Câmara Corporativa: Pedro Soares de Albergaria: “o pensamento de um cidadão pode ser destorcido”

05-07-2011
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No blogue em que colabora, o Juiz Pedro Soares de Albergaria mostra que o seu nível de conhecimentos semânticos não fica atrás da sua sapiência jurídica. Num post curto e dorido, queixa-se de o parecer de que é co-autor sobre a revisão do Código Penal ter sido “destorcido”. Destorcido significa endireitado — precisamente o inverso do que Albergaria quereria dizer.O juiz quereria dizer “distorcido”, no sentido de desvirtuado ou adulterado, mas, como se diz que Deus escreve direito por linhas tortas, a ignorância semântica levou-o a dizer a verdade sem querer. Com efeito, a notícia do DN fez-lhe justiça e apresentou de forma direita e clara as suas posições de um reaccionarismo atroz sobre as uniões de facto.O que se estranha é que a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) tenha acolhido estes pontos de vista, reproduzindo-os como sendo a posição oficial da magistratura portuguesa. Ainda assim, há quem não se conforme com as posições ultramontanas dos juízes Pedro Soares de Albergaria e José Mouraz Lopes, os autores do reaccionário parecer apadrinhado pela ASJP. É o caso de Ricardo Matos, colega de blogue daqueles dois magistrados, que não se coibiu de exprimir uma posição contrária no Sine Die, defendendo a igualdade entre heterossexuais e homossexuais.Em qual das posições se revêem os juízes portugueses: na da ASJP ou na de Ricardo Matos?


No blogue em que colabora, o Juiz Pedro Soares de Albergaria mostra que o seu nível de conhecimentos semânticos não fica atrás da sua sapiência jurídica. Num post curto e dorido, queixa-se de o parecer de que é co-autor sobre a revisão do Código Penal ter sido “destorcido”. Destorcido significa endireitado — precisamente o inverso do que Albergaria quereria dizer.O juiz quereria dizer “distorcido”, no sentido de desvirtuado ou adulterado, mas, como se diz que Deus escreve direito por linhas tortas, a ignorância semântica levou-o a dizer a verdade sem querer. Com efeito, a notícia do DN fez-lhe justiça e apresentou de forma direita e clara as suas posições de um reaccionarismo atroz sobre as uniões de facto.O que se estranha é que a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) tenha acolhido estes pontos de vista, reproduzindo-os como sendo a posição oficial da magistratura portuguesa. Ainda assim, há quem não se conforme com as posições ultramontanas dos juízes Pedro Soares de Albergaria e José Mouraz Lopes, os autores do reaccionário parecer apadrinhado pela ASJP. É o caso de Ricardo Matos, colega de blogue daqueles dois magistrados, que não se coibiu de exprimir uma posição contrária no Sine Die, defendendo a igualdade entre heterossexuais e homossexuais.Em qual das posições se revêem os juízes portugueses: na da ASJP ou na de Ricardo Matos?

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