Água em Pó: Ainda o concurso para a atribuição do prémio "Most frequent flyer" da TAP

20-01-2012
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Ainda não tinha abordado entre vós a questão das presidenciais, Aliás, como vos disse no post de aniversário, a política portuguesa provoca-me tudo menos vontade de comentar e participar, tal é o marasmo de ideias que a circunda.

Hoje abro uma excepção para abordar a questão das presidenciais. E para dizer porque é que não concordo com a escolha do Marinho Bochechas, a bem da vitória da esquerda.

A direita há muito que tem um candidato escolhido, o boliqueimense (ou boliqueimeiro, não sei e não perguntem...) A.A. Cavaco Silva, cujo perifl é conhecido de todos os portugueses, e cujo jogo subliminar do "é candidato, não é candidato" tem-no transformado numa espécie de guloseima desejada pela criançada farta do chocolate espanhol que tem sido os últimos seis anos de exercício legislativo.

Por seu turno, o PS queria empurrar António "lábios amazónicos" Guterres para a corrida a Belém. Contudo o sr. Eng. preferiu um papel mais à sua medida, o de "menos coitadinho entre os coitadinhos", i.e., Alto Comissário da ONU para os refugiados (será que a malta do Cacém e de Miratejo também é abrangida?), furtando-se ao confronto com o mais impagável comedor de bolo-rei da política portuguesa.

E quem veio depois? O PS (não confundir com PCP e BE) começou a pensar em nomes: Ferro, Alegre e lá ao longe, aquele que já devia estar a calçar as pantufas e tomar uns comprimidos azuis para contentar a sua Maria, o mais célebre habitante da Praia do Vau, o sôr Mário Soares.

O Ferro demarcou-se logo, o Alegre declarou-se disponível para ajudar o PS (como sempre o fez), e, para espanto da opinião pública, o Marinho também se adianta! E não é que é ele que fica como candidato?

Pessoalmente, acho que foi uma grande traição que fizeram ao Alegre. E uma péssima manobra política. E porquê? Porque a população, apesar de gostar muito do Soares (retornados não incluídos), já acha que ele devia estar afastado destas lides (mais a mais, ganhando uma excelente reforma) não indo depositar o seu voto num octogenário. Pelo menos parte do eleitorado irá agir assim.

Mas a grande burrada do PS reside no facto de eles não terem pensado nos votos do PCP. Os comunistas representam pelo menos 10% do eleitorado, e poderão vir a ser decisivos. Alegre sempre defendeu uma maior aproximação à esquerda do PS, enquanto Soares foi sempre uma das "bête-noire" dos comunistas portugueses. Pelo outro factor atrás referido, e caso os comunistas não retirem o seu candidato (a minha aposta vai para Francisco Lopes), então o PS vai-se ver em palpos de aranha para ganhar as presidenciais.

Portanto, caríssimos Sócrates, Vitorino e Coelho, atendam este meu pedido, já que eu não quero o Cavaco como presidente. Ponham o Alegre como candidato em vez do Marinho. Ele fica melhor na Praia do Vau do que em Belém.

Ainda não tinha abordado entre vós a questão das presidenciais, Aliás, como vos disse no post de aniversário, a política portuguesa provoca-me tudo menos vontade de comentar e participar, tal é o marasmo de ideias que a circunda.

Hoje abro uma excepção para abordar a questão das presidenciais. E para dizer porque é que não concordo com a escolha do Marinho Bochechas, a bem da vitória da esquerda.

A direita há muito que tem um candidato escolhido, o boliqueimense (ou boliqueimeiro, não sei e não perguntem...) A.A. Cavaco Silva, cujo perifl é conhecido de todos os portugueses, e cujo jogo subliminar do "é candidato, não é candidato" tem-no transformado numa espécie de guloseima desejada pela criançada farta do chocolate espanhol que tem sido os últimos seis anos de exercício legislativo.

Por seu turno, o PS queria empurrar António "lábios amazónicos" Guterres para a corrida a Belém. Contudo o sr. Eng. preferiu um papel mais à sua medida, o de "menos coitadinho entre os coitadinhos", i.e., Alto Comissário da ONU para os refugiados (será que a malta do Cacém e de Miratejo também é abrangida?), furtando-se ao confronto com o mais impagável comedor de bolo-rei da política portuguesa.

E quem veio depois? O PS (não confundir com PCP e BE) começou a pensar em nomes: Ferro, Alegre e lá ao longe, aquele que já devia estar a calçar as pantufas e tomar uns comprimidos azuis para contentar a sua Maria, o mais célebre habitante da Praia do Vau, o sôr Mário Soares.

O Ferro demarcou-se logo, o Alegre declarou-se disponível para ajudar o PS (como sempre o fez), e, para espanto da opinião pública, o Marinho também se adianta! E não é que é ele que fica como candidato?

Pessoalmente, acho que foi uma grande traição que fizeram ao Alegre. E uma péssima manobra política. E porquê? Porque a população, apesar de gostar muito do Soares (retornados não incluídos), já acha que ele devia estar afastado destas lides (mais a mais, ganhando uma excelente reforma) não indo depositar o seu voto num octogenário. Pelo menos parte do eleitorado irá agir assim.

Mas a grande burrada do PS reside no facto de eles não terem pensado nos votos do PCP. Os comunistas representam pelo menos 10% do eleitorado, e poderão vir a ser decisivos. Alegre sempre defendeu uma maior aproximação à esquerda do PS, enquanto Soares foi sempre uma das "bête-noire" dos comunistas portugueses. Pelo outro factor atrás referido, e caso os comunistas não retirem o seu candidato (a minha aposta vai para Francisco Lopes), então o PS vai-se ver em palpos de aranha para ganhar as presidenciais.

Portanto, caríssimos Sócrates, Vitorino e Coelho, atendam este meu pedido, já que eu não quero o Cavaco como presidente. Ponham o Alegre como candidato em vez do Marinho. Ele fica melhor na Praia do Vau do que em Belém.

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