Governo Sócrates considerou a ideia da troika de liquidar o BPN uma “provocação”

10-07-2012
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Costa Pina falava na comissão parlamentar de inquérito sobre o processo de nacionalização e reprivatização do BPN, depois de questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo sobre a actuação da troika em relação ao banco, nacionalizado em 2008.

“Julgo que a proposta da troika relativamente ao BPN foi recebida pelo Governo anterior a 25 de Abril do ano passado. Até pelo simbolismo da data, entendi as propostas para a área financeira como uma provocação”, declarou o ex-secretário de Estado.

Segundo Carlos Costa Pina, que actualmente exerce funções executivas na administração da Galp, a troika, no caso do BPN, “pretendia liquidar o banco, o que lançaria no desemprego larguíssimas centenas de pessoas com custos públicos significativos”.

“Só em indemnizações e subsídios de desemprego posteriores seriam cerca de 100 milhões de euros em despesa. Entendemos essa proposta como um a provocação e tudo indicava que a melhor solução para a instituição era concluir o processo de reestruturação e proceder à sua privatização”, contrapôs Carlos Costa Pina.

Em relação ao prazo imposto pela troika para privatizar o BPN, até ao final de Julho de 2011, o ex-secretário de Estado deixou a ideia de que esse prazo poderia ter alguma flexibilidade em termos de cumprimento. “Mais importante do que privatizar depressa era importante privatizar bem, acautelando o interesse financeiro e o interesse patrimonial do Estado. Sei bem que no acordo com a troika se previa um procedimento de venda acelerado até ao final de Julho, mas havia a consciência que esse prazo de venda dificilmente (para não dizer que era impossível) seria exequível, como aliás a realidade veio a demonstrar”, sustentou.

Costa Pina disse ainda que, caso se tivesse mantido na liderança do processo de privatização do BPN, não avançaria para a venda directa “com um único interessado”.

O antigo governante explicou que, durante o Governo liderado por José Sócrates, foram colocados quatro cenários para o BPN: a venda do banco limpo de imparidades, a integração na Caixa Geral de Depósitos (CGD), a manutenção do banco a operar sozinho e a liquidação.

O deputado do CDS João Almeida mostrou-se indignado com as posições assumidas pelo ex-secretário de Estado do Tesouro, considerando-as “revoltantes” por serem baseadas em dados alegadamente “fraudulentos”.

João Almeida acusou Costa Pina de fazer eco da tese preconizada pelo ex-governador do Banco de Portugal e actual vice-presidente do Banco Central Europeu Vítor Constâncio.

O vice-presidente da bancada socialista, Basílio Horta, interrompeu a intervenção de João Almeida, acusando o deputado do CDS de estar a colocar em causa a honra do ex-secretário de Estado, e contrapôs que, numa comissão de inquérito, os deputados devem fazer perguntas aos depoentes e não pronunciarem-se “sobre estados de alma, em intervenções para jornalista ouvir”.

A resposta a Basílio Horta veio do social-democrata Hugo Velosa, que considerou “natural que os deputados façam comentários quando quem depõe não dá respostas objectivas”.

Hugo Velosa atacou também o ex-secretário de Estado socialista por se mostrar “surpreendido” com a venda do BPN ao banco BIC, operação já feita pelo actual executivo, e depois diga que não teve conhecimento dos detalhes do processo após sair do Governo a 21 de Junho do ano passado.

Costa Pina falava na comissão parlamentar de inquérito sobre o processo de nacionalização e reprivatização do BPN, depois de questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo sobre a actuação da troika em relação ao banco, nacionalizado em 2008.

“Julgo que a proposta da troika relativamente ao BPN foi recebida pelo Governo anterior a 25 de Abril do ano passado. Até pelo simbolismo da data, entendi as propostas para a área financeira como uma provocação”, declarou o ex-secretário de Estado.

Segundo Carlos Costa Pina, que actualmente exerce funções executivas na administração da Galp, a troika, no caso do BPN, “pretendia liquidar o banco, o que lançaria no desemprego larguíssimas centenas de pessoas com custos públicos significativos”.

“Só em indemnizações e subsídios de desemprego posteriores seriam cerca de 100 milhões de euros em despesa. Entendemos essa proposta como um a provocação e tudo indicava que a melhor solução para a instituição era concluir o processo de reestruturação e proceder à sua privatização”, contrapôs Carlos Costa Pina.

Em relação ao prazo imposto pela troika para privatizar o BPN, até ao final de Julho de 2011, o ex-secretário de Estado deixou a ideia de que esse prazo poderia ter alguma flexibilidade em termos de cumprimento. “Mais importante do que privatizar depressa era importante privatizar bem, acautelando o interesse financeiro e o interesse patrimonial do Estado. Sei bem que no acordo com a troika se previa um procedimento de venda acelerado até ao final de Julho, mas havia a consciência que esse prazo de venda dificilmente (para não dizer que era impossível) seria exequível, como aliás a realidade veio a demonstrar”, sustentou.

Costa Pina disse ainda que, caso se tivesse mantido na liderança do processo de privatização do BPN, não avançaria para a venda directa “com um único interessado”.

O antigo governante explicou que, durante o Governo liderado por José Sócrates, foram colocados quatro cenários para o BPN: a venda do banco limpo de imparidades, a integração na Caixa Geral de Depósitos (CGD), a manutenção do banco a operar sozinho e a liquidação.

O deputado do CDS João Almeida mostrou-se indignado com as posições assumidas pelo ex-secretário de Estado do Tesouro, considerando-as “revoltantes” por serem baseadas em dados alegadamente “fraudulentos”.

João Almeida acusou Costa Pina de fazer eco da tese preconizada pelo ex-governador do Banco de Portugal e actual vice-presidente do Banco Central Europeu Vítor Constâncio.

O vice-presidente da bancada socialista, Basílio Horta, interrompeu a intervenção de João Almeida, acusando o deputado do CDS de estar a colocar em causa a honra do ex-secretário de Estado, e contrapôs que, numa comissão de inquérito, os deputados devem fazer perguntas aos depoentes e não pronunciarem-se “sobre estados de alma, em intervenções para jornalista ouvir”.

A resposta a Basílio Horta veio do social-democrata Hugo Velosa, que considerou “natural que os deputados façam comentários quando quem depõe não dá respostas objectivas”.

Hugo Velosa atacou também o ex-secretário de Estado socialista por se mostrar “surpreendido” com a venda do BPN ao banco BIC, operação já feita pelo actual executivo, e depois diga que não teve conhecimento dos detalhes do processo após sair do Governo a 21 de Junho do ano passado.

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