Sondagem: PS sobe, mas diferença é curta

04-12-2019
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A uma semana das eleições legislativas que fazem prever a Assembleia da República mais dividida dos últimos 20 anos, o PS parece ter ganho algum balanço para uma vitória magra sobre o PSD, que lhe permitirá formar Governo.

Clique para aceder ao índice do Dossiê Portugal 2009

Embora ainda dentro da margem de erro do inquérito da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, o avanço de três pontos (mais dois que na última semana, fruto de uma subida socialista e de uma descida social-democrata) indica que as possibilidades de Manuela Ferreira Leite destronar José Sócrates como próxima primeira-ministra de Portugal estão agora mais estreitas.

Mas a vitória socialista continua a levantar muitas incógnitas. Maioria absoluta nem pensar (o PS perderá entre 25 a 33 deputados face aos que actualmente se sentam em São Bento) e mesmo com acordos com PCP ou Bloco de Esquerda não se atinge a fasquia desejada dos 116 deputados - o limite máximo de socialistas e bloquistas juntos dá 116 deputados, mas há que ter em conta que em dois círculos estas duas forças disputam a eleição do mesmo parlamentar.

Se olharmos com maior detalhe para os números da sondagem, verificamos que o PS é mais forte entre o eleitorado masculino e que o PSD é mais popular entre as mulheres.

Bloco em grande

A maior subida destas eleições, e a sondagem desta semana confirma o resultado da que foi publicada na última edição do Expresso, cabe ao Bloco de Esquerda. A formação de Francisco Louçã não só acrescenta 50% ao seu resultado de 2005 (dos 6,3% dos votos para os 9,6% a nível nacional) como, mais impressionante ainda, mais do que duplica a sua representação parlamentar. O crescimento do movimento que juntou PSR, UDP e Política XXI na última década (desde que nasceu, em 1999) é sustentado e constante: dois deputados (Lisboa) em 1999, três em 2002 (dois por Lisboa, um pelo Porto) e oito em 2005 (dois por Setúbal, quatro por Lisboa, dois pelo Porto). Agora pode ter qualquer coisa como 18 a 20 parlamentares.

E a sondagem dá como provável a eleição (inédita) de um deputado nos círculos de Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Leiria (o caso em que ainda se pode levantar alguma dúvida) e Santarém. Ou seja, de um partido que elegia em três dos 22 círculos (Lisboa, Porto e Setúbal), passa para uma força com representação em nove círculos eleitorais.

Se os nomes de José Manuel Pureza, Cecília Honório, Heitor Sousa e Castro, José Nobre Gusmão, Pedro Soares e Pedro Soares (é verdade, os cabeças-de-lista de Aveiro e Braga partilham o nome), o mais provável é que os vá ver e ouvir nos próximos tempos, a somar às caras já bem conhecidas do Bloco de Esquerda, como Francisco Louçã ou Fernando Rosas.

Distritos mais complicados

De acordo com os dados da Eurosondagem, há oito distritos onde ainda se verifica alguma indefinição. A saber, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre, Porto e Santarém.

Em Braga, um dos maiores círculos, PS e PSD estão muito próximos e se o CDS conseguir eleger o seu segundo representante um deles ficará apenas com sete mandatos.

Em Castelo Branco, onde Sócrates é o cabeça-de-lista socialista, e que perdeu um deputado (cinco para quatro), os mandatos dividem-se entre PS e PSD, estando por saber se são partilhados de igual modo ou se os socialistas ficam com três. Em Coimbra, PS e PSD estão muito próximos e devem decidir o último mandato (cinco para um, quatro para o outro).

Mais a sul, em Évora, a dúvida é se o PS conseguirá ter o dobro dos votos do PSD para dessa forma eleger dois deputados.

No maior círculo eleitoral, Lisboa (que curiosamente perde um deputado nesta eleição), há a possibilidade de um dos partidos mais pequenos conseguir a sua estreia em termos parlamentares (atendendo ao resultados das Europeias, o mais certo é que seja o MEP de Rui Marques).

Há ainda dois ou três mandatos por definir, e que só o apuramento das últimas freguesias definirá. Em Portalegre, o PSD precisa de ter mais de metade dos votos do PS para conseguir eleger um deputado. No Porto, que ganhou um mandato, PS e PSD disputam directamente um eleito, embora seja certo que os socialistas fiquem à frente.

Finalmente, Santarém é provavelmente o único dos distritos médios em que as cinco forças podem conseguir representação. CDS está em dúvida.

Estudo de Opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A. para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, nos dias 13 a 16 de Setembro de 2009. Entrevistas directas e pessoais, com voto recolhido em urna. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental. A amostra foi estratificada por região e aleatória no que concerne ao sexo e faixa etária. Foram efectuadas 2.261 tentativas de entrevistas e, destas, 213 (9,4%) não aceitaram colaborar Estudo de Opinião. Foram validadas 2048 entrevistas, correspondendo a 90,6% das tentativas realizadas. O erro máximo da amostra é de 2,17%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

A uma semana das eleições legislativas que fazem prever a Assembleia da República mais dividida dos últimos 20 anos, o PS parece ter ganho algum balanço para uma vitória magra sobre o PSD, que lhe permitirá formar Governo.

