Cinema corre perigo de vida

06-11-2013
marcar artigo

Realizadores, produtores e programadores põem a circular um “ultimato ao governo” em forma de petição para denunciar a situação dramática que vive a atividade cinematográfica, com um corte de cem por cento, sem paralelo.

João Salaviza ganhou o Urso de Ouro para a melhor curtas-metragem do festival de Berlim. È dos signatários da petição.

Um grupo de 21 realizadores, produtores e programadores cinematográficos divulgaram um texto, em forma de petição, intitulada “Cinema Português: Ultimato ao Governo”, afirmando que o cinema português "vive neste momento uma situação dramática, com um corte de 100 por cento, que não tem paralelo em mais nenhum sector de atividade”, e isto apesar do “indiscutível reconhecimento" que esta arte tem recebido em termos internacionais.

No documento afirma-se que o Instituto de Cinema se encontra “em absoluta rutura financeira, sem que o secretário de Estado da Cultura tenha para isso qualquer proposta ou solução”.

Para os subscritores do documento, entre eles os realizadores João Canijo, João Salaviza, Miguel Gomes ou Gonçalo Tocha, “ao fim de 10 meses de governo, o cinema português corre perigo de vida”.

O setor está paralisado, sem a abertura dos Concursos de 2012 e diante da impossibilidade de arrancarem os projetos aprovados em anos anteriores. “A produção de novos filmes está paralisada – e uma boa parte das empresas produtoras na iminência de encerrar, atirando para o desemprego milhares de pessoas – e a distribuição, os festivais, os cineclubes, a promoção internacional, sem quaisquer apoios”, lê-se no documento.

No tocante à nova Lei do Cinema, e apesar do “acolhimento positivo por parte de todo o sector […], continua a ser apenas isso mesmo: uma promessa por cumprir”, frisam os autores.

As exigências dos signatários são:

– que “o Governo encontre uma solução de emergência para a situação de rutura e descalabro financeiro do Instituto de Cinema e que permita dotá-lo dos meios financeiros necessários aos compromissos assumidos com os produtores e aprovados entre 2010 e 2011”;

– a homologação dos concursos de 2011 pelo secretário de Estado da Cultura e a sua contratualização pelo Instituto;

– que a “versão definitiva da nova Lei do Cinema seja tornada pública de imediato e que o governo assuma um prazo para a sua aprovação em Conselho de Ministros e posterior apresentação à Assembleia da República”.

– que a nova lei consagre “as contribuições e investimentos de todas as empresas que operam no mercado do cinema e do audiovisual”, o “reforço do princípio da atribuição dos dinheiros públicos de fomento do Cinema por concursos públicos”.

Num encontro em Lisboa esta quinta-feira, produtores, realizadores e programadores de cinema anunciaram que vão pedir, na próxima semana, uma audiência ao primeiro-ministro, porque a Secretaria de Estado da Cultura está "à deriva".

"Não temos um interlocutor, o secretário de Estado não manda nada, é preciso falar com quem manda e quem manda na Cultura é o primeiro-ministro", disse o produtor Luís Urbano à agência Lusa, sublinhando que o setor quer saber qual o calendário para a entrada em vigor da proposta de lei do governo.

No encontro estiveram os realizadores João Salalviza, Miguel Gomes, Marco Martins, João Botelho, João Canijo, José Nascimento, os atores Nuno Lopes e Carlotto Cota, os produtores Humberto Santana e Maria João Mayer e as deputadas Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, e Inês de Medeiros, do PS.

Realizadores, produtores e programadores põem a circular um “ultimato ao governo” em forma de petição para denunciar a situação dramática que vive a atividade cinematográfica, com um corte de cem por cento, sem paralelo.

João Salaviza ganhou o Urso de Ouro para a melhor curtas-metragem do festival de Berlim. È dos signatários da petição.

Um grupo de 21 realizadores, produtores e programadores cinematográficos divulgaram um texto, em forma de petição, intitulada “Cinema Português: Ultimato ao Governo”, afirmando que o cinema português "vive neste momento uma situação dramática, com um corte de 100 por cento, que não tem paralelo em mais nenhum sector de atividade”, e isto apesar do “indiscutível reconhecimento" que esta arte tem recebido em termos internacionais.

No documento afirma-se que o Instituto de Cinema se encontra “em absoluta rutura financeira, sem que o secretário de Estado da Cultura tenha para isso qualquer proposta ou solução”.

Para os subscritores do documento, entre eles os realizadores João Canijo, João Salaviza, Miguel Gomes ou Gonçalo Tocha, “ao fim de 10 meses de governo, o cinema português corre perigo de vida”.

O setor está paralisado, sem a abertura dos Concursos de 2012 e diante da impossibilidade de arrancarem os projetos aprovados em anos anteriores. “A produção de novos filmes está paralisada – e uma boa parte das empresas produtoras na iminência de encerrar, atirando para o desemprego milhares de pessoas – e a distribuição, os festivais, os cineclubes, a promoção internacional, sem quaisquer apoios”, lê-se no documento.

No tocante à nova Lei do Cinema, e apesar do “acolhimento positivo por parte de todo o sector […], continua a ser apenas isso mesmo: uma promessa por cumprir”, frisam os autores.

As exigências dos signatários são:

– que “o Governo encontre uma solução de emergência para a situação de rutura e descalabro financeiro do Instituto de Cinema e que permita dotá-lo dos meios financeiros necessários aos compromissos assumidos com os produtores e aprovados entre 2010 e 2011”;

– a homologação dos concursos de 2011 pelo secretário de Estado da Cultura e a sua contratualização pelo Instituto;

– que a “versão definitiva da nova Lei do Cinema seja tornada pública de imediato e que o governo assuma um prazo para a sua aprovação em Conselho de Ministros e posterior apresentação à Assembleia da República”.

– que a nova lei consagre “as contribuições e investimentos de todas as empresas que operam no mercado do cinema e do audiovisual”, o “reforço do princípio da atribuição dos dinheiros públicos de fomento do Cinema por concursos públicos”.

Num encontro em Lisboa esta quinta-feira, produtores, realizadores e programadores de cinema anunciaram que vão pedir, na próxima semana, uma audiência ao primeiro-ministro, porque a Secretaria de Estado da Cultura está "à deriva".

"Não temos um interlocutor, o secretário de Estado não manda nada, é preciso falar com quem manda e quem manda na Cultura é o primeiro-ministro", disse o produtor Luís Urbano à agência Lusa, sublinhando que o setor quer saber qual o calendário para a entrada em vigor da proposta de lei do governo.

No encontro estiveram os realizadores João Salalviza, Miguel Gomes, Marco Martins, João Botelho, João Canijo, José Nascimento, os atores Nuno Lopes e Carlotto Cota, os produtores Humberto Santana e Maria João Mayer e as deputadas Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, e Inês de Medeiros, do PS.

marcar artigo