Educação: BE acusa direita de financiar escolas da 'Opus Dei' e Governo de apresentar falsos"rankings"

19-04-2015
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"Os rankings não pretendem esclarecer nada do ponto de vista da informação, pelo contrário, procuram criar uma mistificação gigantesca, criar uma fraude absoluta para confundir os pais, alunos e professores", criticou Francisco Louçã durante a sessão de encerramento do fórum "Educação pela igualdade", que decorreu em Lisboa.

De acordo com o líder bloquista, trata-se de uma "deturpação da liberdade de escolha" de pais e alunos em detrimento "dos representantes políticos da direita e da extrema direita", que classificou de "meros encarregados de negócios da privatização do ensino".

"Na verdade, liberdade de escolha existe desde sempre, é absolutamente possível a qualquer pai ou mãe escolher a escola para os seus filhos. O que verdadeiramente está em causa nesse projecto é outra coisa muito diferente: é tentar obrigar os contribuintes a financiarem escolas privadas e, nomeadamente, torná-las indiferentes em relação à obrigação de serviço público que a escola pública representa", considerou.

Se, considerou Louçã, "o objectivo é tão simples assim, é meramente conseguir alguns milhões orçamentais para o financiamento do ensino priivado para as escolas confessionais, mais vale tratar o assunto como ele tem que ser tratado".

Ou seja, "se a 'Opus Dei' quer dinheiro e se a direita e a extrema direita querem dinheiro para as escolas da 'Opus Dei', pois olhem por onde o dinheiro pode vir", disse.

E ironizou: "Jardim Gonçalves provou recentemente que é um homem de uma mesada extremamente generosa, bastaria que ele perfilhasse este projecto para resolver por inteiro as dificuldades de financiamento desta operação das escolas privadas".

Francisco Louçã não poupou críticas ao Governo de José Sócrates e acusou o ministério da tutela de instalar a "confusão" com a divulgação dos rankings das melhores escolas do país.

"Os rankings servem exclusivamente para esta operação ideológica e para esta confusão", salientou, atribuindo ao Ministério da Educação a responsabilidade na promoção do abandono escolar em Portugal.

"As escolas temem os resultados no fim do ano e esse efeito competitivo é o que leva a que muitos dos alunos que não têm resultados sejam empurrados para serem excluídos para que não estejam no dia do exame. O que é preciso é que não apareçam, porque se aparecerem a média pode ser prejudicada", frisou.

Em função deste processo "temos a irresponsabilidade para a exclusão", disse ainda.

Perante esta realidade apontada pelo Bloco de Esquerda, o líder referiu que o partido se sente "obrigado a apresentar uma proposta sobre a indisponibilidade da informação a que pais, estudantes e professores têm direito para saberem o resultados escolares em função daquilo que conta: o território, a região, o lugar, a estrutura social, o número de alunos levados a exame".

Esta é, segundo o BE, a única forma de "assumir o compromisso de usar essa informação para corrigir as distorções e para incentivar e actuar nas escolas que têm resultados mais eficientes".

SMS.

Lusa/Fim

"Os rankings não pretendem esclarecer nada do ponto de vista da informação, pelo contrário, procuram criar uma mistificação gigantesca, criar uma fraude absoluta para confundir os pais, alunos e professores", criticou Francisco Louçã durante a sessão de encerramento do fórum "Educação pela igualdade", que decorreu em Lisboa.

De acordo com o líder bloquista, trata-se de uma "deturpação da liberdade de escolha" de pais e alunos em detrimento "dos representantes políticos da direita e da extrema direita", que classificou de "meros encarregados de negócios da privatização do ensino".

"Na verdade, liberdade de escolha existe desde sempre, é absolutamente possível a qualquer pai ou mãe escolher a escola para os seus filhos. O que verdadeiramente está em causa nesse projecto é outra coisa muito diferente: é tentar obrigar os contribuintes a financiarem escolas privadas e, nomeadamente, torná-las indiferentes em relação à obrigação de serviço público que a escola pública representa", considerou.

Se, considerou Louçã, "o objectivo é tão simples assim, é meramente conseguir alguns milhões orçamentais para o financiamento do ensino priivado para as escolas confessionais, mais vale tratar o assunto como ele tem que ser tratado".

Ou seja, "se a 'Opus Dei' quer dinheiro e se a direita e a extrema direita querem dinheiro para as escolas da 'Opus Dei', pois olhem por onde o dinheiro pode vir", disse.

E ironizou: "Jardim Gonçalves provou recentemente que é um homem de uma mesada extremamente generosa, bastaria que ele perfilhasse este projecto para resolver por inteiro as dificuldades de financiamento desta operação das escolas privadas".

Francisco Louçã não poupou críticas ao Governo de José Sócrates e acusou o ministério da tutela de instalar a "confusão" com a divulgação dos rankings das melhores escolas do país.

"Os rankings servem exclusivamente para esta operação ideológica e para esta confusão", salientou, atribuindo ao Ministério da Educação a responsabilidade na promoção do abandono escolar em Portugal.

"As escolas temem os resultados no fim do ano e esse efeito competitivo é o que leva a que muitos dos alunos que não têm resultados sejam empurrados para serem excluídos para que não estejam no dia do exame. O que é preciso é que não apareçam, porque se aparecerem a média pode ser prejudicada", frisou.

Em função deste processo "temos a irresponsabilidade para a exclusão", disse ainda.

Perante esta realidade apontada pelo Bloco de Esquerda, o líder referiu que o partido se sente "obrigado a apresentar uma proposta sobre a indisponibilidade da informação a que pais, estudantes e professores têm direito para saberem o resultados escolares em função daquilo que conta: o território, a região, o lugar, a estrutura social, o número de alunos levados a exame".

Esta é, segundo o BE, a única forma de "assumir o compromisso de usar essa informação para corrigir as distorções e para incentivar e actuar nas escolas que têm resultados mais eficientes".

SMS.

Lusa/Fim

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