Francisco Lopes, o único candidato do trabalho

07-11-2013
marcar artigo

O resultado obtido pelo candidato apoiado pelo PCP, Verdes e ID foi um bom resultado. Há quem vaticine que foi uma derrota. Naturalmente, não é o resultado merecido. Pela campanha, a que mais gente mobilizou, e pelo conteúdo, a única que combateu as políticas de direita, denunciando não só Cavaco Silva mas também José Sócrates, Francisco Lopes merecia muito mais. Mas as eleições não servem para premiar os melhores candidatos.

Na maioria das vezes, servem os interesses do poder dominante. Não é por acaso que a comunicação social e as empresas de sondagens estiveram, desde o primeiro momento, com Cavaco Silva e Manuel Alegre. As outras candidaturas foram secundarizadas, em distintos níveis. Agora, compara-se o resultado de Francisco Lopes com o obtido, há cinco anos, por Jerónimo de Sousa. Contudo, esquecem-se de que Jerónimo de Sousa, há cinco anos, era já um reconhecido dirigente do PCP com amplo reconhecimento mediático.

Francisco Lopes foi, desde o princípio da campanha, atacado por todos os lados. Porque era funcionário do PCP. Porque era electricista. Porque era desconhecido. Porque era a candidatura do PCP. Como se um funcionário e dirigente do PCP, com trabalho regular junto dos trabalhadores, não tivesse o direito a ser candidato a Presidente da República. Como se um electricista, por não ter uma licenciatura e vir da classe trabalhadora, não pudesse ser Presidente da República. Como se o desconhecimento da existência de Francisco Lopes não fosse antes fruto da discriminação que sofre, na comunicação social, a maioria dos dirigentes e acções realizadas pelo PCP. E, finalmente, como se o PCP não tivesse o direito a apoiar a candidatura de um seu militante. Como se o PSD e PP não apoiassem Cavaco Silva, como se o PS, BE e MRPP não apoiassem Manuel Alegre e como se Fernando Nobre não tivesse o apoio encapotado de parte das estruturas do PS e de Mário Soares.

Estas, e todas as demais razões encontradas, serviram para discriminar o candidato Francisco Lopes. O resultado por ele obtido, abaixo do resultado de Jerónimo Sousa e muito acima do conseguido por António Abreu, foi uma conquista a pulso. Foi resultado de uma campanha eleitoral como há muito não via e que superou, de longe, todas as das candidaturas opositoras. Foi resultado da surpresa que provocaram as intervenções de Francisco Lopes na rua, nos comícios e nos debates. Foi acutilante e encostou a maioria dos candidatos às cordas. Apesar disso, os jornais davam-no como perdedor de quase todos os debates. Foi com Cavaco Silva que se tornou impossível esconder a qualidade de Francisco Lopes.

Para além de tudo isto, esquecem-se os analistas de que as eleições representam para o PCP uma importância menor do que para os outros partidos. A acção deste partido não se esgota nas instituições e dá prioridade à luta de massas. As outras organizações partidárias não existem fora da Assembleia da República e dos processos eleitorais. Nesse sentido, analisar a campanha e o resultado do candidato apoiado pelo PCP com a mesma bitola é uma farsa. Principalmente, porque esta campanha também foi um meio para agitar e para apelar à luta intensa que aí vem e que, certamente, terá como dínamo os comunistas e os trabalhadores portugueses.

O resultado obtido pelo candidato apoiado pelo PCP, Verdes e ID foi um bom resultado. Há quem vaticine que foi uma derrota. Naturalmente, não é o resultado merecido. Pela campanha, a que mais gente mobilizou, e pelo conteúdo, a única que combateu as políticas de direita, denunciando não só Cavaco Silva mas também José Sócrates, Francisco Lopes merecia muito mais. Mas as eleições não servem para premiar os melhores candidatos.

Na maioria das vezes, servem os interesses do poder dominante. Não é por acaso que a comunicação social e as empresas de sondagens estiveram, desde o primeiro momento, com Cavaco Silva e Manuel Alegre. As outras candidaturas foram secundarizadas, em distintos níveis. Agora, compara-se o resultado de Francisco Lopes com o obtido, há cinco anos, por Jerónimo de Sousa. Contudo, esquecem-se de que Jerónimo de Sousa, há cinco anos, era já um reconhecido dirigente do PCP com amplo reconhecimento mediático.

Francisco Lopes foi, desde o princípio da campanha, atacado por todos os lados. Porque era funcionário do PCP. Porque era electricista. Porque era desconhecido. Porque era a candidatura do PCP. Como se um funcionário e dirigente do PCP, com trabalho regular junto dos trabalhadores, não tivesse o direito a ser candidato a Presidente da República. Como se um electricista, por não ter uma licenciatura e vir da classe trabalhadora, não pudesse ser Presidente da República. Como se o desconhecimento da existência de Francisco Lopes não fosse antes fruto da discriminação que sofre, na comunicação social, a maioria dos dirigentes e acções realizadas pelo PCP. E, finalmente, como se o PCP não tivesse o direito a apoiar a candidatura de um seu militante. Como se o PSD e PP não apoiassem Cavaco Silva, como se o PS, BE e MRPP não apoiassem Manuel Alegre e como se Fernando Nobre não tivesse o apoio encapotado de parte das estruturas do PS e de Mário Soares.

Estas, e todas as demais razões encontradas, serviram para discriminar o candidato Francisco Lopes. O resultado por ele obtido, abaixo do resultado de Jerónimo Sousa e muito acima do conseguido por António Abreu, foi uma conquista a pulso. Foi resultado de uma campanha eleitoral como há muito não via e que superou, de longe, todas as das candidaturas opositoras. Foi resultado da surpresa que provocaram as intervenções de Francisco Lopes na rua, nos comícios e nos debates. Foi acutilante e encostou a maioria dos candidatos às cordas. Apesar disso, os jornais davam-no como perdedor de quase todos os debates. Foi com Cavaco Silva que se tornou impossível esconder a qualidade de Francisco Lopes.

Para além de tudo isto, esquecem-se os analistas de que as eleições representam para o PCP uma importância menor do que para os outros partidos. A acção deste partido não se esgota nas instituições e dá prioridade à luta de massas. As outras organizações partidárias não existem fora da Assembleia da República e dos processos eleitorais. Nesse sentido, analisar a campanha e o resultado do candidato apoiado pelo PCP com a mesma bitola é uma farsa. Principalmente, porque esta campanha também foi um meio para agitar e para apelar à luta intensa que aí vem e que, certamente, terá como dínamo os comunistas e os trabalhadores portugueses.

marcar artigo