Louçã acusa Passos de ter declarado guerra aos portugueses

17-10-2012
marcar artigo

Louçã acusou hoje o primeiro-ministro de ter declarado "guerra aos portugueses" e considerou que estes "merecem defender-se".

"O senhor declarou guerra aos portugueses e os portugueses merecem defender-se, em nome de Portugal", afirmou Francisco Louçã no debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento.

O líder bloquista contestou que o primeiro-ministro use a expressão "devolução" de um dos subsídios aos funcionários da administração pública.

"Os portugueses sabem hoje, quem vive neste país sabe, que vai pagar mais impostos para haver mais dívida. Esta política não tem nenhum sentido, nenhum sentido. Mais recessão e mais dívida é mais desespero para as pessoas. E era o que faltava que o Governo lhes dissesse que lhes vai fazer um favor ao pagar ordenados do trabalho das pessoas, reformas da vida das pessoas", afirmou.

Segundo Louçã, o primeiro-ministro está a insultar as pessoas "a quem quer tirar tudo, a esperança, o apoio aos filhos, o acesso à saúde, o direito a usar aquilo que é de todos", dizendo-lhes que "o Governo lhes faz um favor".

"O senhor primeiro-ministro vem-nos dizer que está a devolver aquilo que não é seu, o senhor não devolve nada. Paga-se às pessoas o seu trabalho, é delas, não é do Governo", sublinhou.

Segundo Louçã, essa atitude compara Passos Coelho a um homem que "é assaltado na rua por um meliante que lhe tira a carteira, e diz 'que sorte, ele devolveu-me o relógio'".

Na resposta, Passos Coelho afirmou que "o Governo não tem nem deixa de ter generosidade quando diz que devolve subsídios". "De resto, eu próprio tive ocasião de dizer publicamente, na concertação social, que o facto de termos de substituir a medida da TSU, implicando a devolução de subsídios não resolveria o problema subjacente da poupança de despesa que eles traziam implícito", sublinhou.

Desafiado por Louçã a pronunciar-se sobre como o Governo prevê o efeito das medidas contidas no Orçamento, o primeiro-ministro respondeu que essas previsões estão no "cenário macroeconómico, que acompanha o Orçamento".

"Mas quero-lhe dizer de forma muito directa que o Governo assumiu uma decisão que tem custos", acrescentou, sublinhando que o objectivo é não pedir um segundo resgate e para isso "cobrir a diferença de financiamento entre poupanças adicionais de despesa e agravamento fiscal".

"O retorno, portanto, que nós esperamos desta decisão é justamente esse, livrarmo-nos da 'troika' mais cedo", sublinhou.

Louçã acusou hoje o primeiro-ministro de ter declarado "guerra aos portugueses" e considerou que estes "merecem defender-se".

"O senhor declarou guerra aos portugueses e os portugueses merecem defender-se, em nome de Portugal", afirmou Francisco Louçã no debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento.

O líder bloquista contestou que o primeiro-ministro use a expressão "devolução" de um dos subsídios aos funcionários da administração pública.

"Os portugueses sabem hoje, quem vive neste país sabe, que vai pagar mais impostos para haver mais dívida. Esta política não tem nenhum sentido, nenhum sentido. Mais recessão e mais dívida é mais desespero para as pessoas. E era o que faltava que o Governo lhes dissesse que lhes vai fazer um favor ao pagar ordenados do trabalho das pessoas, reformas da vida das pessoas", afirmou.

Segundo Louçã, o primeiro-ministro está a insultar as pessoas "a quem quer tirar tudo, a esperança, o apoio aos filhos, o acesso à saúde, o direito a usar aquilo que é de todos", dizendo-lhes que "o Governo lhes faz um favor".

"O senhor primeiro-ministro vem-nos dizer que está a devolver aquilo que não é seu, o senhor não devolve nada. Paga-se às pessoas o seu trabalho, é delas, não é do Governo", sublinhou.

Segundo Louçã, essa atitude compara Passos Coelho a um homem que "é assaltado na rua por um meliante que lhe tira a carteira, e diz 'que sorte, ele devolveu-me o relógio'".

Na resposta, Passos Coelho afirmou que "o Governo não tem nem deixa de ter generosidade quando diz que devolve subsídios". "De resto, eu próprio tive ocasião de dizer publicamente, na concertação social, que o facto de termos de substituir a medida da TSU, implicando a devolução de subsídios não resolveria o problema subjacente da poupança de despesa que eles traziam implícito", sublinhou.

Desafiado por Louçã a pronunciar-se sobre como o Governo prevê o efeito das medidas contidas no Orçamento, o primeiro-ministro respondeu que essas previsões estão no "cenário macroeconómico, que acompanha o Orçamento".

"Mas quero-lhe dizer de forma muito directa que o Governo assumiu uma decisão que tem custos", acrescentou, sublinhando que o objectivo é não pedir um segundo resgate e para isso "cobrir a diferença de financiamento entre poupanças adicionais de despesa e agravamento fiscal".

"O retorno, portanto, que nós esperamos desta decisão é justamente esse, livrarmo-nos da 'troika' mais cedo", sublinhou.

marcar artigo