LOURES / ODIVELAS: OPINIÃO: Ainda a polémica das FARC

21-01-2012
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Ainda a polémica das FARCPCP nem sequer ouve Fidel1. Fidel Castro, apesar do esfrangalhamento das FARC, fez ouvir a sua voz:- Condenou raptos e sequestros;- Fez uma análise crítica das limitações do líder histórico das FARC, recentemente falecido, por não ter tido "oportunidades de estudo quando era adolescente";- Fez notar que as FARC / PC da Colômbia era da esfera de influência do PC Soviético, não do de Cuba. A crítica de Fidel às FARC é um dado interessante, tanto mais que ele acontece num momento de saúde muito débil.2. Nós temos divergências de fundo sobre o regime cubano, as concepções de democracia e socialismo, a pena de morte (…) e por isso não podemos deixar de registar que o PCP, na AR e fora dela, tenha tido uma posição próxima da defesa das FARC que nem corresponde à posição do PC Cubano. O PCP, na AR, não conseguiu condenar aquilo que Fidel condenou, os raptos e sequestros como métodos de acção política.3. Jerónimo de Sousa crítica frequentemente o BE por “não ter programa” – ignorando-o deliberadamente - mas Jerónimo acaba por afirmar um programa feito pelas suas simpatias internacionais. Do método chinês ao norte-coreano e acabando nas FARC, talvez aconteça que Jerónimo ainda venha em auto-crítica; porque Fidel o vai obrigar a uma suave recentragem sobre a posição das FARC.4. A classe trabalhadora é a maior interessada na democracia. Na formal e na material, na política e na social, elas são em conjunto a antecâmara do socialismo. Ou será que Jerónimo de Sousa não sabe isso? E onde é que os raptos entram nesta história?Victor Franco


Ainda a polémica das FARCPCP nem sequer ouve Fidel1. Fidel Castro, apesar do esfrangalhamento das FARC, fez ouvir a sua voz:- Condenou raptos e sequestros;- Fez uma análise crítica das limitações do líder histórico das FARC, recentemente falecido, por não ter tido "oportunidades de estudo quando era adolescente";- Fez notar que as FARC / PC da Colômbia era da esfera de influência do PC Soviético, não do de Cuba. A crítica de Fidel às FARC é um dado interessante, tanto mais que ele acontece num momento de saúde muito débil.2. Nós temos divergências de fundo sobre o regime cubano, as concepções de democracia e socialismo, a pena de morte (…) e por isso não podemos deixar de registar que o PCP, na AR e fora dela, tenha tido uma posição próxima da defesa das FARC que nem corresponde à posição do PC Cubano. O PCP, na AR, não conseguiu condenar aquilo que Fidel condenou, os raptos e sequestros como métodos de acção política.3. Jerónimo de Sousa crítica frequentemente o BE por “não ter programa” – ignorando-o deliberadamente - mas Jerónimo acaba por afirmar um programa feito pelas suas simpatias internacionais. Do método chinês ao norte-coreano e acabando nas FARC, talvez aconteça que Jerónimo ainda venha em auto-crítica; porque Fidel o vai obrigar a uma suave recentragem sobre a posição das FARC.4. A classe trabalhadora é a maior interessada na democracia. Na formal e na material, na política e na social, elas são em conjunto a antecâmara do socialismo. Ou será que Jerónimo de Sousa não sabe isso? E onde é que os raptos entram nesta história?Victor Franco

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