A MÁSCARA CAIU…TROTSKY RESSUSCITOU

21-01-2012
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Folheando a edição de hoje do “Diário de Notícias” encontro a rubrica “Estado de Sítio” de António Ribeiro Ferreira a quem felicito pela lucidez na análise da personalidade do Dr. Francisco Louçã. Escreve: “esta campanha já teve um mérito. Desmascarou de vez a natureza do Bloco de Esquerda e dos seus principais dirigentes. O senhor Louçã já tinha dado alguns sinais do que lhe vai na cabeça nos debates parlamentares e nas muitas intervenções televisivas. Mas só agora, no debate com o líder do CDS a propósito do aborto, deixou cair de vez a máscara e mostrou a sua verdadeira face de Torquemada, familiar do Santo Ofício e de neofascista ao afirmar que só quem é pai ou mãe, isto é, quem já gerou vida, tem direito a discutir a questão. (…) João Teixeira Lopes, por exemplo, deputado da Nação eleito pelo Porto, acusou Paulo Portas de não ter uma vida coerente com os princípios conservadores que defende. Ou seja, para ser fiel aos seus princípios deveria constituir família e ter filhos. Bastam estes dois exemplos para se perceber o que seria Portugal com estes senhores a mandar. Bastam estes dois exemplos para se perceber que os meninos e meninas do Bloco de Esquerda não passam de neofascistas, que sonham com o dia em que, fardados de calções e camisinhas, com um bivaque na cabeça e uma braçadeira da brigada de valores, princípios e e costumes andariam por essas cidades, vilas e aldeias a verificar se as opiniões (…) estariam ou não de acordo com o seu estilo de vida. Os criminosos, sumariamente julgados (…, seriam imediatamente presos e enviados para um campo de reeducação (…). Os outros, os resistentes, os maus exemplos da sociedade pura imaginada por esses meninos e meninas, iriam directamente para terríveis campos de concentração dirigidos por Louçã, Lopes e companhia bloquista. Este cair de máscara do Bloco de Esquerda e dos seus dirigentes foi um autêntico soco no estômago de muitos apoiantes de tal organização, até agora classificada de extrema-esquerda.(…) O neofascismo vai a votos no dia 20 de Fevereiro.” (os negritos são da minha responsabilidade) Todavia, este texto, brilhante na apreciação do Dr. Louçã e de alguns membros do seu partido (todos não, haverá, há sei-o, gente boa no Bloco), não deve ser deixado passar sem alguns comentários. Caro Senhor António Ribeiro Ferreira, não posso deixar de lhe fazer alguns reparos: - a face que apareceu, sob a máscara, não é a de nenhum eclesiástico ou fascista (o maniqueísmo, de facto, conseguiu subverter a mente da maioria… incapazes de vislumbrar mal fora do fascismo…), mas a de Trotsky, não o político “simpático” que habitualmente nos tentam impingir, mas o sanguinário edificador do exército vermelho e incrementador das primeiras purgas soviéticas lideradas por Lenine; - não necessita (uma vez mais… maldito maniqueísmo…) de buscar uma menos feliz comparação com a Mocidade Portuguesa, pois poderá encontrar nos Pioneiros Comunistas, sem bivaque mas com lacinho, o modelo que procura. Aliás, correndo o risco de não estar completamente certo, não me ocorre nem na Mocidade, nem nos Baililas, nem na própria Juventude Hitleriana, a dignificação e exaltação de exemplo tão gratificante como o de Pavlik Morozov (ah, o saudoso camarada Pavlik, suspirarão alguns…). Para os mais jovens convém lembrar quem foi este personagem, elevado a herói da União Soviética por ter denunciado às autoridades o próprio pai que cometera o hediondo crime de … esconder cereais para alimentar a sua família. O pai morreu num gulag, mas tal é irrelevante para tão gloriosa personagem do comunismo… Isto é que era moral! Nada comparado com o hediondo fascismo, no comunismo como se vê abundavam as virtudes morais, e outras; - não entendo porque diz até agora classificada de extrema-esquerda. É o que é, e que deve continuar a ser, não neofascista (aí de novo o maniqueísmo…). Decerto, não obstante o maniqueísmo em que se movimenta, não ignorará os largos milhões de mortos da responsabilidade extrema-esquerda na União Soviética, na China, no Cambodja (acho que fico por aqui…), ou seriam todos esses regimes neofascistas e eu tenho andado equivocado? Na realidade sempre ouvi dizer que no comunismo se encontravam os amanhãs que cantam… portanto, todo o mal absoluto, qualquer que seja a camisola que vista, a bandeira que agite, a ideologia que professe, será sempre neofascista. Faz cá falta o saudoso Peça para dizer “e esta hein!” <>Humberto Nuno de Oliveira


