Corte salarial no privado é "inconstitucional"

20-06-2011
marcar artigo

As reuniões com a troika que está em Portugal a negociar a ajuda externa estão a dividir as confederações patronais e centrais sindicais, desta vez por causa dos cortes salariais no sector privado.

Na reunião que teve na quarta-feira com as equipas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apresentou uma série de propostas no campo laboral, entre as quais a possibilidade de a retribuição dos trabalhadores do privado poder vir a ser reduzida "por acordo". Em conferência de imprensa, o líder da UGT, João Proença, contestou ontem a ideia da CIP, garantindo que a "redução de salários no sector privado é, claramente, inconstitucional". E salientou: os salários estão já mais baixos em termos reais, pois estão a subir abaixo da inflação.

Para João Proença, o Governo português tem de assumir, nas negociações com a troika, compromissos de natureza social e não apenas os económicos, sob pena de aumentar a conflitualidade social.

A central sindical, que, à semelhança da CTGP, esteve na terça-feira reunida com as equipas da CE, BCE e FMI, anunciou ontem que vai pedir encontros ao Governo, aos partidos políticos e ao Presidente da República, de modo a acompanhar o desenrolar das negociações e expor as suas posições. Ana Rita Faria

As reuniões com a troika que está em Portugal a negociar a ajuda externa estão a dividir as confederações patronais e centrais sindicais, desta vez por causa dos cortes salariais no sector privado.

Na reunião que teve na quarta-feira com as equipas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apresentou uma série de propostas no campo laboral, entre as quais a possibilidade de a retribuição dos trabalhadores do privado poder vir a ser reduzida "por acordo". Em conferência de imprensa, o líder da UGT, João Proença, contestou ontem a ideia da CIP, garantindo que a "redução de salários no sector privado é, claramente, inconstitucional". E salientou: os salários estão já mais baixos em termos reais, pois estão a subir abaixo da inflação.

Para João Proença, o Governo português tem de assumir, nas negociações com a troika, compromissos de natureza social e não apenas os económicos, sob pena de aumentar a conflitualidade social.

A central sindical, que, à semelhança da CTGP, esteve na terça-feira reunida com as equipas da CE, BCE e FMI, anunciou ontem que vai pedir encontros ao Governo, aos partidos políticos e ao Presidente da República, de modo a acompanhar o desenrolar das negociações e expor as suas posições. Ana Rita Faria

marcar artigo