Hoje, no Público, nas Cartas à Directora Além de cumprirmos as regras de separação de lixos, de respeitarmos as horas de silêncio nocturno, de validar o titulo de transporte, de não fazermos dividas em supérfluos, de só estacionarmos o carro nos espaços a isso reservados e de seguir muito outros itens de bom comportamento, estaremos conscientemente a contribuir para uma cidadania completa e a deixar um País mais organizado aos nossos filhos?Quantos de nós continuamos a não exigir produtos nacionais e a embarcar na compra de produtos do dia-a-dia que vêm de países longínquos com o argumento que são países pobres que precisam de ser ajudados. E esquecemos que para nos chegar àquele preço, há seres humanos que têm horários excessivos, condições de vida miseráveis, insalubres e perigosas e muitas vezes são abatidos a tiro se o “patrão” não obtiver o lucro que espera.Com o nosso consumo estamos a pactuar com as globalizações que uns concertam e lucram, a não salvaguardar o trabalho do nosso País e a contribuir para um endividamento excessivo pelas múltiplas importações.Cultivar uma cidadania responsável, às vezes, é muito complicado. Mas temos a obrigação de pensar – mesmo nas pequenas compras – se vale a pena a fruta importada só para comer uvas em Janeiro ou termos morangos todo o ano e o mesmo para um número considerável de coisas. Neste momento de tão grande crise talvez seja obrigatório olharmos para o nosso lado e encontrar formas de ajudar aqui dentro da nossa Terra. Depois podemos alargar a nossa solidariedadeMaria Clotilde Moreira
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Hoje, no Público, nas Cartas à Directora Além de cumprirmos as regras de separação de lixos, de respeitarmos as horas de silêncio nocturno, de validar o titulo de transporte, de não fazermos dividas em supérfluos, de só estacionarmos o carro nos espaços a isso reservados e de seguir muito outros itens de bom comportamento, estaremos conscientemente a contribuir para uma cidadania completa e a deixar um País mais organizado aos nossos filhos?Quantos de nós continuamos a não exigir produtos nacionais e a embarcar na compra de produtos do dia-a-dia que vêm de países longínquos com o argumento que são países pobres que precisam de ser ajudados. E esquecemos que para nos chegar àquele preço, há seres humanos que têm horários excessivos, condições de vida miseráveis, insalubres e perigosas e muitas vezes são abatidos a tiro se o “patrão” não obtiver o lucro que espera.Com o nosso consumo estamos a pactuar com as globalizações que uns concertam e lucram, a não salvaguardar o trabalho do nosso País e a contribuir para um endividamento excessivo pelas múltiplas importações.Cultivar uma cidadania responsável, às vezes, é muito complicado. Mas temos a obrigação de pensar – mesmo nas pequenas compras – se vale a pena a fruta importada só para comer uvas em Janeiro ou termos morangos todo o ano e o mesmo para um número considerável de coisas. Neste momento de tão grande crise talvez seja obrigatório olharmos para o nosso lado e encontrar formas de ajudar aqui dentro da nossa Terra. Depois podemos alargar a nossa solidariedadeMaria Clotilde Moreira