Projeto imobiliário do Aleixo só avança quando houver casas para moradores -- Rui Moreira

07-07-2015
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Projeto imobiliário do Aleixo só avança quando houver casas para moradores -- Rui MoreiraLusa7 de Julho de 2015, às 05:39O presidente da Câmara do Porto disse na segunda-feira à noite que a operação imobiliária prevista para o bairro do Aleixo só avançará quando houver casas para os moradores que lá vivem ainda em "condições deploráveis".Rui Moreira falava no debate sobre a proposta de aumento do capital do Fundo Imobiliário do Aleixo, que teve lugar na Assembleia Municipal e que foi aprovada por 38 votos a favor e seis contra.
O autarca salientou também que a proposta está sujeita ainda ao veredito da assembleia geral do fundo, a realizar este mês, e do Tribunal de Contas.
Insistiu que "a principal preocupação" da autarquia são "as famílias que ainda vivem no Aleixo em condições deploráveis" e que são cerca de uma centena, distribuída pelas três torres ainda de pé. As restantes duas torres foram demolidas ainda no tempo do anterior autarca, o social-democrata Rui Rio.
O deputado da CDU Honório Novo criticou a opção camarária considerando que havia "um caminho único" para o problema, "o caminho da rescisão do contrato de janeiro de 2010 estabelecido com a Gesfimo (sociedade gestora do fundo ligadas ao Grupo Espírito Santo).
O fundo encontra-se paralisado devido aos problemas que atingiram o universo Espírito Santo e não tem dinheiro para avançar com o projeto imobiliário previsto para o Aleixo e com as contrapartidas acordadas com a câmara, que incluem casas para os moradores desalojados.
"Em vez de optar pelo caminho da credibilização da vida pública, a Câmara do Porto opta por tapar buracos herdados da gestão de Rui Rio e ao dar a mão a fundo imobiliário insolvente tenta recuperar uma das mais desastrosas decisões da anterior maioria CDS/PSD", considerou Honório Novo.
Rui Moreira respondeu que "a câmara foi falar com o grupo Mota-Engil, que manifestou interesse" em ser acionista daquele fundo, através de um aumento de capital.
A empresa comprometeu-se a injetar dois milhões de euros no fundo e passou a deter quase 27% do capital do fundo, tal como o ex-futebolista António Oliveira, ao passo que a câmara possui agora 21,9%. O restante capital é de duas empresas do Grupo Espírito: a Rioforte e a Cimenta.
Para José Castro, do Bloco de Esquerda, "isto é um negócio imobiliário indecente".
O PSD concordou com a solução adotada pelo executivo liderado por Rui Moreira, considerando ser "a melhor sob todos os pontos de vista".
O social-democrata Luís Artur argumentou que acabar com o fundo seria mau para os moradores e acrescentou que "está encontrado um parceiro excelente para que esta operação tenha êxito".
"A Mota-Engil é um investidor que tem conhecimento do negócio. Sabe da poda", sustentou.
O vereador do Urbanismo, Correia Fernandes, explicou também que, no contrato inicial entre a autarquia e o fundo, "os terrenos do Aleixo tinham uma edificabilidade que não era verdadeira", o que levou a ficar estabelecido que seriam construídos e reabilitados 300 fogos para realojar moradores.
Honório Novo recordou esse dado, frisando que, com a nova proposta, "o número de fogos a construir e a reabilitar pelo fundo passa para metade" do que estava acordado. Tanto Rui Moreira como Correia Fernandes responderam que agora está ser respeitado o Plano Diretor Municipal (PDM), o que não se verificava anteriormente.
O PS aprovou a solução proposta argumentando que "o que está em jogo é a vida das pessoas" que ainda vivem no Aleixo e que esperam por uma casa melhor.

AYM // FV.
Lusa/fimComentáriosPlease enable JavaScript to view the comments powered by Disqus.comments powered by Disqus

Projeto imobiliário do Aleixo só avança quando houver casas para moradores -- Rui MoreiraLusa7 de Julho de 2015, às 05:39O presidente da Câmara do Porto disse na segunda-feira à noite que a operação imobiliária prevista para o bairro do Aleixo só avançará quando houver casas para os moradores que lá vivem ainda em "condições deploráveis".Rui Moreira falava no debate sobre a proposta de aumento do capital do Fundo Imobiliário do Aleixo, que teve lugar na Assembleia Municipal e que foi aprovada por 38 votos a favor e seis contra.
O autarca salientou também que a proposta está sujeita ainda ao veredito da assembleia geral do fundo, a realizar este mês, e do Tribunal de Contas.
Insistiu que "a principal preocupação" da autarquia são "as famílias que ainda vivem no Aleixo em condições deploráveis" e que são cerca de uma centena, distribuída pelas três torres ainda de pé. As restantes duas torres foram demolidas ainda no tempo do anterior autarca, o social-democrata Rui Rio.
O deputado da CDU Honório Novo criticou a opção camarária considerando que havia "um caminho único" para o problema, "o caminho da rescisão do contrato de janeiro de 2010 estabelecido com a Gesfimo (sociedade gestora do fundo ligadas ao Grupo Espírito Santo).
O fundo encontra-se paralisado devido aos problemas que atingiram o universo Espírito Santo e não tem dinheiro para avançar com o projeto imobiliário previsto para o Aleixo e com as contrapartidas acordadas com a câmara, que incluem casas para os moradores desalojados.
"Em vez de optar pelo caminho da credibilização da vida pública, a Câmara do Porto opta por tapar buracos herdados da gestão de Rui Rio e ao dar a mão a fundo imobiliário insolvente tenta recuperar uma das mais desastrosas decisões da anterior maioria CDS/PSD", considerou Honório Novo.
Rui Moreira respondeu que "a câmara foi falar com o grupo Mota-Engil, que manifestou interesse" em ser acionista daquele fundo, através de um aumento de capital.
A empresa comprometeu-se a injetar dois milhões de euros no fundo e passou a deter quase 27% do capital do fundo, tal como o ex-futebolista António Oliveira, ao passo que a câmara possui agora 21,9%. O restante capital é de duas empresas do Grupo Espírito: a Rioforte e a Cimenta.
Para José Castro, do Bloco de Esquerda, "isto é um negócio imobiliário indecente".
O PSD concordou com a solução adotada pelo executivo liderado por Rui Moreira, considerando ser "a melhor sob todos os pontos de vista".
O social-democrata Luís Artur argumentou que acabar com o fundo seria mau para os moradores e acrescentou que "está encontrado um parceiro excelente para que esta operação tenha êxito".
"A Mota-Engil é um investidor que tem conhecimento do negócio. Sabe da poda", sustentou.
O vereador do Urbanismo, Correia Fernandes, explicou também que, no contrato inicial entre a autarquia e o fundo, "os terrenos do Aleixo tinham uma edificabilidade que não era verdadeira", o que levou a ficar estabelecido que seriam construídos e reabilitados 300 fogos para realojar moradores.
Honório Novo recordou esse dado, frisando que, com a nova proposta, "o número de fogos a construir e a reabilitar pelo fundo passa para metade" do que estava acordado. Tanto Rui Moreira como Correia Fernandes responderam que agora está ser respeitado o Plano Diretor Municipal (PDM), o que não se verificava anteriormente.
O PS aprovou a solução proposta argumentando que "o que está em jogo é a vida das pessoas" que ainda vivem no Aleixo e que esperam por uma casa melhor.

AYM // FV.
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