Partido Socialista

05-10-2015
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No seu mais recente volume de memórias, lançado em novembro passado, na Assembleia da República, numa sessão que foi também uma homenagem aos seus 94 anos, o histórico resistente antifascista Edmundo Pedro relata em pormenor a sua prisão em 1978.

“É como uma catarse em relação aos momentos difíceis” e “é uma libertação”, confidenciou o ex-tarrafalista e antigo dirigente do PS ao explicar a importância que para si tem a publicação do terceiro volume de “Memórias – Um Combate pela Liberdade”, onde aborda o período após o 25 de Abril.

Perante a vasta assistência que lotou o anfiteatro do edifício novo do Parlamento, Edmundo Pedro fez uma breve intervenção de voz embargada e cortada pela emoção. Em causa estava o conhecido processo que o levou à prisão durante seis meses sem culpa formada em Janeiro de 1978, quando, em Setúbal, num armazém de uma empresa a que estava ligado, a GNR encontrou armas.

No livro, Edmundo Pedro relata os factos em que a sua prisão de seis meses poderia não ter durado mais de um mês, se Eanes tivesse autorizado o general Galvão de Figueiredo a testemunhar que ele estava a recolher as armas e a entregá-las.

Com uma sala repleta de figuras do PS, como Almeida Santos, Eduardo Pereira, João Cravinho, Fernando Pereira Marques, Mário Lino, Raimundo Narciso e o coronel Vasco Lourenço, o livro foi apresentado pelo vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva, pelo jornalista Luís Osório e pela antiga deputada e fundadora do PS, Maria Barroso.

De salientar que este terceiro e último volume das memórias de Edmundo Pedro foi um livro escrito um pouco à pressa, como o próprio autor reconhece quando diz: “Estou a chegar aos 94 anos. O tempo voa cada vez mais depressa. Quero, antes de morrer, acabar este livro.”

Da trilogia, o primeiro volume, editado em 2007, é indispensável para quem quiser estudar o que foi o tenebroso campo de concentração do Tarrafal, onde o então jovem militante comunista penou nove anos.

O segundo volume cobriu o período entre o fim da II Guerra Mundial e a Revolução dos Cravos.

Já este último abrange a época posterior ao 25 de abril. Mas só teoricamente, uma vez que acaba por se fixar no relato do famoso caso das armas fornecidas pelo Grupo nos Nove ao PS no dia 25 de novembro de 1975. As suas consequências foram nefastas para o autor. • M.R.

No seu mais recente volume de memórias, lançado em novembro passado, na Assembleia da República, numa sessão que foi também uma homenagem aos seus 94 anos, o histórico resistente antifascista Edmundo Pedro relata em pormenor a sua prisão em 1978.

“É como uma catarse em relação aos momentos difíceis” e “é uma libertação”, confidenciou o ex-tarrafalista e antigo dirigente do PS ao explicar a importância que para si tem a publicação do terceiro volume de “Memórias – Um Combate pela Liberdade”, onde aborda o período após o 25 de Abril.

Perante a vasta assistência que lotou o anfiteatro do edifício novo do Parlamento, Edmundo Pedro fez uma breve intervenção de voz embargada e cortada pela emoção. Em causa estava o conhecido processo que o levou à prisão durante seis meses sem culpa formada em Janeiro de 1978, quando, em Setúbal, num armazém de uma empresa a que estava ligado, a GNR encontrou armas.

No livro, Edmundo Pedro relata os factos em que a sua prisão de seis meses poderia não ter durado mais de um mês, se Eanes tivesse autorizado o general Galvão de Figueiredo a testemunhar que ele estava a recolher as armas e a entregá-las.

Com uma sala repleta de figuras do PS, como Almeida Santos, Eduardo Pereira, João Cravinho, Fernando Pereira Marques, Mário Lino, Raimundo Narciso e o coronel Vasco Lourenço, o livro foi apresentado pelo vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva, pelo jornalista Luís Osório e pela antiga deputada e fundadora do PS, Maria Barroso.

De salientar que este terceiro e último volume das memórias de Edmundo Pedro foi um livro escrito um pouco à pressa, como o próprio autor reconhece quando diz: “Estou a chegar aos 94 anos. O tempo voa cada vez mais depressa. Quero, antes de morrer, acabar este livro.”

Da trilogia, o primeiro volume, editado em 2007, é indispensável para quem quiser estudar o que foi o tenebroso campo de concentração do Tarrafal, onde o então jovem militante comunista penou nove anos.

O segundo volume cobriu o período entre o fim da II Guerra Mundial e a Revolução dos Cravos.

Já este último abrange a época posterior ao 25 de abril. Mas só teoricamente, uma vez que acaba por se fixar no relato do famoso caso das armas fornecidas pelo Grupo nos Nove ao PS no dia 25 de novembro de 1975. As suas consequências foram nefastas para o autor. • M.R.

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