Folheando a edição de hoje do “Diário de Notícias” encontro a rubrica “Estado de Sítio” de António Ribeiro Ferreira a quem felicito pela lucidez na análise da personalidade do Dr. Francisco Louçã. Escreve: “esta campanha já teve um mérito. Desmascarou de vez a natureza do Bloco de Esquerda e dos seus principais dirigentes. O senhor Louçã já tinha dado alguns sinais do que lhe vai na cabeça nos debates parlamentares e nas muitas intervenções televisivas. Mas só agora, no debate com o líder do CDS a propósito do aborto, deixou cair de vez a máscara e mostrou a sua verdadeira face de Torquemada, familiar do Santo Ofício e de neofascista ao afirmar que só quem é pai ou mãe, isto é, quem já gerou vida, tem direito a discutir a questão. (…) João Teixeira Lopes, por exemplo, deputado da Nação eleito pelo Porto, acusou Paulo Portas de não ter uma vida coerente com os princípios conservadores que defende. Ou seja, para ser fiel aos seus princípios deveria constituir família e ter filhos. Bastam estes dois exemplos para se perceber o que seria Portugal com estes senhores a mandar. Bastam estes dois exemplos para se perceber que os meninos e meninas do Bloco de Esquerda não passam de neofascistas, que sonham com o dia em que, fardados de calções e camisinhas, com um bivaque na cabeça e uma braçadeira da brigada de valores, princípios e e costumes andariam por essas cidades, vilas e aldeias a verificar se as opiniões (…) estariam ou não de acordo com o seu estilo de vida. Os criminosos, sumariamente julgados (…, seriam imediatamente presos e enviados para um campo de reeducação (…). Os outros, os resistentes, os maus exemplos da sociedade pura imaginada por esses meninos e meninas, iriam directamente para terríveis campos de concentração dirigidos por Louçã, Lopes e companhia bloquista. Este cair de máscara do Bloco de Esquerda e dos seus dirigentes foi um autêntico soco no estômago de muitos apoiantes de tal organização, até agora classificada de extrema-esquerda.(…) O neofascismo vai a votos no dia 20 de Fevereiro.” (os negritos são da minha responsabilidade) Todavia, este texto, brilhante na apreciação do Dr. Louçã e de alguns membros do seu partido (todos não, haverá, há sei-o, gente boa no Bloco), não deve ser deixado passar sem alguns comentários. Caro Senhor António Ribeiro Ferreira, não posso deixar de lhe fazer alguns reparos: - a face que apareceu, sob a máscara, não é a de nenhum eclesiástico ou fascista (o maniqueísmo, de facto, conseguiu subverter a mente da maioria… incapazes de vislumbrar mal fora do fascismo…), mas a de Trotsky, não o político “simpático” que habitualmente nos tentam impingir, mas o sanguinário edificador do exército vermelho e incrementador das primeiras purgas soviéticas lideradas por Lenine; - não necessita (uma vez mais… maldito maniqueísmo…) de buscar uma menos feliz comparação com a Mocidade Portuguesa, pois poderá encontrar nos Pioneiros Comunistas, sem bivaque mas com lacinho, o modelo que procura. Aliás, correndo o risco de não estar completamente certo, não me ocorre nem na Mocidade, nem nos Baililas, nem na própria Juventude Hitleriana, a dignificação e exaltação de exemplo tão gratificante como o de Pavlik Morozov (ah, o saudoso camarada Pavlik, suspirarão alguns…). Para os mais jovens convém lembrar quem foi este personagem, elevado a herói da União Soviética por ter denunciado às autoridades o próprio pai que cometera o hediondo crime de … esconder cereais para alimentar a sua família. O pai morreu num gulag, mas tal é irrelevante para tão gloriosa personagem do comunismo… Isto é que era moral! Nada comparado com o hediondo fascismo, no comunismo como se vê abundavam as virtudes morais, e outras; - não entendo porque diz até agora classificada de extrema-esquerda. É o que é, e que deve continuar a ser, não neofascista (aí de novo o maniqueísmo…). Decerto, não obstante o maniqueísmo em que se movimenta, não ignorará os largos milhões de mortos da responsabilidade extrema-esquerda na União Soviética, na China, no Cambodja (acho que fico por aqui…), ou seriam todos esses regimes neofascistas e eu tenho andado equivocado? Na realidade sempre ouvi dizer que no comunismo se encontravam os amanhãs que cantam… portanto, todo o mal absoluto, qualquer que seja a camisola que vista, a bandeira que agite, a ideologia que professe, será sempre neofascista. Faz cá falta o saudoso Peça para dizer “e esta hein!” <>Humberto Nuno de Oliveira

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