Lisboa. É claro que também rogo pragas ao trânsito e me indigno com o lixo. No entanto, refiro-me antes ao imparável progresso de decadência da nossa Capital. Todos queremos para Lisboa mais limpeza, mais habitação, mais segurança, mais espaços verdes e requalificação ambiental dos espaços públicos, mais apoios à juventude, mais lugares para estacionar, mais escolas, mais transportes públicos, mais museus. Todos queremos para Lisboa menos trânsito, menos barracas (a vertente social tem de estar no primeiro plano), menos droga, menos marginais, menos urbanismo selvagem, menos gestão de interesses por trás de candidaturas.Foi prometido, na passada (de há dois anos) campanha eleitoral, a simplificação das estruturas camarárias e dos procedimentos municipais, o cuidar com esmero da limpeza, a recuperação do património edificado, o regresso e fixação da juventude, o reordenamento do trânsito, a promoção do investimento, a oferta cultural permanente, o equilíbrio urbanístico. E tudo foram promessas eleitorais e a verdade é que em Lisboa, uma cidade de múltiplas comunidades, as assimetrias acentuaram-se, Lisboa está arquitectonicamente fria e as pessoas não se cumprimentam na rua e não dão componente humano à vida da cidade, como o faziam antigamente. E fervilharam as injúrias. E voaram os desmentidos. E verificou-se uma política infiel aos princípios, onde as questões pessoais eram constantemente a ordem do dia. E a Câmara nada sabia. E, assim, a Câmara não tem seriedade, nem administração, nem economia, nem história. É necessário, indubitavelmente, uma política estruturante, definidora e clara para a cidade. Mas sobretudo transparente em todos os processos. Que ao menos poupe tempo e dinheiro ao munícipe contribuinte. Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói mítico Ulisses. Mas segundo descobertas arqueológicas recentes, perto do Castelo de São Jorge e da Sé de Lisboa, a cidade terá sido fundada pelos Fenícios em cerca de 1200 a.C. E ainda hoje o verdadeiro poder contra a profunda desconsideração para com os gastos públicos está onde sempre esteve e onde nunca ninguém se lembra: na rua. Eleições antecipadas em 2007 ou eleições em 2009, isto é, 3207 ou 3209 anos depois dos Fenícios? Eleições sérias e com verdade para Lisboa, pois nunca esquecendo que Lisboa é uma cidade de séculos que quer modernizar-se, mas que quer manter a sua dignidade, ao próximo Presidente da Câmara de Lisboa caberá uma árdua tarefa: a salvação da “coisa” pública, devolvendo Lisboa aos Lisboetas.(para newsletter ps alvalade julho 07) Fernando Arrobas da Silva


A Polis, donde vem a palavra Política, é a Cidade. Na medida em que significa a convivência dos Homens, o entendimento entre eles e em cada um deles para todos os problemas que se ponham ao nosso viver no Mundo. Nos tempos greco-romanos, a Política tinha na nobreza a sua raiz mais profunda: uma arte exercida por cidadãos de elevada craveira moral e com bastantes preocupações de natureza cívica. Hoje, a política (letra minúscula) é cada vez mais o embuste, a hipocrisia, o fingimento, o oportunismo, a manipulação, o compadrio, a corrupção, a acrobacia, a incompetência, o conflito e a inaptência. A Câmara Municipal de Lisboa com o passado executivo, numa autêntica incompetência de encontrar um verdadeiro governo e plano para a cidade, vivendo numa anarquia interna em que ninguém se entende, tem os seus parceiros (os sérios) completamente desacreditados, apareceu nas capas de jornais pelas piores razões, sofreu de escárnio, maldizer e descrédito em cada esquina. O que não admira quando na sua órbita só se encontrava gente meio burlesca e sobretudo mal-intencionada, sempre indiciada em “qualquer coisa”. Agora, é tempo de se repensar claramente o combate ao crime como prioridade para esta cidade, pois esta inércia leva a crer que o crime de “fato e gravata” é natural. Com a agravante do fenómeno sociológico actual, para já em “apenas” três Municípios, “Ele rouba, mas faz qualquer coisa por nós” poder ser contagioso. “A Câmara, hoje, tem a falta absoluta de qualidades que a ilustrariam, e a abundância de defeitos que a desonram.” E a “causa” pública, assim, não se salva. Eu nasci em Lisboa numa fria noite de Inverno em Janeiro de 1984. Na zona mais habitual: S. Sebastião da Pedreira, na bendita “fábrica” Maternidade Alfredo da Costa. Gosto de Lisboa, actualmente estudo em Lisboa, passeio em Lisboa, mas há também coisas que me indignam em Lisboa. É claro que também rogo pragas ao trânsito e me indigno com o lixo. No entanto, refiro-me antes ao imparável progresso de decadência da nossa Capital. Todos queremos para Lisboa mais limpeza, mais habitação, mais segurança, mais espaços verdes e requalificação ambiental dos espaços públicos, mais apoios à juventude, mais lugares para estacionar, mais escolas, mais transportes públicos, mais museus. Todos queremos para Lisboa menos trânsito, menos barracas (a vertente social tem de estar no primeiro plano), menos droga, menos marginais, menos urbanismo selvagem, menos gestão de interesses por trás de candidaturas.Foi prometido, na passada (de há dois anos) campanha eleitoral, a simplificação das estruturas camarárias e dos procedimentos municipais, o cuidar com esmero da limpeza, a recuperação do património edificado, o regresso e fixação da juventude, o reordenamento do trânsito, a promoção do investimento, a oferta cultural permanente, o equilíbrio urbanístico. E tudo foram promessas eleitorais e a verdade é que em Lisboa, uma cidade de múltiplas comunidades, as assimetrias acentuaram-se, Lisboa está arquitectonicamente fria e as pessoas não se cumprimentam na rua e não dão componente humano à vida da cidade, como o faziam antigamente. E fervilharam as injúrias. E voaram os desmentidos. E verificou-se uma política infiel aos princípios, onde as questões pessoais eram constantemente a ordem do dia. E a Câmara nada sabia. E, assim, a Câmara não tem seriedade, nem administração, nem economia, nem história. É necessário, indubitavelmente, uma política estruturante, definidora e clara para a cidade. Mas sobretudo transparente em todos os processos. Que ao menos poupe tempo e dinheiro ao munícipe contribuinte. Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói mítico Ulisses. Mas segundo descobertas arqueológicas recentes, perto do Castelo de São Jorge e da Sé de Lisboa, a cidade terá sido fundada pelos Fenícios em cerca de 1200 a.C. E ainda hoje o verdadeiro poder contra a profunda desconsideração para com os gastos públicos está onde sempre esteve e onde nunca ninguém se lembra: na rua. Eleições antecipadas em 2007 ou eleições em 2009, isto é, 3207 ou 3209 anos depois dos Fenícios? Eleições sérias e com verdade para Lisboa, pois nunca esquecendo que Lisboa é uma cidade de séculos que quer modernizar-se, mas que quer manter a sua dignidade, ao próximo Presidente da Câmara de Lisboa caberá uma árdua tarefa: a salvação da “coisa” pública, devolvendo Lisboa aos Lisboetas.(para newsletter ps alvalade julho 07) Fernando Arrobas da Silva

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