Sr. agente, só bebi leitinho com mel, palavra de deputada!

13-10-2015
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"O presidente do Conselho de Administração da AR, Couto dos Santos, considera que não se justifica obrigar os deputados a apresentar um atestado médico em caso de doença, porque tem de admitir-se que "um deputado é responsável pelos seus actos" e é preciso ter "confiança em quem elegemos". "Este tipo de justificação não necessita de relatório médico" e "a palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais", diz ainda fonte da AR ao Jornal i.

Conclui-se que Couto dos Santos, para além de ser um optimista, pensa mesmo que os portugueses confiam em quem elegem. É um defensor da aplicação da resolução do parlamento sobre o regime de presenças e faltas ao plenário, aprovado em 2009, que diz cegamente que a "palavra do deputado faz fé". Uma espécie de tratado entre partidos para os deputados poderem ir ver a bola ao estrangeiro sem terem de passar pelo Centro de Saúde. Couto dos Santos diz ainda que "um deputado é responsável pelos seus actos"; Jacques de La Palisse não diria melhor.

Não sei se a deputada Glória estava doente ou se apenas com uma ressaca do tamanho das ancas da Fanny. Só Deus e a "fé" da senhora podem testemunhar. Agora, faz-me alguma confusão que justifique as faltas assinando um papelucho qualquer. A culpa não é dela, é sim da resolução conveniente que os senhores deputados aprovaram. Como ninguém tem fé neles, têm eles próprios. Um bocado pretensioso, mas enfim.

Pensando bem, a deputada Glória nem deveria ter sido obrigada a soprar no balão. Bastava, em resposta à tenebrosa pergunta do senhor agente "bebeu alguma coisa?", ter respondido "sim , bebi, Sr. agente. Dois shots de leite com mel" ."E álcool, consumiu?". "Sr. agente, sou abstémia, faça fé, palavra de deputada". "Palavra do Senhor" diria o polícia. Depois, juntar-se-ia aos restantes agentes e cantariam em conjunto "Aleluia, redimidos e livres; Vencemos no sangue do Cordeiro; Aleluia, Jesus vive e venceu; A vitória nos deu, Glória a Deus".

O balão serve para alguma coisa. O resultado do teste prova muitas vezes que a palavra dos condutores nem sempre deve fazer fé, mesmo que sejam deputados. E é pela mesma razão que os atestados médicos, obrigatórios para qualquer funcionário publico ou de uma entidade privada ou até para os miúdos da escola servem para que alguém imparcial ateste o "estado" da pessoa. Doente, saudável ou em modo Jorge Palma. Assim, não se generaliza a bandalheira, só a fazer "fé" no que este ou aquele diz.

Na página oficial donojuntam-se pessoas que gostam e que não gostam, que odeiam e que adoram, que veneram e que detestam, mas que não são indiferentes a este blogue do Expresso. Dê um passo e junte-se a nós. Clique no link para aceder à página do 100 Reféns no Facebook

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Conclui-se que Couto dos Santos, para além de ser um optimista, pensa mesmo que os portugueses confiam em quem elegem. É um defensor da aplicação da resolução do parlamento sobre o regime de presenças e faltas ao plenário, aprovado em 2009, que diz cegamente que a "palavra do deputado faz fé". Uma espécie de tratado entre partidos para os deputados poderem ir ver a bola ao estrangeiro sem terem de passar pelo Centro de Saúde. Couto dos Santos diz ainda que "um deputado é responsável pelos seus actos"; Jacques de La Palisse não diria melhor.

Não sei se a deputada Glória estava doente ou se apenas com uma ressaca do tamanho das ancas da Fanny. Só Deus e a "fé" da senhora podem testemunhar. Agora, faz-me alguma confusão que justifique as faltas assinando um papelucho qualquer. A culpa não é dela, é sim da resolução conveniente que os senhores deputados aprovaram. Como ninguém tem fé neles, têm eles próprios. Um bocado pretensioso, mas enfim.

Pensando bem, a deputada Glória nem deveria ter sido obrigada a soprar no balão. Bastava, em resposta à tenebrosa pergunta do senhor agente "bebeu alguma coisa?", ter respondido "sim , bebi, Sr. agente. Dois shots de leite com mel" ."E álcool, consumiu?". "Sr. agente, sou abstémia, faça fé, palavra de deputada". "Palavra do Senhor" diria o polícia. Depois, juntar-se-ia aos restantes agentes e cantariam em conjunto "Aleluia, redimidos e livres; Vencemos no sangue do Cordeiro; Aleluia, Jesus vive e venceu; A vitória nos deu, Glória a Deus".

O balão serve para alguma coisa. O resultado do teste prova muitas vezes que a palavra dos condutores nem sempre deve fazer fé, mesmo que sejam deputados. E é pela mesma razão que os atestados médicos, obrigatórios para qualquer funcionário publico ou de uma entidade privada ou até para os miúdos da escola servem para que alguém imparcial ateste o "estado" da pessoa. Doente, saudável ou em modo Jorge Palma. Assim, não se generaliza a bandalheira, só a fazer "fé" no que este ou aquele diz.

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