PS votará contra candidatura de Nobre para a presidência da Assembleia da República

20-06-2011
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Decisão do secretariado socialista poderá inviabilizar eleição do candidato do PSD a sucessão de Gama. Liderança parlamentar interina do PS ainda vazia

São cada vez mais remotas as hipóteses de Fernando Nobre vir a ser eleito presidente da Assembleia da República. Depois de o CDS ter rejeitado apoiar a candidatura do fundador da AMI, ontem foi a vez de o PS dizer que votará contra a candidatura de Nobre ao cargo de segunda figura do Estado.

A decisão foi tomada durante uma reunião do Secretariado Nacional do PS e comunicada pelo porta-voz, Fernando Medina. "A confirmarem-se as indicações da candidatura por parte do PSD à presidência da Assembleia da República [de Fernando Nobre], o Secretariado Nacional do PS irá comunicar ao seu grupo parlamentar a indicação de voto desfavorável", declarou Fernando Medina. É que, para o PS, Nobre "não reúne as condições para um bom desempenho das funções de presidente da Assembleia da República, lugar de tão grande importância para o país, nomeadamente nas circunstâncias que atravessamos".

Um pouco antes, à entrada da reunião, Vitalino Canas, ex-porta-voz, deixou claro que "dificilmente" algum deputado do PS votará em Fernando Nobre, caso venha a ser proposto. "Não é tanto pela figura do dr. Fernando Nobre, que é uma figura obviamente respeitável, mas pela falta de experiência ao nível parlamentar, que o torna um candidato pouco credível para exercer este cargo", disse.

Um outro tema abordado na reunião foi a questão da liderança parlamentar interina, uma vez que Francisco Assis abandonou o cargo de líder parlamentar para assumir a candidatura à sucessão de José Sócrates. A reunião foi inconclusiva e o secretariado mandatou Almeida Santos, presidente do partido, para procurar junto dos dois candidatos na corrida à liderança, Francisco Assis e António José Seguro, uma proposta consensual para ocupar o lugar de líder parlamentar interinamente, que deverá assegurar a condução dos trabalhos parlamentares até à eleição do novo secretário-geral, a 23 de Julho.

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"Espero que haja bom senso e que haja consenso. Se não houver consenso, vota-se [no âmbito da bancada parlamentar] e está o caso arrumado. Não vou dar sugestões de nomes", declarou Almeida Santos, no final da reunião. O presidente do PS disse que fará "diligências para que, depois, no grupo parlamentar, tudo corra bem". "Mas não dou ordens, cada um vota em consciência", avisou ainda.

Na dança dos apoios aos candidatos, soube-se ontem que o presidente da concelhia do PS de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, está ao lado de Assis. "Quem afirma a liberdade de debate e de opinião, quem respeita os militantes e quem combate o caciquismo e o aparelhismo não poderá alinhar na afirmação de "apoios orgânicos"", considera.

Para o lado de António José Seguro posicionou-se, por sua vez, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural cessante, Rui Barreiro, por considerar que é ele quem está preparado para liderar" os socialistas e para "vir a ser o futuro primeiro-ministro de Portugal". com Lusa

Decisão do secretariado socialista poderá inviabilizar eleição do candidato do PSD a sucessão de Gama. Liderança parlamentar interina do PS ainda vazia

São cada vez mais remotas as hipóteses de Fernando Nobre vir a ser eleito presidente da Assembleia da República. Depois de o CDS ter rejeitado apoiar a candidatura do fundador da AMI, ontem foi a vez de o PS dizer que votará contra a candidatura de Nobre ao cargo de segunda figura do Estado.

A decisão foi tomada durante uma reunião do Secretariado Nacional do PS e comunicada pelo porta-voz, Fernando Medina. "A confirmarem-se as indicações da candidatura por parte do PSD à presidência da Assembleia da República [de Fernando Nobre], o Secretariado Nacional do PS irá comunicar ao seu grupo parlamentar a indicação de voto desfavorável", declarou Fernando Medina. É que, para o PS, Nobre "não reúne as condições para um bom desempenho das funções de presidente da Assembleia da República, lugar de tão grande importância para o país, nomeadamente nas circunstâncias que atravessamos".

Um pouco antes, à entrada da reunião, Vitalino Canas, ex-porta-voz, deixou claro que "dificilmente" algum deputado do PS votará em Fernando Nobre, caso venha a ser proposto. "Não é tanto pela figura do dr. Fernando Nobre, que é uma figura obviamente respeitável, mas pela falta de experiência ao nível parlamentar, que o torna um candidato pouco credível para exercer este cargo", disse.

Um outro tema abordado na reunião foi a questão da liderança parlamentar interina, uma vez que Francisco Assis abandonou o cargo de líder parlamentar para assumir a candidatura à sucessão de José Sócrates. A reunião foi inconclusiva e o secretariado mandatou Almeida Santos, presidente do partido, para procurar junto dos dois candidatos na corrida à liderança, Francisco Assis e António José Seguro, uma proposta consensual para ocupar o lugar de líder parlamentar interinamente, que deverá assegurar a condução dos trabalhos parlamentares até à eleição do novo secretário-geral, a 23 de Julho.

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"Espero que haja bom senso e que haja consenso. Se não houver consenso, vota-se [no âmbito da bancada parlamentar] e está o caso arrumado. Não vou dar sugestões de nomes", declarou Almeida Santos, no final da reunião. O presidente do PS disse que fará "diligências para que, depois, no grupo parlamentar, tudo corra bem". "Mas não dou ordens, cada um vota em consciência", avisou ainda.

Na dança dos apoios aos candidatos, soube-se ontem que o presidente da concelhia do PS de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, está ao lado de Assis. "Quem afirma a liberdade de debate e de opinião, quem respeita os militantes e quem combate o caciquismo e o aparelhismo não poderá alinhar na afirmação de "apoios orgânicos"", considera.

Para o lado de António José Seguro posicionou-se, por sua vez, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural cessante, Rui Barreiro, por considerar que é ele quem está preparado para liderar" os socialistas e para "vir a ser o futuro primeiro-ministro de Portugal". com Lusa

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