Cavaco Silva
Cavaco vence à primeira volta com menos percentagem e número de votos do que qualquer outro presidente da república reeleito*. Por comparação com as últimas eleições perde mais de meio milhão de votos, ainda que vença em todos os distritos. As sondagens já haviam diagnosticado que o candidato estava em perda, mas não lhe davam um resultado abaixo dos 55% (mas sobre as sondagens escreverei noutro dia). Fica a dúvida se, mais uma semana de campanha e esclarecimento, não lhe retirariam a vitória à primeira volta.
*1980 | Eanes 55,9% (3 262 520 votos), 1991 | Soares 67,9% (3 459 521 votos), 2000 | Sampaio 55,55% (2 401 015 votos) 2011 | Cavaco 52.9% (2 230 104 votos) – provisório
Manuel Alegre
É a prova que em eleições presidenciais a resultante do apoio de partidos não é uma união de conjuntos mas uma intersecção. Terá perdido votos tradicionalmente afectos à s forças polÃticas que o apoiavam para todos os candidatos. Fica a dúvida se, sem o escorregadio apoio do PS, não teria obtido melhores resultados.
Fernando Nobre
Teve muitos votos, não por mérito próprio, mas por ter conseguido juntar as franjas de quem não se revia nos candidatos apoiados pelos partidos com que têm afinidade e por ter dado voz à veia populista que corre contra os partidos em geral.
Francisco Lopes
Não teve um bom resultado. Não chegou aos números da anterior candidatura apoiada pelo PCP, ainda que houvesse condições sociais e polÃticas bem mais favoráveis para o único candidato anti-capitalista. A candidatura terá conseguido obter votos fora da área polÃtica da CDU, mas não conseguiu o pleno dos votos comunistas. Teve o dobro do resultado que uma parte das sondagens lhe atribuÃa.
José Manuel Coelho
Será o único candidato que pode gritar vitória a plenos pulmões. Apesar de ter ficado fora dos debates e repetidamente ridicularizado pelo comentário polÃtico vigente, teve um excelente resultado a nÃvel nacional e abre uma janela de oportunidade na Madeira para acabar com o reinado de Jardim.
Defensor de Moura
Teve uma votação pouco expressiva. Apenas terá mobilizado um pequeno número de eleitores do PS que, odiando Alegre, não conseguiram votar em Cavaco.
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Cavaco Silva
Cavaco vence à primeira volta com menos percentagem e número de votos do que qualquer outro presidente da república reeleito*. Por comparação com as últimas eleições perde mais de meio milhão de votos, ainda que vença em todos os distritos. As sondagens já haviam diagnosticado que o candidato estava em perda, mas não lhe davam um resultado abaixo dos 55% (mas sobre as sondagens escreverei noutro dia). Fica a dúvida se, mais uma semana de campanha e esclarecimento, não lhe retirariam a vitória à primeira volta.
*1980 | Eanes 55,9% (3 262 520 votos), 1991 | Soares 67,9% (3 459 521 votos), 2000 | Sampaio 55,55% (2 401 015 votos) 2011 | Cavaco 52.9% (2 230 104 votos) – provisório
Manuel Alegre
É a prova que em eleições presidenciais a resultante do apoio de partidos não é uma união de conjuntos mas uma intersecção. Terá perdido votos tradicionalmente afectos à s forças polÃticas que o apoiavam para todos os candidatos. Fica a dúvida se, sem o escorregadio apoio do PS, não teria obtido melhores resultados.
Fernando Nobre
Teve muitos votos, não por mérito próprio, mas por ter conseguido juntar as franjas de quem não se revia nos candidatos apoiados pelos partidos com que têm afinidade e por ter dado voz à veia populista que corre contra os partidos em geral.
Francisco Lopes
Não teve um bom resultado. Não chegou aos números da anterior candidatura apoiada pelo PCP, ainda que houvesse condições sociais e polÃticas bem mais favoráveis para o único candidato anti-capitalista. A candidatura terá conseguido obter votos fora da área polÃtica da CDU, mas não conseguiu o pleno dos votos comunistas. Teve o dobro do resultado que uma parte das sondagens lhe atribuÃa.
José Manuel Coelho
Será o único candidato que pode gritar vitória a plenos pulmões. Apesar de ter ficado fora dos debates e repetidamente ridicularizado pelo comentário polÃtico vigente, teve um excelente resultado a nÃvel nacional e abre uma janela de oportunidade na Madeira para acabar com o reinado de Jardim.
Defensor de Moura
Teve uma votação pouco expressiva. Apenas terá mobilizado um pequeno número de eleitores do PS que, odiando Alegre, não conseguiram votar em Cavaco.