Luta sem tréguas

10-10-2015
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Esperar sentado

É algo que Jerónimo de Sousa só faz por breves instantes. E apenas para matar o tempo (e o vício). Após a pausa, o regresso à luta (uma constante em 2013). Neste caso, há duas semanas, ao lado dos trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo, que desceram a Lisboa.

FOTO JOSÉ VENTURA

Sócrates blockbuster

O livro de José Sócrates foi um dos acontecimentos do ano. O livro lá está, alcandorado no top de não-ficção há semanas a fio. Ainda outro dia, na Bertrand das Amoreiras, uma leitora devota comprou de uma assentada quarenta (40!) livros de Sócrates.

Sócrates, eleitorado ou leitorado?

O futuro do engenheiro é um mistério, sobretudo desde que disse ao Expresso que não estava disposto a sujeitar-se aos favores do eleitorado. Mas se o eleitorado é cruel, o mesmo não acontece com o leitorado, que o acolheu com fervor. Gente sugere os próximos livros de Sócrates: "O meu verão de 2011 com Cavaco", "Aventuras de um keynesiano no tsunami financeiro", "Mandamentos do PEC 4" ou "O mundo mudou, tal como eu disse".

Seguro já está em 2015

Na direção do PS há muita gente com vontade de repetir um sketch dos Gato Fedorento, que em 2008 resolveram fazer a passagem de ano para 2010! A ideia dos Gato era passar literalmente por cima de um ano, que já se sabia ser de crise, e entrar logo no seguinte. Pois, no Largo do Rato, muitos ficariam felizes se já pudessem estar a preparar a passagem de ano de 2015. Era sinal de que faltava pouco para as legislativas, de que tinham sobrevivido a 2014 e de que já ninguém lhes ameaçava o lugar.

As estatísticas de Passos

Os discursos de Passos Coelho nunca foram especialmente noticiosos. Mas agora que começa a haver sinais de retoma, vale a pena estar atento às estatísticas que o PM cita. Como se viu com os números do desemprego - na célebre estratégia do copo meio cheio - as redações vão ter que se dedicar a tempo inteiro ao fact-checking.

Descarril(h)amento em Mafra

Na terra dos carrilhões, o novo presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, desafina: logo após as eleições aumentou o IMI em 66%, quando em campanha exaltara os valores da família; e agora também na aplicação da lei das 40 horas não encarrila! Primeiro, defendeu o novo regime. Mas para não ficar isolado no Conselho Metropolitano, acabou a votar uma deliberação que arrasa a medida do Governo, "negativa" para trabalhadores e municípios. De volta a casa, porém, empata o jogo, argumentando ao negociar com um sindicato deixaria de fora os funcionários não sindicalizados (um cenário falso, que a Associação de Municípios já desmistificou). Frente ao convento já se fazem piadas com o silêncio forçado dos carrilhões e a conversa fiada do novo autarca.

Esperar sentado

É algo que Jerónimo de Sousa só faz por breves instantes. E apenas para matar o tempo (e o vício). Após a pausa, o regresso à luta (uma constante em 2013). Neste caso, há duas semanas, ao lado dos trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo, que desceram a Lisboa.

FOTO JOSÉ VENTURA

Sócrates blockbuster

O livro de José Sócrates foi um dos acontecimentos do ano. O livro lá está, alcandorado no top de não-ficção há semanas a fio. Ainda outro dia, na Bertrand das Amoreiras, uma leitora devota comprou de uma assentada quarenta (40!) livros de Sócrates.

Sócrates, eleitorado ou leitorado?

O futuro do engenheiro é um mistério, sobretudo desde que disse ao Expresso que não estava disposto a sujeitar-se aos favores do eleitorado. Mas se o eleitorado é cruel, o mesmo não acontece com o leitorado, que o acolheu com fervor. Gente sugere os próximos livros de Sócrates: "O meu verão de 2011 com Cavaco", "Aventuras de um keynesiano no tsunami financeiro", "Mandamentos do PEC 4" ou "O mundo mudou, tal como eu disse".

Seguro já está em 2015

Na direção do PS há muita gente com vontade de repetir um sketch dos Gato Fedorento, que em 2008 resolveram fazer a passagem de ano para 2010! A ideia dos Gato era passar literalmente por cima de um ano, que já se sabia ser de crise, e entrar logo no seguinte. Pois, no Largo do Rato, muitos ficariam felizes se já pudessem estar a preparar a passagem de ano de 2015. Era sinal de que faltava pouco para as legislativas, de que tinham sobrevivido a 2014 e de que já ninguém lhes ameaçava o lugar.

As estatísticas de Passos

Os discursos de Passos Coelho nunca foram especialmente noticiosos. Mas agora que começa a haver sinais de retoma, vale a pena estar atento às estatísticas que o PM cita. Como se viu com os números do desemprego - na célebre estratégia do copo meio cheio - as redações vão ter que se dedicar a tempo inteiro ao fact-checking.

Descarril(h)amento em Mafra

Na terra dos carrilhões, o novo presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, desafina: logo após as eleições aumentou o IMI em 66%, quando em campanha exaltara os valores da família; e agora também na aplicação da lei das 40 horas não encarrila! Primeiro, defendeu o novo regime. Mas para não ficar isolado no Conselho Metropolitano, acabou a votar uma deliberação que arrasa a medida do Governo, "negativa" para trabalhadores e municípios. De volta a casa, porém, empata o jogo, argumentando ao negociar com um sindicato deixaria de fora os funcionários não sindicalizados (um cenário falso, que a Associação de Municípios já desmistificou). Frente ao convento já se fazem piadas com o silêncio forçado dos carrilhões e a conversa fiada do novo autarca.

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