VALE A PENA LUTAR !: Na véspera do 33º aniversário do 25 de Abril

24-01-2012
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Por concordar com o seu conteúdo, execepto na parte em que o autor recusa a evidência de ser um herói - a exemplo do João Honrado, com quem partilha a foto - reproduzo, mesmo sem ter pedido prévia licença, o texto que retirei do anónimo séc. xxi."Para nós, comunistas, o 25 de Abril de cada ano é, sempre, uma Festa de Unidade. Para os comunistas, para o seu Partido, o 25 de Abril não é uma data partidária. Porque sabemos que ninguém tem o monopólio desse momento histórico da conquista da liberdade e da democracia para o nosso Povo. Pelo nosso Povo.Terá havido, nalguns episódios destes 33 anos, militantes nossos – ou quem então o era precariamente, em percursos das suas carreiras políticas pessoais – que, em nome do Partido Comunista, tenha tomado posições não coincidentes, ou não coerentes, com o que é a posição dos comunistas sobre o 25 de Abril.Mas, sendo uma Festa de Unidade, não deixamos que dela nos excluam em quaisquer comemorações que se apresentem, ao Povo, como sendo do 25 de Abril de todos.O 25 de Abril é o culminar de uma resistência de 48 anos. Ao fascismo e ao colonialismo. Que fizemos como mais ninguém a fez. Porque quando outros deixavam de ser o que eram, nós continuámos a ser o que sempre fomos, na luta que clandestina teve de passar a ser. Duríssima. Durante 48 anos! Resistência em que, sabemos!, nunca estivemos sozinhos! Por isso, não deixamos que nos excluam dos 25 dos sucessivos Abris. Por isso, não nos oferecemos nem aceitamos convites para participar em comemorações que, dizendo-se do 25 de Abril, não o são porque ou nos excluem ou nos subalternizam. Queremos apagar-nos em unidade mas não consentimos que nos apaguem como meros figurantes em comemorações de figurões e protagonistas contumazes.Recusarem-se, sistematicamente, em comissões de unidade que integramos, as nossas propostas e quererem impor propostas que não têm o nosso acordo, acusando-nos sempre de ser nossa a responsabilidade da falta de consensualidades, é fazer o mal e a caramunha. Que denunciamos. Pessoalmente, em Ourém, lembro a linda festa que foram as comemorações dos 10 anos do 25 de Abril, nos Bombeiros, em que trabalhámos mais do que ninguém mas que não foi uma festa (só) nossa, e tenho pena que não se tivesse repetido porque se privilegiam comemorações partidárias e “oficiais”, onde talvez nos concedessem participação enquanto tolerados ou convidados, eventualmente de honra, se a tal nos propuséssemos ou estivéssemos disponíveis.Pessoalmente, sei que não fui um herói do 25 de Abril. Aliás, de nada fui ou serei herói. Mas não deixo que se esqueça que, com comunistas e com não comunistas, fui libertado das masmorras da PIDE, de Caxias, quando o Povo Português foi libertado e se libertou. Para mim, o 25 de Abril é, e sempre será, uma Festa de encontros e de abertura de caminhos de unidade. Porque só assim a Liberdade e a Democracia serão – ou poderão vir a ser – plenas. Do Povo que somos todos."Sérgio Ribeiroanónimo séc.xxi


Por concordar com o seu conteúdo, execepto na parte em que o autor recusa a evidência de ser um herói - a exemplo do João Honrado, com quem partilha a foto - reproduzo, mesmo sem ter pedido prévia licença, o texto que retirei do anónimo séc. xxi."Para nós, comunistas, o 25 de Abril de cada ano é, sempre, uma Festa de Unidade. Para os comunistas, para o seu Partido, o 25 de Abril não é uma data partidária. Porque sabemos que ninguém tem o monopólio desse momento histórico da conquista da liberdade e da democracia para o nosso Povo. Pelo nosso Povo.Terá havido, nalguns episódios destes 33 anos, militantes nossos – ou quem então o era precariamente, em percursos das suas carreiras políticas pessoais – que, em nome do Partido Comunista, tenha tomado posições não coincidentes, ou não coerentes, com o que é a posição dos comunistas sobre o 25 de Abril.Mas, sendo uma Festa de Unidade, não deixamos que dela nos excluam em quaisquer comemorações que se apresentem, ao Povo, como sendo do 25 de Abril de todos.O 25 de Abril é o culminar de uma resistência de 48 anos. Ao fascismo e ao colonialismo. Que fizemos como mais ninguém a fez. Porque quando outros deixavam de ser o que eram, nós continuámos a ser o que sempre fomos, na luta que clandestina teve de passar a ser. Duríssima. Durante 48 anos! Resistência em que, sabemos!, nunca estivemos sozinhos! Por isso, não deixamos que nos excluam dos 25 dos sucessivos Abris. Por isso, não nos oferecemos nem aceitamos convites para participar em comemorações que, dizendo-se do 25 de Abril, não o são porque ou nos excluem ou nos subalternizam. Queremos apagar-nos em unidade mas não consentimos que nos apaguem como meros figurantes em comemorações de figurões e protagonistas contumazes.Recusarem-se, sistematicamente, em comissões de unidade que integramos, as nossas propostas e quererem impor propostas que não têm o nosso acordo, acusando-nos sempre de ser nossa a responsabilidade da falta de consensualidades, é fazer o mal e a caramunha. Que denunciamos. Pessoalmente, em Ourém, lembro a linda festa que foram as comemorações dos 10 anos do 25 de Abril, nos Bombeiros, em que trabalhámos mais do que ninguém mas que não foi uma festa (só) nossa, e tenho pena que não se tivesse repetido porque se privilegiam comemorações partidárias e “oficiais”, onde talvez nos concedessem participação enquanto tolerados ou convidados, eventualmente de honra, se a tal nos propuséssemos ou estivéssemos disponíveis.Pessoalmente, sei que não fui um herói do 25 de Abril. Aliás, de nada fui ou serei herói. Mas não deixo que se esqueça que, com comunistas e com não comunistas, fui libertado das masmorras da PIDE, de Caxias, quando o Povo Português foi libertado e se libertou. Para mim, o 25 de Abril é, e sempre será, uma Festa de encontros e de abertura de caminhos de unidade. Porque só assim a Liberdade e a Democracia serão – ou poderão vir a ser – plenas. Do Povo que somos todos."Sérgio Ribeiroanónimo séc.xxi

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