Muito se tem falado - e inevitavelmente muito se irá ainda falar - da questão da possível privatização da RTP, assunto importante nesta altura do campeonato por todas as razões e mais uma. Confesso: em teoria - e sublinho "em teoria" - acho que, para ter o serviço o público que temos, mais vale privatizar. Assim como assim, a RTP-1 que temos já é uma "privadinha" que persegue as audiências de uma estação comercial e programa em grande parte como uma estação comercial, embora usufruindo das vantagens de um canal estatal e fazendo de vez em quando alguns "floreados" que um privado não se pode dar ao luxo de fazer. Há coisas, de facto, em que a RTP-1 se porta melhor que uma privada. Mas são poucas, e no resto não há realmente grande diferença; um Último a Sair, um Estado de Graça, uma Guerra já são de qualquer maneira excepções numa programação que, à imagem da concorrência comercial, funciona à base de informação, concursos, talk-shows e ficção nacional. E a RTP-2 é um exemplo do que não deve ser um serviço público, que parece cumprir sem alegria e com alguma vergonha um "caderno de encargos" entendido como mera lista de blocos a preencher em nome da "sociedade civil". Para ter este serviço público, desculpem, mais vale não o ter.
http//blogs.publico.pt/aminhatvjorge.mourinha@gmail.com
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Muito se tem falado - e inevitavelmente muito se irá ainda falar - da questão da possível privatização da RTP, assunto importante nesta altura do campeonato por todas as razões e mais uma. Confesso: em teoria - e sublinho "em teoria" - acho que, para ter o serviço o público que temos, mais vale privatizar. Assim como assim, a RTP-1 que temos já é uma "privadinha" que persegue as audiências de uma estação comercial e programa em grande parte como uma estação comercial, embora usufruindo das vantagens de um canal estatal e fazendo de vez em quando alguns "floreados" que um privado não se pode dar ao luxo de fazer. Há coisas, de facto, em que a RTP-1 se porta melhor que uma privada. Mas são poucas, e no resto não há realmente grande diferença; um Último a Sair, um Estado de Graça, uma Guerra já são de qualquer maneira excepções numa programação que, à imagem da concorrência comercial, funciona à base de informação, concursos, talk-shows e ficção nacional. E a RTP-2 é um exemplo do que não deve ser um serviço público, que parece cumprir sem alegria e com alguma vergonha um "caderno de encargos" entendido como mera lista de blocos a preencher em nome da "sociedade civil". Para ter este serviço público, desculpem, mais vale não o ter.
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