Francisco Louçã abandona liderança do Bloco de Esquerda

24-04-2015
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“É tempo de uma renovação”, afirma Francisco Louçã numa carta aos apoiantes do Bloco de Esquerda publicada no Facebook . “Decidi que na próxima Convenção, no termo do meu mandato como porta-voz do Bloco, não me recandidatarei a essa função”, após "treze anos" ter dado "tudo o que podia e sabia" ao movimento, acrescentou.

O jornal “Público” diz que Francisco Louçã deverá sugerir que João Semedo e Catarina Martins assumam a liderança do partido. O líder do BE, apesar de não revelar nomes na carta publicada no Facebook, fala de uma liderança bicéfala, algo proposto inicialmente por Miguel Portas.

“Fiz uma única sugestão: que a nova representação do Bloco seja assegurada por um homem e uma mulher. Sei que aparecerá o argumento de que isto não é tradicional e que este modelo, que entre nós foi proposto pelo Miguel Portas, é demasiado inovador. Penso o contrário: a renovação de estilos de liderança com a representação de homens e mulheres - já estamos no século XXI -, é o caminho normal da esquerda. Temos quem assegure esta capacidade de liderança. Como noutros partidos europeus, este modelo acentua o trabalho colectivo na direcção e no movimento e é assim que nos fazemos mais fortes.”

Esta será uma ideia que estará a gerar alguma polémica, já que alguns membros das correntes internas da UDP, afecta a Fazenda, e Política XXI, cujo principal rosto era o de Portas, não estão de acordo com este modelo, adianta o “Público”.

“Determina-me a minha concepção pessoal do princípio republicano: na vida política, é preciso saber que o exercício de uma responsabilidade mais intensa tem sempre um tempo e que, numa luta colectiva, dar lugar aos outros é das decisões mais dignas a que somos chamados. A renovação da direcção faz o Bloco mais forte”, sublinha.

O “Público” adianta ainda que Luís Fazenda, actual líder parlamentar, também deixará a direcção da bancada. O jornal diz que este lugar poderá ser ocupado por Pedro Filipe Soares.

A Convenção do Bloco de Esquerda decorre nos dias 10 e 11 de Novembro, e será nessa altura que Francisco Louçã abandonará a liderança do partido.

Francisco Louçã faz, na carta dirigida aos apoiantes, um balanço da sua liderança, que durou dois mandatos, recordando as lutas que encetaram e agradece aos fundadores do partido, Luís Fazenda e o Fernando Rosas.

Louçã sublinha que não se trata de uma despedida, porque o ainda líder do BE diz que não faltará “a nenhuma das lutas a que a imaginação, a fidelidade aos valores de esquerda, a defesa do trabalho, a cultura da solidariedade” vai levar estes responsáveis.

“É assim que gosto de viver. Intensamente, incansavelmente, sem nunca desistir.” É assim que termina a carta enviada aos apoiantes do partido.

“É tempo de uma renovação”, afirma Francisco Louçã numa carta aos apoiantes do Bloco de Esquerda publicada no Facebook . “Decidi que na próxima Convenção, no termo do meu mandato como porta-voz do Bloco, não me recandidatarei a essa função”, após "treze anos" ter dado "tudo o que podia e sabia" ao movimento, acrescentou.

O jornal “Público” diz que Francisco Louçã deverá sugerir que João Semedo e Catarina Martins assumam a liderança do partido. O líder do BE, apesar de não revelar nomes na carta publicada no Facebook, fala de uma liderança bicéfala, algo proposto inicialmente por Miguel Portas.

“Fiz uma única sugestão: que a nova representação do Bloco seja assegurada por um homem e uma mulher. Sei que aparecerá o argumento de que isto não é tradicional e que este modelo, que entre nós foi proposto pelo Miguel Portas, é demasiado inovador. Penso o contrário: a renovação de estilos de liderança com a representação de homens e mulheres - já estamos no século XXI -, é o caminho normal da esquerda. Temos quem assegure esta capacidade de liderança. Como noutros partidos europeus, este modelo acentua o trabalho colectivo na direcção e no movimento e é assim que nos fazemos mais fortes.”

Esta será uma ideia que estará a gerar alguma polémica, já que alguns membros das correntes internas da UDP, afecta a Fazenda, e Política XXI, cujo principal rosto era o de Portas, não estão de acordo com este modelo, adianta o “Público”.

“Determina-me a minha concepção pessoal do princípio republicano: na vida política, é preciso saber que o exercício de uma responsabilidade mais intensa tem sempre um tempo e que, numa luta colectiva, dar lugar aos outros é das decisões mais dignas a que somos chamados. A renovação da direcção faz o Bloco mais forte”, sublinha.

O “Público” adianta ainda que Luís Fazenda, actual líder parlamentar, também deixará a direcção da bancada. O jornal diz que este lugar poderá ser ocupado por Pedro Filipe Soares.

A Convenção do Bloco de Esquerda decorre nos dias 10 e 11 de Novembro, e será nessa altura que Francisco Louçã abandonará a liderança do partido.

Francisco Louçã faz, na carta dirigida aos apoiantes, um balanço da sua liderança, que durou dois mandatos, recordando as lutas que encetaram e agradece aos fundadores do partido, Luís Fazenda e o Fernando Rosas.

Louçã sublinha que não se trata de uma despedida, porque o ainda líder do BE diz que não faltará “a nenhuma das lutas a que a imaginação, a fidelidade aos valores de esquerda, a defesa do trabalho, a cultura da solidariedade” vai levar estes responsáveis.

“É assim que gosto de viver. Intensamente, incansavelmente, sem nunca desistir.” É assim que termina a carta enviada aos apoiantes do partido.

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