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Embora ainda dentro da margem de erro do inquérito da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, o avanço de três pontos (mais dois que na última semana, fruto de uma subida socialista e de uma descida social-democrata) indica que as possibilidades de Manuela Ferreira Leite destronar José Sócrates como próxima primeira-ministra de Portugal estão agora mais estreitas.

Mas a vitória socialista continua a levantar muitas incógnitas. Maioria absoluta nem pensar (o PS perderá entre 25 a 33 deputados face aos que actualmente se sentam em São Bento) e mesmo com acordos com PCP ou Bloco de Esquerda não se atinge a fasquia desejada dos 116 deputados - o limite máximo de socialistas e bloquistas juntos dá 116 deputados, mas há que ter em conta que em dois círculos estas duas forças disputam a eleição do mesmo parlamentar.

Se olharmos com maior detalhe para os números da sondagem, verificamos que o PS é mais forte entre o eleitorado masculino e que o PSD é mais popular entre as mulheres.

Bloco em grande

A maior subida destas eleições, e a sondagem desta semana confirma o resultado da que foi publicada na última edição do Expresso, cabe ao Bloco de Esquerda. A formação de Francisco Louçã não só acrescenta 50% ao seu resultado de 2005 (dos 6,3% dos votos para os 9,6% a nível nacional) como, mais impressionante ainda, mais do que duplica a sua representação parlamentar. O crescimento do movimento que juntou PSR, UDP e Política XXI na última década (desde que nasceu, em 1999) é sustentado e constante: dois deputados (Lisboa) em 1999, três em 2002 (dois por Lisboa, um pelo Porto) e oito em 2005 (dois por Setúbal, quatro por Lisboa, dois pelo Porto). Agora pode ter qualquer coisa como 18 a 20 parlamentares.

E a sondagem dá como provável a eleição (inédita) de um deputado nos círculos de Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Leiria (o caso em que ainda se pode levantar alguma dúvida) e Santarém. Ou seja, de um partido que elegia em três dos 22 círculos (Lisboa, Porto e Setúbal), passa para uma força com representação em nove círculos eleitorais.

Se os nomes de José Manuel Pureza, Cecília Honório, Heitor Sousa e Castro, José Nobre Gusmão, Pedro Soares e Pedro Soares (é verdade, os cabeças-de-lista de Aveiro e Braga partilham o nome), o mais provável é que os vá ver e ouvir nos próximos tempos, a somar às caras já bem conhecidas do Bloco de Esquerda, como Francisco Louçã ou Fernando Rosas.

Distritos mais complicados

De acordo com os dados da Eurosondagem, há oito distritos onde ainda se verifica alguma indefinição. A saber, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre, Porto e Santarém.

Em Braga, um dos maiores círculos, PS e PSD estão muito próximos e se o CDS conseguir eleger o seu segundo representante um deles ficará apenas com sete mandatos.

Em Castelo Branco, onde Sócrates é o cabeça-de-lista socialista, e que perdeu um deputado (cinco para quatro), os mandatos dividem-se entre PS e PSD, estando por saber se são partilhados de igual modo ou se os socialistas ficam com três. Em Coimbra, PS e PSD estão muito próximos e devem decidir o último mandato (cinco para um, quatro para o outro).

Mais a sul, em Évora, a dúvida é se o PS conseguirá ter o dobro dos votos do PSD para dessa forma eleger dois deputados.

No maior círculo eleitoral, Lisboa (que curiosamente perde um deputado nesta eleição), há a possibilidade de um dos partidos mais pequenos conseguir a sua estreia em termos parlamentares (atendendo ao resultados das Europeias, o mais certo é que seja o MEP de Rui Marques).

Há ainda dois ou três mandatos por definir, e que só o apuramento das últimas freguesias definirá. Em Portalegre, o PSD precisa de ter mais de metade dos votos do PS para conseguir eleger um deputado. No Porto, que ganhou um mandato, PS e PSD disputam directamente um eleito, embora seja certo que os socialistas fiquem à frente.

Finalmente, Santarém é provavelmente o único dos distritos médios em que as cinco forças podem conseguir representação. CDS está em dúvida.

Estudo de Opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A. para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, nos dias 13 a 16 de Setembro de 2009. Entrevistas directas e pessoais, com voto recolhido em urna. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental. A amostra foi estratificada por região e aleatória no que concerne ao sexo e faixa etária. Foram efectuadas 2.261 tentativas de entrevistas e, destas, 213 (9,4%) não aceitaram colaborar Estudo de Opinião. Foram validadas 2048 entrevistas, correspondendo a 90,6% das tentativas realizadas. O erro máximo da amostra é de 2,17%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

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