PALAVROSSAVRVS REX: POSE DE ASNO

04-07-2011
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Fique estabelecido o seguinte e de uma vez por todas: mentir deverá passar a ser encarado como normal. Membro de uma multidão de asnos que vendeu a sua consciência ao socratismo que lha arrematou pelo preço mais em conta, Inês de Medeiros acha que nem foi muito grave que o Primadonna tivesse mentido. Sim, porque nisto de mentir não se pode deixar sozinho o supremo símbolo imbecil na sua pose de asno. Temos de envolver o País inteiro e todas as coisas nacionais nesse mesmo odor a esterco, mas com bom aspecto, porque servido em embrulho reluzente. Às mentiras sobre o controlo da TVI somem-se as mentiras sobre a economia. Há mérito nelas. Inês levanta a voz contra as virtudes veiculadas pelos séculos, encaradas como imprescindíveis à vida social regulada. Inês, no fundo, considera deverem ser substituídas por outras, as naturais e legítimas: a soberba, a luxúria, a preguiça, deverão ser reabilitadas pelo Primadonnismo. Por decreto. A avareza, mãe da economia, terá de ser promulgada como boa, ressalvando-se que, conforme se desvenda do vergonhoso descalabro sócio-económico português, a mãe é robusta, mas a filha cada vez mais esgalgada. A ira, tão célebre no Primadonna destruidor de telemóveis e fazedor de esgares altivos de asco, está consagrada na arte, por isso é bela e justifica-se: «Canta, ó Musa, a cólera de Aquiles, filho de Peleu.» A gula tem inspirado as mais intensas páginas do Da Literatura, na defesa ciosa da situação degradante como magnífica e correcta. Quanto à inveja, eis a virtude principal. Está na raiz-Vara-Sousa de todas as coisas malignas perpetradas contra Portugal. Esse grupúsculo do Poder, mais falso e danoso que a soma de todos os Judas, esmerou-se e chegou longe. Por isso, faz por ver amadas as "virtudes" perversas e detestadas as sãs para não parecer que são só eles, que são sobretudo eles a corromper tudo aquilo em que tocam. Aceitemos viver num Estado em estado natural e permanente de fraude. A fraude terá de ser o corolário de tudo em Portugal. Submetamo-nos a isto porque isto, este inferno, esta desordem perversa, é que estão certos.


Fique estabelecido o seguinte e de uma vez por todas: mentir deverá passar a ser encarado como normal. Membro de uma multidão de asnos que vendeu a sua consciência ao socratismo que lha arrematou pelo preço mais em conta, Inês de Medeiros acha que nem foi muito grave que o Primadonna tivesse mentido. Sim, porque nisto de mentir não se pode deixar sozinho o supremo símbolo imbecil na sua pose de asno. Temos de envolver o País inteiro e todas as coisas nacionais nesse mesmo odor a esterco, mas com bom aspecto, porque servido em embrulho reluzente. Às mentiras sobre o controlo da TVI somem-se as mentiras sobre a economia. Há mérito nelas. Inês levanta a voz contra as virtudes veiculadas pelos séculos, encaradas como imprescindíveis à vida social regulada. Inês, no fundo, considera deverem ser substituídas por outras, as naturais e legítimas: a soberba, a luxúria, a preguiça, deverão ser reabilitadas pelo Primadonnismo. Por decreto. A avareza, mãe da economia, terá de ser promulgada como boa, ressalvando-se que, conforme se desvenda do vergonhoso descalabro sócio-económico português, a mãe é robusta, mas a filha cada vez mais esgalgada. A ira, tão célebre no Primadonna destruidor de telemóveis e fazedor de esgares altivos de asco, está consagrada na arte, por isso é bela e justifica-se: «Canta, ó Musa, a cólera de Aquiles, filho de Peleu.» A gula tem inspirado as mais intensas páginas do Da Literatura, na defesa ciosa da situação degradante como magnífica e correcta. Quanto à inveja, eis a virtude principal. Está na raiz-Vara-Sousa de todas as coisas malignas perpetradas contra Portugal. Esse grupúsculo do Poder, mais falso e danoso que a soma de todos os Judas, esmerou-se e chegou longe. Por isso, faz por ver amadas as "virtudes" perversas e detestadas as sãs para não parecer que são só eles, que são sobretudo eles a corromper tudo aquilo em que tocam. Aceitemos viver num Estado em estado natural e permanente de fraude. A fraude terá de ser o corolário de tudo em Portugal. Submetamo-nos a isto porque isto, este inferno, esta desordem perversa, é que estão certos.

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