Bar Velho Online: Hillary Clinton resiste!

21-01-2012
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Vitória e derrota previsíveis no Kentucky e no Oregon, respectivamente. Venceu no Kentucky com uma larga margem e o seu discurso parece longe de corresponder a uma desistência, se tivermos em conta a mensagem que enviou ontem aos seus apoiantes através da sua newsletter intitulada "A clear message", e onde não demonstra sinais de ceder à pressão feita pela comunicação social que apela à sua desistência em detrimento de Barack Obama, o candidato democrata levado ao colo pelos media. Depois de ter dado sinais de uma possível desistência, através do seu vídeo de agradecimento aos seus apoiantes, Clinton prepara-se para ir até ao fim, faltando apenas as primárias em três Estados.Continuo a insistir e a acreditar na candidatura de Hillary Clinton até ao fim, sobretudo pela insistência e garra que tem demonstrado mesmo com todas as adversidades que se lhe deparam. Não é fácil lutar contra um candidato populista, que é também o candidato da comunicação social. Não é fácil resistir à perda de apoios influenciados pelas pressões externas ao partido. Não é fácil ver a sua popularidade descer. Não tem sido fácil para Clinton e é a sua insistência e motivação que me fazem cada vez mais crer que será a candidata democrata mais bem posicionada para chegar à Presidência dos Estados Unidos. Tem projectos, tem iniciativas, tem carácter, tem agressividade, tem competência.Devo dizer também que não gosto deste modelo de votação das primárias, onde a maior parte dos Estados são alvo do efeito "boleia". Todos os Estados deveriam votar no mesmo dia, depois de algumas semanas de campanha por todo o território norte-americano. Só assim se consegue uma eleição justa e equitativa. A maior parte dos Estados onde Obama venceu foi fortemente influenciada pela sociedade de informação e pela "tal" vitória inicial no Iowa. A influência que é feita sobre as pessoas e o efeito que as vitórias e o protagonismo dado pela sociedade de informação, têm sobre o eleitorado, é elevado, ignorando os verdadeiros factos e competências a ter em conta relativamente aos candidatos. O modelo actual privilegia a influência feita pelos media e acaba por existir uma relação causa-efeito entre os resultados iniciais e os restantes até ao final das primárias. A possibilidade de independentes influenciarem os resultados das primárias permite a ocorrência de absurdos como republicanos a votar no democrata que mais dá jeito ao seu partido e vice-versa.Por fim, temos o próprio eleitorado americano. Porventura caberá na cabeça de alguém votar num candidato que se recuse visitar o meu Estado porque já tem esse Estado conquistado, ou já o perdeu, e opte por visitar outros Estados onde por vezes fica demasiado tempo? A campanha já dura há muito tempo e os Estados são muitos, mas nem por isso se justifica que um candidato prefira voltar ao mesmo local onde já esteve e onde já ganhou, ou prefira ficar mais tempo noutro Estado sabendo que tal não influenciará as votações.A propósito, aqui fica uma pergunta: onde está Al Gore?!


Vitória e derrota previsíveis no Kentucky e no Oregon, respectivamente. Venceu no Kentucky com uma larga margem e o seu discurso parece longe de corresponder a uma desistência, se tivermos em conta a mensagem que enviou ontem aos seus apoiantes através da sua newsletter intitulada "A clear message", e onde não demonstra sinais de ceder à pressão feita pela comunicação social que apela à sua desistência em detrimento de Barack Obama, o candidato democrata levado ao colo pelos media. Depois de ter dado sinais de uma possível desistência, através do seu vídeo de agradecimento aos seus apoiantes, Clinton prepara-se para ir até ao fim, faltando apenas as primárias em três Estados.Continuo a insistir e a acreditar na candidatura de Hillary Clinton até ao fim, sobretudo pela insistência e garra que tem demonstrado mesmo com todas as adversidades que se lhe deparam. Não é fácil lutar contra um candidato populista, que é também o candidato da comunicação social. Não é fácil resistir à perda de apoios influenciados pelas pressões externas ao partido. Não é fácil ver a sua popularidade descer. Não tem sido fácil para Clinton e é a sua insistência e motivação que me fazem cada vez mais crer que será a candidata democrata mais bem posicionada para chegar à Presidência dos Estados Unidos. Tem projectos, tem iniciativas, tem carácter, tem agressividade, tem competência.Devo dizer também que não gosto deste modelo de votação das primárias, onde a maior parte dos Estados são alvo do efeito "boleia". Todos os Estados deveriam votar no mesmo dia, depois de algumas semanas de campanha por todo o território norte-americano. Só assim se consegue uma eleição justa e equitativa. A maior parte dos Estados onde Obama venceu foi fortemente influenciada pela sociedade de informação e pela "tal" vitória inicial no Iowa. A influência que é feita sobre as pessoas e o efeito que as vitórias e o protagonismo dado pela sociedade de informação, têm sobre o eleitorado, é elevado, ignorando os verdadeiros factos e competências a ter em conta relativamente aos candidatos. O modelo actual privilegia a influência feita pelos media e acaba por existir uma relação causa-efeito entre os resultados iniciais e os restantes até ao final das primárias. A possibilidade de independentes influenciarem os resultados das primárias permite a ocorrência de absurdos como republicanos a votar no democrata que mais dá jeito ao seu partido e vice-versa.Por fim, temos o próprio eleitorado americano. Porventura caberá na cabeça de alguém votar num candidato que se recuse visitar o meu Estado porque já tem esse Estado conquistado, ou já o perdeu, e opte por visitar outros Estados onde por vezes fica demasiado tempo? A campanha já dura há muito tempo e os Estados são muitos, mas nem por isso se justifica que um candidato prefira voltar ao mesmo local onde já esteve e onde já ganhou, ou prefira ficar mais tempo noutro Estado sabendo que tal não influenciará as votações.A propósito, aqui fica uma pergunta: onde está Al Gore?!

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