“Há muitos portugueses que não vão ter Boas Festas, os desempregados, os pobres, os excluídos”, disse Jerónimo de Sousa, durante o debate quinzenal no Parlamento, enumerando as medidas conhecidas e aprovadas nos últimos dias sobre aumentos de custos como o da electricidade e taxas moderadoras, mas também do aumento do horário de trabalho em meia hora por dia e o corte no subsídio de desemprego.
Mas caso se dirija aos cidadãos, como é tradicional no Natal, “tape as orelhas porque o que poderia ouvir seria significativo”, sugeriu o líder comunista a Pedro Passos Coelho, acrescentando que "pode ser mal entendido por milhares de famílias que não vão ter boas festas nem sequer ceia de Natal". "Faça as boas festas com a sua família e não se dirija aos portugueses", reiterou o líder comunista.
O primeiro-ministro deu de imediato a resposta. “Não posso seguir o seu conselho, vou dirigir-me aos portugueses”, disse, justificando as medidas de austeridade como a única forma de o país ultrapassar a crise.
Sobre o Conselho Europeu, que era aliás o tema do debate quinzenal, Jerónimo de Sousa criticou a tendência "insistente" para a "acelerada concentração" do poder na União Europeia - que é, também ela, comandada pelos desígnios da Alemanha e da França. E voltou a defender a necessidade de Portugal renegociar a dívida.
A deputada do PEV Heloísa Apolónia recusou hoje a inscrição de limites ao défice na Constituição, mas o primeiro-ministro insistiu na necessidade de resgatar Portugal da situação da "ditadura do défice e da dívida".
"Num país profundamente fragilizado como o nosso, o que isto pode significar é a perda da capacidade completa de gerarmos riqueza, porque num determinado momento nós podemos ter uma necessidade absoluta de promover investimento para a curto prazo ganhar com isso, para gerarmos riqueza", sustentou Heloísa Apolónia.
Numa intervenção muito crítica sobre as soluções acordadas no conselho europeu, Heloísa Apolónia deu ainda como certa uma certeza: "Uma coisa saiu desta cimeira, a austeridade não é provisória, ela tende a ser definitiva", disse. Depois, a deputada do PEV fez ainda alusão à natureza "ondulante" das declarações do primeiro-ministro relativamente "a mais ou menos austeridade", questionado Passos Coelho se irá propor mais aumentos de impostos.
"Não tenho nada de novo para lhe acrescentar", respondeu o primeiro-ministro, convidando Heloísa Apolónia a analisar "o caminho do passado" que levou Portugal à actual situação, em vez de "aquilo a que se chama a pergunta de pacotilha" sobre se o Governo vai ou não aumentar mais impostos. "Tudo isso está respondido e está bem respondido quer no programa de Governo, quer no Orçamento que foi aprovado nesta Assembleia e é por ele que nos vamos guiar", frisou.
Acrescenta posição d'Os Verdes
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“Há muitos portugueses que não vão ter Boas Festas, os desempregados, os pobres, os excluídos”, disse Jerónimo de Sousa, durante o debate quinzenal no Parlamento, enumerando as medidas conhecidas e aprovadas nos últimos dias sobre aumentos de custos como o da electricidade e taxas moderadoras, mas também do aumento do horário de trabalho em meia hora por dia e o corte no subsídio de desemprego.
Mas caso se dirija aos cidadãos, como é tradicional no Natal, “tape as orelhas porque o que poderia ouvir seria significativo”, sugeriu o líder comunista a Pedro Passos Coelho, acrescentando que "pode ser mal entendido por milhares de famílias que não vão ter boas festas nem sequer ceia de Natal". "Faça as boas festas com a sua família e não se dirija aos portugueses", reiterou o líder comunista.
O primeiro-ministro deu de imediato a resposta. “Não posso seguir o seu conselho, vou dirigir-me aos portugueses”, disse, justificando as medidas de austeridade como a única forma de o país ultrapassar a crise.
Sobre o Conselho Europeu, que era aliás o tema do debate quinzenal, Jerónimo de Sousa criticou a tendência "insistente" para a "acelerada concentração" do poder na União Europeia - que é, também ela, comandada pelos desígnios da Alemanha e da França. E voltou a defender a necessidade de Portugal renegociar a dívida.
A deputada do PEV Heloísa Apolónia recusou hoje a inscrição de limites ao défice na Constituição, mas o primeiro-ministro insistiu na necessidade de resgatar Portugal da situação da "ditadura do défice e da dívida".
"Num país profundamente fragilizado como o nosso, o que isto pode significar é a perda da capacidade completa de gerarmos riqueza, porque num determinado momento nós podemos ter uma necessidade absoluta de promover investimento para a curto prazo ganhar com isso, para gerarmos riqueza", sustentou Heloísa Apolónia.
Numa intervenção muito crítica sobre as soluções acordadas no conselho europeu, Heloísa Apolónia deu ainda como certa uma certeza: "Uma coisa saiu desta cimeira, a austeridade não é provisória, ela tende a ser definitiva", disse. Depois, a deputada do PEV fez ainda alusão à natureza "ondulante" das declarações do primeiro-ministro relativamente "a mais ou menos austeridade", questionado Passos Coelho se irá propor mais aumentos de impostos.
"Não tenho nada de novo para lhe acrescentar", respondeu o primeiro-ministro, convidando Heloísa Apolónia a analisar "o caminho do passado" que levou Portugal à actual situação, em vez de "aquilo a que se chama a pergunta de pacotilha" sobre se o Governo vai ou não aumentar mais impostos. "Tudo isso está respondido e está bem respondido quer no programa de Governo, quer no Orçamento que foi aprovado nesta Assembleia e é por ele que nos vamos guiar", frisou.
Acrescenta posição d'Os Verdes