Governo acusado de se desdizer sobre privatização do setor da água

07-05-2015
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"Quando quisemos introduzir na lei-quadro da água um princípio com que agora todos dizem concordar, a não privatização da água, qual foi a resposta do PSD e do CDS? Não aprovar. Isto deixa-nos descansados? São pessoas que dizem uma coisa hoje e amanhã dizem outra coisa completamente diferente", acusou a deputada de "Os Verdes" Heloísa Apolónia.

No debate quinzenal no parlamento, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que não faria sentido fazer essa ressalva na lei porque "a água é um bem do domínio público, não pode ser privatizada".

"O Governo nunca teve previsto iniciar qualquer privatização nem é das águas é da empresa ADP [Águas de Portuga]. Esteve previsto que se pudesse fazer a reestruturação do grupo ADP com consolidação das suas empresas e não se excluiu a hipótese de no futuro poder haver lugar a concessões", afirmou.

Heloísa Apolónia insistiu que há vários documentos que provam a intenção de privatização e citou o relatório do Orçamento do Estado para 2013 "em que o Governo escreveu perentoriamente a alienação e concessão de empresas, refere algumas, e a Águas de Portugal".

Também a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, tinha perguntado a Passos Coelho pela "pressa" em privatizar no final de mandato, tendo enumerado um série de empresas, começando pelo Oceanário, passando pelos transportes públicos de Lisboa e Porto, pela CP Carga, a EMEF, e a TAP.

Heloísa Apolónia retomou também um tema abordado por Catarina Martins, a forma de Paulo Portas ter, em 2013, comunicado ao primeiro-ministro a demissão do Governo e que, segundo uma biografia autorizada de Passos Coelho lançada na terça-feira, foi através de uma mensagem de telemóvel.

"Será talvez uma trica política vir perguntar se o doutor Paulo Portas se demitiu irrevogavelmente por SMS ou por carta, não é isso que agora está em questão. Aquilo que se verifica a partir destas intrigas políticas é que, de facto, esta coligação está rota e cai sempre qualquer coisa podre por essa parte que está rota", acusou Heloísa Apolónia, encerrando o debate.

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No debate quinzenal no parlamento, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que não faria sentido fazer essa ressalva na lei porque "a água é um bem do domínio público, não pode ser privatizada".

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Heloísa Apolónia insistiu que há vários documentos que provam a intenção de privatização e citou o relatório do Orçamento do Estado para 2013 "em que o Governo escreveu perentoriamente a alienação e concessão de empresas, refere algumas, e a Águas de Portugal".

Também a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, tinha perguntado a Passos Coelho pela "pressa" em privatizar no final de mandato, tendo enumerado um série de empresas, começando pelo Oceanário, passando pelos transportes públicos de Lisboa e Porto, pela CP Carga, a EMEF, e a TAP.

Heloísa Apolónia retomou também um tema abordado por Catarina Martins, a forma de Paulo Portas ter, em 2013, comunicado ao primeiro-ministro a demissão do Governo e que, segundo uma biografia autorizada de Passos Coelho lançada na terça-feira, foi através de uma mensagem de telemóvel.

"Será talvez uma trica política vir perguntar se o doutor Paulo Portas se demitiu irrevogavelmente por SMS ou por carta, não é isso que agora está em questão. Aquilo que se verifica a partir destas intrigas políticas é que, de facto, esta coligação está rota e cai sempre qualquer coisa podre por essa parte que está rota", acusou Heloísa Apolónia, encerrando o debate.

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