"É um jogo descontrolado e de culpabilizações"

16-08-2014
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No seu espaço de comentário semanal,’Tabu’, na Sic Notícias, Francisco Louçã abordou a notícia que surgiu sobre a auditoria forense realizada pela Deloitte ao Montepio Geral e falou ainda sobre toda a situação que envolve o BES.

Em relação ao Montepio Geral, o antigo líder do Bloco de Esquerda explicou que pouco se sabe sobre estas auditorias. "Carlos Costa já tinha anunciado que existiriam três auditorias em curso. No caso do Montepio Geral haviam algumas investigações. Neste caso estamos a falar de 150 milhões de euros ligados ao BES. É muito, estamos a falar de um pequeno banco".

Sobre o 'grande' tema da atualidade para Francisco Louçã o caso BES "chama a atenção para a enorme vulnerabilidade do sistema português. O BES tinha um grupo muito diversificado e foi cruzando interesses com outras partes do sistema financeiro, hoje existe um risco sistémico. Tal se pode analisar pela queda da bolsa de valores, em dez mil milhões de euros. Vimos que o BCP caiu tanto como o BES. É necessária uma reconsolidação do conjunto do sistema bancário para ter a certeza que não há este lixo toxico", garantiu Louçã.

"Tudo isto começou muito mal, a 1 de agosto, agora sabemos que o Banco Central Europeu (BCE) exigiu a devolução imediata de dez mil milhões e o Banco de Portugal (BdP) teve de intervir. Há uma sucessão de problemas institucionais", explica o antigo líder do Bloco de Esquerda.

Sobre a atuação do Banco de Portugal, para Francisco Louçã quem está a gerir todo o processo é o Banco de Portugal. "O poder absoluto do BdP é o ponto de partida. Determinou até que contas dos familiares iriam ser congeladas, tomou todas as decisões que queria, e que ativos passariam de um banco para o outro. E ainda, se a dívida e o crédito ao BES Angola fica no Novo Banco ou no mau, caso seja perdido isto vai ser prejudicial para o Novo Banco".

Sobre a posição de Vítor Bento, para Louçã, este está a tentar gerir um banco "cujos contornos ele não sabe quais são. O conjunto do sistema bancário precisa de ser livrar do lixo tóxico e tornar-se mais robusto".

E o futuro do Novo Banco? Esta é a questão que se coloca de seguida. Para Louçã, a solução passa pela criação de uma nova marca, de um novo nome e pelo abandono de tudo o que lhe ligar ao Espírito Santo.

Quanto ao empréstimo de 900 milhões à Rioforte e o conhecimento deste empréstimo. Louça questiona quem terá divulgado os emails trocados entre Ricardo Salgado e a Oi? E qual é o maior interessado? Para Francisco Louçã é Ricardo Salgado. "Isto é um jogo descontrolado, de culpabilizações, um nevoeiro completo e isto levou a que já não haja uma fusão entre a PT e a empresa brasileira, Oi. Na realidade, a PT vai ser absorvida pela Oi, em condições muito mais desfavoráveis. É um dos piores resultados disto tudo".

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O Notícias ao Minuto é um dos nomeados da edição de 2022 dos Prémios Marketeer, na categoria de Digital Media. As votações decorrem até ao próximo dia 31 de maio.

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Sobre o 'grande' tema da atualidade para Francisco Louçã o caso BES "chama a atenção para a enorme vulnerabilidade do sistema português. O BES tinha um grupo muito diversificado e foi cruzando interesses com outras partes do sistema financeiro, hoje existe um risco sistémico. Tal se pode analisar pela queda da bolsa de valores, em dez mil milhões de euros. Vimos que o BCP caiu tanto como o BES. É necessária uma reconsolidação do conjunto do sistema bancário para ter a certeza que não há este lixo toxico", garantiu Louçã.

"Tudo isto começou muito mal, a 1 de agosto, agora sabemos que o Banco Central Europeu (BCE) exigiu a devolução imediata de dez mil milhões e o Banco de Portugal (BdP) teve de intervir. Há uma sucessão de problemas institucionais", explica o antigo líder do Bloco de Esquerda.

Sobre a atuação do Banco de Portugal, para Francisco Louçã quem está a gerir todo o processo é o Banco de Portugal. "O poder absoluto do BdP é o ponto de partida. Determinou até que contas dos familiares iriam ser congeladas, tomou todas as decisões que queria, e que ativos passariam de um banco para o outro. E ainda, se a dívida e o crédito ao BES Angola fica no Novo Banco ou no mau, caso seja perdido isto vai ser prejudicial para o Novo Banco".

Sobre a posição de Vítor Bento, para Louçã, este está a tentar gerir um banco "cujos contornos ele não sabe quais são. O conjunto do sistema bancário precisa de ser livrar do lixo tóxico e tornar-se mais robusto".

E o futuro do Novo Banco? Esta é a questão que se coloca de seguida. Para Louçã, a solução passa pela criação de uma nova marca, de um novo nome e pelo abandono de tudo o que lhe ligar ao Espírito Santo.

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