Presidente da Metro Mondego anuncia demissão na sequência do Orçamento

01-07-2011
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Em conferência de imprensa, Álvaro Maia Seco adiantou que vai apresentar amanhã a demissão ao presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego, Carlos Encarnação, e acusou o Governo de “irresponsabilidade e incompetência”. No OE para 2011, entregue ontem na Assembleia da República, é referido que o Governo vai preparar "uma solução de extinção e integração da Metro Mondego, S.A. na Refer que salvaguarde a promoção do seu objecto social".

A sociedade MM é responsável pelo sistema de metro ligeiro de superfície nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, cujas obras arrancaram no início do ano no ramal da Lousã, entre Serpins e Alto de São João (Coimbra), com duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros. Criada oficialmente em 1996, a sociedade é constituída pelos accionistas Estado, com 53 por cento do capital, municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, cada um com 14 por cento, e Refer e CP, ambas com 2,5 por cento cada.

“De uma forma incompetente, irresponsável e cínica e demonstrando um total desrespeito pelos cidadãos da Lousã, Miranda do Corvo, e genericamente pelos cidadãos da ‘província’, o Governo feriu de morte o projecto do metro ligeiro do Mondego”, disse Álvaro Maia Seco aos jornalistas, numa declaração em que chegou a emocionar-se. Professor universitário e vereador da Câmara de Coimbra, eleito pelo PS, o ainda presidente da sociedade afirmou que a extinção da Metro Mondego “só não é incompreensível se houver uma intenção clara de acabar com a implementação na região de Coimbra de um sistema integrado de mobilidade suburbana e urbana baseado na ferrovia ligeira”.

A Refer "não tem nenhuma vocação para implementar e muito menos gerir um sistema deste tipo: a Refer é uma competente gestora de infra-estruturas, não é uma gestora e muito menos uma exploradora de sistemas e transportes”, sublinhou. Para Álvaro Maia Seco, que presidiu nos últimos três anos à Metro Mondego, “este não pode ser o único projecto que está em pleno desenvolvimento no país a ser abruptamente abandonado”, considerando uma “irresponsabilidade deitar para o ‘lixo’ um projecto relevante onde já foram investidas muitas dezenas de milhões de euros”.

“Não se podendo ignorar a grave crise económico-financeira em que vivemos, o PEC não pode, em qualquer caso, ser ‘cego’ e justificar tudo, e neste caso pôr em causa um projecto fulcral para Coimbra”, acrescentou. Álvaro Maia Seco não poupou críticas ao secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, que considera ter tido uma “atitude irresponsável”, e lamentou a sua “falta de profissionalismo e de ética ao não se dignar informar previamente as Câmaras, parceiras de projecto, nem o presidente da empresa, sobre as suas intenções”.

Doutorado em Transportes pela Universidade de Leeds (Inglaterra), Álvaro Maia Seco é professor na Universidade de Coimbra, onde orienta os mestrados e doutoramentos na área da engenharia dos transportes, e foi responsável por diversos estudos de tráfego e mobilidade, nomeadamente de Viseu, Leiria, Setúbal e Coimbra.

Em conferência de imprensa, Álvaro Maia Seco adiantou que vai apresentar amanhã a demissão ao presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego, Carlos Encarnação, e acusou o Governo de “irresponsabilidade e incompetência”. No OE para 2011, entregue ontem na Assembleia da República, é referido que o Governo vai preparar "uma solução de extinção e integração da Metro Mondego, S.A. na Refer que salvaguarde a promoção do seu objecto social".

A sociedade MM é responsável pelo sistema de metro ligeiro de superfície nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, cujas obras arrancaram no início do ano no ramal da Lousã, entre Serpins e Alto de São João (Coimbra), com duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros. Criada oficialmente em 1996, a sociedade é constituída pelos accionistas Estado, com 53 por cento do capital, municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, cada um com 14 por cento, e Refer e CP, ambas com 2,5 por cento cada.

“De uma forma incompetente, irresponsável e cínica e demonstrando um total desrespeito pelos cidadãos da Lousã, Miranda do Corvo, e genericamente pelos cidadãos da ‘província’, o Governo feriu de morte o projecto do metro ligeiro do Mondego”, disse Álvaro Maia Seco aos jornalistas, numa declaração em que chegou a emocionar-se. Professor universitário e vereador da Câmara de Coimbra, eleito pelo PS, o ainda presidente da sociedade afirmou que a extinção da Metro Mondego “só não é incompreensível se houver uma intenção clara de acabar com a implementação na região de Coimbra de um sistema integrado de mobilidade suburbana e urbana baseado na ferrovia ligeira”.

A Refer "não tem nenhuma vocação para implementar e muito menos gerir um sistema deste tipo: a Refer é uma competente gestora de infra-estruturas, não é uma gestora e muito menos uma exploradora de sistemas e transportes”, sublinhou. Para Álvaro Maia Seco, que presidiu nos últimos três anos à Metro Mondego, “este não pode ser o único projecto que está em pleno desenvolvimento no país a ser abruptamente abandonado”, considerando uma “irresponsabilidade deitar para o ‘lixo’ um projecto relevante onde já foram investidas muitas dezenas de milhões de euros”.

“Não se podendo ignorar a grave crise económico-financeira em que vivemos, o PEC não pode, em qualquer caso, ser ‘cego’ e justificar tudo, e neste caso pôr em causa um projecto fulcral para Coimbra”, acrescentou. Álvaro Maia Seco não poupou críticas ao secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, que considera ter tido uma “atitude irresponsável”, e lamentou a sua “falta de profissionalismo e de ética ao não se dignar informar previamente as Câmaras, parceiras de projecto, nem o presidente da empresa, sobre as suas intenções”.

Doutorado em Transportes pela Universidade de Leeds (Inglaterra), Álvaro Maia Seco é professor na Universidade de Coimbra, onde orienta os mestrados e doutoramentos na área da engenharia dos transportes, e foi responsável por diversos estudos de tráfego e mobilidade, nomeadamente de Viseu, Leiria, Setúbal e Coimbra.

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