Ministro das Finanças "terá que se desmentir" e anunciar mais austeridade

13-01-2012
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O deputado do PCP Honório Novo defendeu hoje que "se o país mantiver a rota para o abismo, o ministro das Finanças daqui a uns meses, infelizmente para todos nós, terá que se desmentir a ele próprio", apresentando mais medidas de austeridade.

O deputado do PCP Honório Novo defendeu hoje que "se o país mantiver a rota para o abismo, o ministro das Finanças daqui a uns meses, infelizmente para todos nós, terá que se desmentir a ele próprio", apresentando mais medidas de austeridade.

O deputado comunista disse que as projecções hoje divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP) não causam "surpresa", realçando que era "incontornável" que o plano de ajuda financeira, negociado com a 'troika', conduzisse "a uma situação recessiva".

"Temos dito que o plano de austeridade da 'troika' conduziria incontornavelemte a uma situação recessiva, com aumento de desemprego, com o empobrecimento do país e falta de perspectivas de crescimento económico. Só com crescimento económico é possível resolver o problema das contas", afirmou.

Em declarações aos jornalistas, à margem da audição conjunta da Comissão do Orçamento e Finanças e Segurança Social e Trabalho, o deputado do PCP considerou que "se se mantiver esta rota de caminho para o abismo, muito provavelmente o ministro das Finanças daqui a uns meses terá que se desmentir a ele próprio".

Segundo as projecções hoje divulgadas pelo BdP, a economia portuguesa vai encolher 3,1%, em 2012, e só irá crescer 0,3% em 2013, admitindo que o Governo poderá ter de adoptar mais medidas de austeridade para cumprir os seus objectivos orçamentais.

Para Honório Novo, as previsões da instituição liderada por Carlos Costa vêm dar razão ao PCP, que anda a dizer "há um ano que é incontornável a renegociação dos prazos do ajustamento orçamental e de renegociação da dívida".

O deputado considerou que "o episódio da fuga de informação de um documento interno do ministério das Finanças aponta para a eventualidade muito provável da renegociação dos valores do défice já estar em curso".

No seu Boletim Económico de Inverno hoje divulgado, o Banco nota que só foi possível atingir a meta para o défice em 2011 graças a uma medida de "carácter auto-reversível" - a transferência do fundo de pensões da banca para o Estado. Torna-se assim possível que neste ano ou no próximo sejam necessárias "medidas de consolidação adicionais para assegurar o cumprimento dos actuais objectivos orçamentais".

O BdP não concretiza exactamente que tipo de medidas poderiam ser estas. No entanto, sugere que poderá haver novos aumentos em sectores como a saúde ou os transportes: "Não podem ser excluídos aumentos adicionais dos preços no consumidor condicionados por procedimentos de natureza administrativa, em particular num quadro de reestruturação financeira de algumas empresas do sector empresarial do Estado", lê-se no Boletim.

O deputado do PCP Honório Novo defendeu hoje que "se o país mantiver a rota para o abismo, o ministro das Finanças daqui a uns meses, infelizmente para todos nós, terá que se desmentir a ele próprio", apresentando mais medidas de austeridade.

O deputado do PCP Honório Novo defendeu hoje que "se o país mantiver a rota para o abismo, o ministro das Finanças daqui a uns meses, infelizmente para todos nós, terá que se desmentir a ele próprio", apresentando mais medidas de austeridade.

O deputado comunista disse que as projecções hoje divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP) não causam "surpresa", realçando que era "incontornável" que o plano de ajuda financeira, negociado com a 'troika', conduzisse "a uma situação recessiva".

"Temos dito que o plano de austeridade da 'troika' conduziria incontornavelemte a uma situação recessiva, com aumento de desemprego, com o empobrecimento do país e falta de perspectivas de crescimento económico. Só com crescimento económico é possível resolver o problema das contas", afirmou.

Em declarações aos jornalistas, à margem da audição conjunta da Comissão do Orçamento e Finanças e Segurança Social e Trabalho, o deputado do PCP considerou que "se se mantiver esta rota de caminho para o abismo, muito provavelmente o ministro das Finanças daqui a uns meses terá que se desmentir a ele próprio".

Segundo as projecções hoje divulgadas pelo BdP, a economia portuguesa vai encolher 3,1%, em 2012, e só irá crescer 0,3% em 2013, admitindo que o Governo poderá ter de adoptar mais medidas de austeridade para cumprir os seus objectivos orçamentais.

Para Honório Novo, as previsões da instituição liderada por Carlos Costa vêm dar razão ao PCP, que anda a dizer "há um ano que é incontornável a renegociação dos prazos do ajustamento orçamental e de renegociação da dívida".

O deputado considerou que "o episódio da fuga de informação de um documento interno do ministério das Finanças aponta para a eventualidade muito provável da renegociação dos valores do défice já estar em curso".

No seu Boletim Económico de Inverno hoje divulgado, o Banco nota que só foi possível atingir a meta para o défice em 2011 graças a uma medida de "carácter auto-reversível" - a transferência do fundo de pensões da banca para o Estado. Torna-se assim possível que neste ano ou no próximo sejam necessárias "medidas de consolidação adicionais para assegurar o cumprimento dos actuais objectivos orçamentais".

O BdP não concretiza exactamente que tipo de medidas poderiam ser estas. No entanto, sugere que poderá haver novos aumentos em sectores como a saúde ou os transportes: "Não podem ser excluídos aumentos adicionais dos preços no consumidor condicionados por procedimentos de natureza administrativa, em particular num quadro de reestruturação financeira de algumas empresas do sector empresarial do Estado", lê-se no Boletim.

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