Alfarrobeira: Vírus

01-07-2011
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O buraco de ozono está nos versoshá um rio poluído um efizemaa cidade morrendo-se e dois terçosda humanidade fora do poema.Há um vírus nas sílabas de abrilum tóxico no ritmo e na palavrahá pássaros que trazem Chernobyle já não fala a água que falava.Na terzza rima alteração genéticahá uma aranha a cantar de cotoviade pernas para o ar Hegel e a estética.Eis o inferno. E já não há Virgíliopara guiar-me a um reino de harmonia.Por isso o meu cantar é outro exílio.Manuel Alegre, in 30 Anos de Poesía - Publicações Dom Quixote


O buraco de ozono está nos versoshá um rio poluído um efizemaa cidade morrendo-se e dois terçosda humanidade fora do poema.Há um vírus nas sílabas de abrilum tóxico no ritmo e na palavrahá pássaros que trazem Chernobyle já não fala a água que falava.Na terzza rima alteração genéticahá uma aranha a cantar de cotoviade pernas para o ar Hegel e a estética.Eis o inferno. E já não há Virgíliopara guiar-me a um reino de harmonia.Por isso o meu cantar é outro exílio.Manuel Alegre, in 30 Anos de Poesía - Publicações Dom Quixote

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