Alfarrobeira: Milho transgénico mata abelhas em Silves

01-07-2011
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NOTA DE IMPRENSANovas suspeitas em volta do milhotransgénico de SilvesUm apicultor da zona do Poço Barreto (Silves) possuía 25 colmeias situadas nas proximidades do campo de milho transgénico plantado na Herdade da Lameira e que foi alvo da acção mediática do Movimento Verde Eufémia, no passado mês de Agosto.Destas colmeias, 7 morreram e as restantes encontram-se num estado muito debilitado.Tais factos terão sido comunicados a funcionários da Direcção Regional de Agricultura que osignoraram , tendo só agora chegado ao conhecimento da Associação Almargem.Esta é uma situação grave que torna a colocar em cima da mesa a possível relação entre ocultivo de milho transgénico e a perda de vitalidade das colmeias situadas nos arredores daplantação.Um estudo recente de investigadores portugueses da Faculdade de Ciências da Universidadedo Porto, publicado primeiro no “Journal of Apicultural Research” e depois na revista “O Apicultor” *, veio demonstrar a afectação de colmeias colocadas na vizinhança de campos de milho transgénico Bt (capaz de produzir a toxina do Bacillus thuringiensis, letal para lagartas e borboletas que atacam o milho), o mesmo que foi plantado na Herdade da Lameira. Segundo esse estudo, a toxina não ataca directamente as abelhas mas a sua presença nos favos desocupados provoca uma grande taxa de mortalidade nalgumas espécies de pequenas borboletas comedoras de cera que vivem habitualmente em simbiose com as colmeias, desempenhando aí uma importante função de limpeza e impedindo a proliferação de agentes patogénicos muito prejudiciais às abelhas.O estudo dos investigadores portugueses confirma ainda outros dados importantes relativosao consumo de pólen de milho pelas abelhas, um facto que tem sido negado ou minimizado por responsáveis do Ministério da Agricultura. A verdade é que, durante o Verão quando outras fontes de alimento estão indisponíveis, as abelhas procuram efectivamente os campos de milho em flor e podem fazê-lo até distâncias próximas de 10 quilómetros. Este facto põe a ridículo a alegada “margem de segurança” de 200 metros, sistematicamente indicada pelo Ministério da Agricultura e pelos defensores dos OGMs como mais do que suficiente para evitar a contaminação de campos vizinhos.Perante estes dados preocupantes, a Associação Almargem vem exigir ao Ministério daAgricultura:1. A suspensão imediata de qualquer nova autorização para cultivo comercial de plantastransgénicas em Portugal e, em particular, no Algarve;2. O desenvolvimento de novos estudos que permitam esclarecer a influência das abelhas eoutros insectos polinizadores na disseminação a grande distância do pólen de plantastransgénicas;3. A execução de análises independentes a amostras de mel produzido na zona de PoçoBarreto, com vista a detectar uma eventual contaminação que ponha em risco a saúdepública.Loulé, 3 de Dezembro de 2007A Direcção* B. Sabugosa-Madeira et al. (2007), Journal of Apicultural Research 46(1): 59-60; O Apicultor nº 67 (Julho-Setembro)


NOTA DE IMPRENSANovas suspeitas em volta do milhotransgénico de SilvesUm apicultor da zona do Poço Barreto (Silves) possuía 25 colmeias situadas nas proximidades do campo de milho transgénico plantado na Herdade da Lameira e que foi alvo da acção mediática do Movimento Verde Eufémia, no passado mês de Agosto.Destas colmeias, 7 morreram e as restantes encontram-se num estado muito debilitado.Tais factos terão sido comunicados a funcionários da Direcção Regional de Agricultura que osignoraram , tendo só agora chegado ao conhecimento da Associação Almargem.Esta é uma situação grave que torna a colocar em cima da mesa a possível relação entre ocultivo de milho transgénico e a perda de vitalidade das colmeias situadas nos arredores daplantação.Um estudo recente de investigadores portugueses da Faculdade de Ciências da Universidadedo Porto, publicado primeiro no “Journal of Apicultural Research” e depois na revista “O Apicultor” *, veio demonstrar a afectação de colmeias colocadas na vizinhança de campos de milho transgénico Bt (capaz de produzir a toxina do Bacillus thuringiensis, letal para lagartas e borboletas que atacam o milho), o mesmo que foi plantado na Herdade da Lameira. Segundo esse estudo, a toxina não ataca directamente as abelhas mas a sua presença nos favos desocupados provoca uma grande taxa de mortalidade nalgumas espécies de pequenas borboletas comedoras de cera que vivem habitualmente em simbiose com as colmeias, desempenhando aí uma importante função de limpeza e impedindo a proliferação de agentes patogénicos muito prejudiciais às abelhas.O estudo dos investigadores portugueses confirma ainda outros dados importantes relativosao consumo de pólen de milho pelas abelhas, um facto que tem sido negado ou minimizado por responsáveis do Ministério da Agricultura. A verdade é que, durante o Verão quando outras fontes de alimento estão indisponíveis, as abelhas procuram efectivamente os campos de milho em flor e podem fazê-lo até distâncias próximas de 10 quilómetros. Este facto põe a ridículo a alegada “margem de segurança” de 200 metros, sistematicamente indicada pelo Ministério da Agricultura e pelos defensores dos OGMs como mais do que suficiente para evitar a contaminação de campos vizinhos.Perante estes dados preocupantes, a Associação Almargem vem exigir ao Ministério daAgricultura:1. A suspensão imediata de qualquer nova autorização para cultivo comercial de plantastransgénicas em Portugal e, em particular, no Algarve;2. O desenvolvimento de novos estudos que permitam esclarecer a influência das abelhas eoutros insectos polinizadores na disseminação a grande distância do pólen de plantastransgénicas;3. A execução de análises independentes a amostras de mel produzido na zona de PoçoBarreto, com vista a detectar uma eventual contaminação que ponha em risco a saúdepública.Loulé, 3 de Dezembro de 2007A Direcção* B. Sabugosa-Madeira et al. (2007), Journal of Apicultural Research 46(1): 59-60; O Apicultor nº 67 (Julho-Setembro)

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